Publicado 07/04/2024 11:31 | Atualizado 07/04/2024 12:09
Não há dúvidas de que eventos como a pandemia da Covid-19, as mudanças climáticas e a crescente adoção de serviços delivery e digitais estão provocando alterações significativas no comportamento do consumidor. Este, cada vez mais bem informado, consciente e exigente, mostra uma inclinação marcante quando se trata de escolhas, principalmente as alimentares.
"Estão cada vez mais interessados em saber o que estão consumindo e de onde vêm os produtos”, explica Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens.
A pesquisa "Tendências de Bens de Consumo para 2024" destaca que quase 50% dos entrevistados dizem que a preocupação com embalagens sustentáveis influencia suas escolhas no supermercado. Portanto, é um dos fatores mais importantes na decisão de compra. Na Europa, 41% da população mudou de marca por não apresentarem nos invólucros os atributos de sustentabilidade.
Sendo assim, é preciso pensar também em uma embalagem que amenize os impactos causados na extração de recursos da natureza. Segundo o manual de Ecodesign InEDIC, estima-se que mais de 80% dos impactos ambientais relacionados com o produto são determinados justamente na fase de design.
Descarte e Reutilização
A identificação correta dos materiais de embalagem possibilita ainda um processo de reciclagem mais eficiente e reduz o impacto ambiental. Para que o descarte seja correto ou reutilizável, é importante que o fabricante sinalize, comunique de forma eficaz e engaja o comprador como agente do processo.
A identificação correta dos materiais de embalagem possibilita ainda um processo de reciclagem mais eficiente e reduz o impacto ambiental. Para que o descarte seja correto ou reutilizável, é importante que o fabricante sinalize, comunique de forma eficaz e engaja o comprador como agente do processo.
"Isso permite que os consumidores tomem decisões mais informadas e conscientes ao escolherem produtos", explica Assunta Casmilo.
Preocupação Ambiental
A projeção das tendências aponta ainda que 37% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos ecológicos. Os entrevistados mostram-se cada vez mais preocupados com a sustentabilidade e a qualidade do que consomem.
"Com todo o debate mundial envolvendo as mudanças climáticas e as responsabilidades de cada indivíduo, o consumidor tem refletido sobre como ele pode contribuir com um futuro mais ecologicamente sustentável e esse movimento passa pela escolha de produtos mais alinhados ao seu estilo de vida", afirma Roberta Atherino, head de Produto da marca Neogrid, empresa de tecnologia e inteligência que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo.
A projeção das tendências aponta ainda que 37% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos ecológicos. Os entrevistados mostram-se cada vez mais preocupados com a sustentabilidade e a qualidade do que consomem.
"Com todo o debate mundial envolvendo as mudanças climáticas e as responsabilidades de cada indivíduo, o consumidor tem refletido sobre como ele pode contribuir com um futuro mais ecologicamente sustentável e esse movimento passa pela escolha de produtos mais alinhados ao seu estilo de vida", afirma Roberta Atherino, head de Produto da marca Neogrid, empresa de tecnologia e inteligência que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo.
Impacto Vegano
O veganismo é outra tendência, o que abre uma nova perspectiva de mercado para as empresas. De acordo com outra pesquisa, desta vez realizada pela Horus, alimentos veganos cresceram cerca de 35% em relação ao início de 2022. De acordo com sondagem realizada pelo IBOPE, cerca de 14% dos brasileiros se consideram vegetarianos - número que representa um crescimento de 75% em relação a 2012.
O veganismo é outra tendência, o que abre uma nova perspectiva de mercado para as empresas. De acordo com outra pesquisa, desta vez realizada pela Horus, alimentos veganos cresceram cerca de 35% em relação ao início de 2022. De acordo com sondagem realizada pelo IBOPE, cerca de 14% dos brasileiros se consideram vegetarianos - número que representa um crescimento de 75% em relação a 2012.
Soma-se a essa faixa os vegetarianos, que são mais flexíveis e que podem aceitar no cardápio produtos derivados de origem animal, como os que envolvem leite e ovos na composição. No entanto, faltam no Brasil pesquisas complementares e de impacto, assim como mais estudos mais aprofundados sobre a adesão a esse comportamento alimentar.
Produtos Saudáveis
Os consumidores estão prestando mais atenção em questões relacionadas à saúde e isso também reflete na escolha de produtos, tanto que cerca de 70% dos entrevistados revelaram que preferem itens orgânicos ou com menor concentração de hormônios e aditivos.
Os consumidores estão prestando mais atenção em questões relacionadas à saúde e isso também reflete na escolha de produtos, tanto que cerca de 70% dos entrevistados revelaram que preferem itens orgânicos ou com menor concentração de hormônios e aditivos.
No entanto, essa consciência não reflete diretamente no consumo. São comportamentos diferentes que nem sempre conciliam. No ato da compra entram outros fatores, como preço e transparência. Com relação ao primeiro deles é preciso descobrir até quanto as pessoas estão dispostas ou podem pagar a mais pelos chamados produtos "saudáveis". A indústria precisa encontrar escala e eficiência na redução dos custos para aproximar os valores das opções.
Já em relação a transparência, cabe aos próprios compradores exigirem e as autoridades fiscalizarem a veracidade e omissões de informações nutricionais e de impacto ambiental. As certificações ambientais são importantes nesse processo. Por exemplo, para que o produtor tenha o selo de reciclado, é necessário comprovar que esses materiais são efetivamente recuperados e que contêm, por exemplo, pelo menos 50% desse insumo, que pode ser pré ou pós-consumo.
Fake News
Afirmações falsas ou propagandas enganosas sobre um produto se enquadram na prática conhecida no mercado como greenwashing. Regulamentações rigorosas, padrões transparentes e a educação contínua do comprador são cruciais para mitigar esses desafios. O Código de Defesa do Consumidor diz que é expressamente proibida a promoção de produtos ou serviços que estejam em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes.
Afirmações falsas ou propagandas enganosas sobre um produto se enquadram na prática conhecida no mercado como greenwashing. Regulamentações rigorosas, padrões transparentes e a educação contínua do comprador são cruciais para mitigar esses desafios. O Código de Defesa do Consumidor diz que é expressamente proibida a promoção de produtos ou serviços que estejam em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes.
"Evitar o greenwashing nas embalagens é essencial para garantir a transparência e a integridade das informações ambientais fornecidas aos consumidores", finaliza Assunta Napolitano Camilo.
Contatos do Colunista Luiz André Ferreira
e-mail: pautasresponsaveis@gmail.com
Twitter: https://twitter.com/ColunaLuiz
Instagram: https://www.instagram.com/luiz_andre_ferreira/
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/luiz-andr%C3%A9-ferreira-1-perfil-lotado-
e-mail: pautasresponsaveis@gmail.com
Twitter: https://twitter.com/ColunaLuiz
Instagram: https://www.instagram.com/luiz_andre_ferreira/
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/luiz-andr%C3%A9-ferreira-1-perfil-lotado-
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.