Técnico colhendo venenofoto de divulgação Instituto Vita Brazil
Publicado 27/11/2023 20:48 | Atualizado 27/11/2023 20:59
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O avanço da atividade humana no habitat natural dos animais faz com que, a cada dia, percam mais terreno em prol do aumento do perímetro urbano. Com isso, além da diminuição e até extinção de espécies, muitos acidentes são registrados em razão desse convívio forçado.
De acordo com dados de 2021 do Ministério da Saúde, houve 31 mil acidentes somente com picadas de serpentes no Brasil, resultando em 121 mortes naquele ano. O ofidismo, nome científico dado a picadas de cobras venenosas, vem crescendo no mundo, e não está restrito a áreas de florestas mais densas como a Amazônia, o Pantanal e do que restou da Mata Atlântica.
Ranking das Picadas
O último levantamento feito no país alertou para o aumento significativo de acidentes com cascavel no Rio Grande do Sul, justamente devido ao desmatamento. Os registros detalham que envenenamentos por picada de jararacas são responsáveis por 70% dos acidentes, por cascavéis em 9%, com as surucucus em 1,5%; e com as corais verdadeiras cerca de 1% dos registros.

O Brasil é uma das referências na produção de soros hiperimunes equinos há mais de cem anos. Somente o Instituto Butantan, em São Paulo, salva mais de 30 mil pessoas por ano no país que tiveram picadas de serpentes.
Maior Centro
No Rio de Janeiro, o Instituto Vital Brazil (IVB) inaugurou o maior Centro de Herpetologia e Pesquisa da América Latina. O novo serpentário, construído em Xerém, na Baixada Fluminense, tem capacidade para abrigar cerca de 500 espécimes. O bem estar animal e a excelência da produção intelectual são os objetivos principais da equipe.

“O serpentário tem tudo para ser uma unidade de referência internacional na criação e manutenção de serpentes neotropicais. Ele potencializa a nossa capacidade de realizar pesquisas, divulgação científica e promover ações de ensino na área de herpetologia — garante o diretor-presidente do IVB, Alexandre Chieppe.
O setor de pesquisa do Instituto mantém um dos mais atuantes programas de preservação e de estudo da biodiversidade brasileira. O IVB pretende aumentar ainda mais o investimento no seu centro de hematologia. 
“Com a expertise e tradição no desenvolvimento de produtos e serviços de saúde humana e veterinária, o Instituto Vital Brazil pretende, por meio do Centro, investir ainda mais no desenvolvimento de novos medicamentos e no aprimoramento da criação e manutenção de serpentes neotropicais — explica Luis Eduardo Cunha – diretor-científico do Instituto.
Mito: não precisa capturar animal que picou
Desmentindo uma falsa premissa popular, o IVB esclarece que não é preciso capturar ou fotografar animais em caso de picadas. Pelo contrário, as pessoas devem ficar longe! O Instituto fluminense alerta para que a população não tenha contato físico com as serpentes. A orientação é que ao avistá-las, devem entrar em contato com os órgãos responsáveis para realizar a captura segura e adequada.
As equipes médicas dos polos de atendimento espalhados por todo o país estão capacitadas a administrar a soroterapia adequada de acordo com os sintomas e com o relato apresentado pelo paciente. Apenas este ano, 590 serpentes já foram resgatadas pelos órgãos responsáveis e encaminhadas ao Vital Brazil mantido pelo estado do Rio de Janeiro. Todos os animais ao chegam recebem os cuidados veterinários necessários e são colocados em quarentena na sede em Niterói. 
Confira os polos de atendimento do Estado do Rio de Janeiro pelo link:
Telefones de Emergência:
- Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) - (21) 2582-7234
- Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro - 193
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