Publicado 31/08/2023 15:18
Um sinal de alarme ecoa através dos "Médicos Sem Fronteiras" à medida que o aumento vertiginoso no fluxo migratório na fronteira entre Colômbia e Panamá é exposto. Com um tom urgente, a organização denuncia que, somente este ano, mais de 300 mil indivíduos ousaram cruzar a perigosa selva de Darién, deixando as organizações humanitárias na região sobrecarregadas.
Nessa perigosa travessia, essas pessoas são forçadas a se expor a riscos incalculáveis enquanto enfrentam os desafios da mata densa. Estimativas apontam que, somente em agosto, mais de 50 mil migrantes se aventuraram nesse caminho tortuoso. Os registros apontam que no último dia 22, mais de 4.800 migrantes adentraram o território panamenho. Diariamente, a comunidade indígena de Bajo Chiquito testemunha a chegada impressionante de entre 2 mil e 3 mil migrantes, números que se traduzem de quatro a seis vezes a população local.
Nessa perigosa travessia, essas pessoas são forçadas a se expor a riscos incalculáveis enquanto enfrentam os desafios da mata densa. Estimativas apontam que, somente em agosto, mais de 50 mil migrantes se aventuraram nesse caminho tortuoso. Os registros apontam que no último dia 22, mais de 4.800 migrantes adentraram o território panamenho. Diariamente, a comunidade indígena de Bajo Chiquito testemunha a chegada impressionante de entre 2 mil e 3 mil migrantes, números que se traduzem de quatro a seis vezes a população local.
Perigos na Selva
Essa incursão é repleta de perigos devido a vegetação densa e condições geográficas severas. Infelizmente, uma parte significativa não consegue completar essa jornada, encontrando um trágico destino por meio de assassinatos, ferimentos e afogamentos. Além disso, muitos são vítimas de roubo, estupro e outras formas de agressão cometidos por grupos criminosos que operam nesse território inóspito.
Quando finalmente alcançam seus destinos, a realidade é implacável: a grande maioria dos migrantes carrega consigo algum problema de saúde. Desde feridas nos pés e dores intensas até diarreia e doenças gástricas causadas pela ingestão de água do rio. Esse angustiante percurso pela selva também deixa sequelas psicológicas profundas, com casos de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático decorrentes de experiências violentas vivenciadas ou testemunhadas.
Essa incursão é repleta de perigos devido a vegetação densa e condições geográficas severas. Infelizmente, uma parte significativa não consegue completar essa jornada, encontrando um trágico destino por meio de assassinatos, ferimentos e afogamentos. Além disso, muitos são vítimas de roubo, estupro e outras formas de agressão cometidos por grupos criminosos que operam nesse território inóspito.
Quando finalmente alcançam seus destinos, a realidade é implacável: a grande maioria dos migrantes carrega consigo algum problema de saúde. Desde feridas nos pés e dores intensas até diarreia e doenças gástricas causadas pela ingestão de água do rio. Esse angustiante percurso pela selva também deixa sequelas psicológicas profundas, com casos de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático decorrentes de experiências violentas vivenciadas ou testemunhadas.
Centros de acolhimentos Superlotados
As rotas migratórias oscilam em consonância com as estações, e no momento, a maioria dos migrantes parte de Capurganá ou Acandí (Colômbia) e chega a Bajo Chiquito, onde embarcam em canoas rumo à Estação Temporária de Recepção Migratória de Lajas Blancas. Contudo, esses pontos de chegada estão sendo assolados pela superlotação nas últimas semanas, amplificando os riscos à saúde e segurança dos migrantes, dada a escassez de água e espaço para descanso.
"O aumento foi tão significativo que tanto as comunidades locais quanto as organizações nas estações temporárias de recepção migratória, especialmente a de Lajas Blancas, encontram-se sobrecarregadas", declara José Lobo, coordenador de projeto do "Médicos Sem Fronteiras" no Darién panamenho.
As rotas migratórias oscilam em consonância com as estações, e no momento, a maioria dos migrantes parte de Capurganá ou Acandí (Colômbia) e chega a Bajo Chiquito, onde embarcam em canoas rumo à Estação Temporária de Recepção Migratória de Lajas Blancas. Contudo, esses pontos de chegada estão sendo assolados pela superlotação nas últimas semanas, amplificando os riscos à saúde e segurança dos migrantes, dada a escassez de água e espaço para descanso.
"O aumento foi tão significativo que tanto as comunidades locais quanto as organizações nas estações temporárias de recepção migratória, especialmente a de Lajas Blancas, encontram-se sobrecarregadas", declara José Lobo, coordenador de projeto do "Médicos Sem Fronteiras" no Darién panamenho.
Ao pisarem em solo panamenho, a prometida sensação de alívio escapa desses migrantes, deixando-os às margens de cuidados vitais que anseiam desesperadamente. Os refúgios tão buscados encontram-se sobrecarregados, incapazes de lidar com o crescente fluxo humano.
"Nas últimas semanas, enfrentamos dias em que um único ponto de recepção abrigou até 3 mil migrantes", complementa José Lobo.
Sequelas inevitáveis
Os "Médicos Sem Fronteiras" operam três postos de atendimento na região: um em Bajo Chiquito e dois nas estações temporárias de recepção migratória de Lajas Blancas e San Vicente. Nas filas de espera que se estendem além das fronteiras, dezenas de migrantes exaustos aguardam, em busca de cuidado e alívio.
Os "Médicos Sem Fronteiras" operam três postos de atendimento na região: um em Bajo Chiquito e dois nas estações temporárias de recepção migratória de Lajas Blancas e San Vicente. Nas filas de espera que se estendem além das fronteiras, dezenas de migrantes exaustos aguardam, em busca de cuidado e alívio.
Os números refletem a gravidade: entre janeiro e julho de 2023, a equipe do MSF providenciou um total de 35.912 consultas médicas e de enfermagem. Entre esses atendimentos, 673 mulheres grávidas e 206 sobreviventes de violência sexual encontraram assistência. Além disso, 1.611 consultas de saúde mental foram realizadas, e 6.952 curativos foram aplicados. Os dados documentam a amplitude das necessidades que os migrantes enfrentam no território panamenho.
No campo de batalha da assistência médica, há histórias individuais de luta. Uma venezuelana de 30 anos, com bolhas nos pés devido ao atrito dos sapatos, compartilha uma realidade dolorosa:
"Há muitas crianças desidratadas com diarreia, então não há nada a fazer, elas têm de ser atendidas primeiro".
Esses relatos ecoam a necessidade premente de intervenções humanitárias coordenadas e efetivas para aliviar o sofrimento de tantos que buscam uma chance melhor em meio a circunstâncias adversas.
"Pedimos urgentemente que todos os doadores e organizações humanitárias redobrem seus esforços, assim como instamos os governos do Panamá e da Colômbia a empreenderem medidas concretas para assegurar uma rota segura à população migrante e o acesso aos serviços básicos", apela o coordenador dos Médicos sem Fronteiras.
Contatos do Colunista Luiz André Ferreira
e-mail: pautasresponsaveis@gmail.com
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