Publicado 26/08/2024 20:05 | Atualizado 26/08/2024 20:23
Desde praticamente a chegada dos portugueses que o Brasil convive com agressões ao meio ambiente por questões econômicas, práticas agrícolas antiquadas, desinformação e negligência. O que é novidade nesse cenário de mais de quinhentos anos e que temos a inclusão de uma nova tipificação para os crimes ambientais: razões políticas.
PublicidadeNão podemos esquecer de que estamos em um ano eleitoral para prefeitos e vereadores e que o Brasil ainda segue impactado pela polarização, intolerância e extremismos acentuados nos últimos anos. Acionada, a Polícia Federal precisa mapear a quem interessa esse tipo de crime, a quem possa interessar jogar a culpa e quais segmentos possam ser manipulados politicamente por esses criminosos.
Outra novidade é que desta vez não são atingidas áreas isoladas e de menor poder político e econômico. Desta vez, as chamas não lambem apenas o Amazonas, o Pantanal e outros pontos da região Centro-Oeste. Agora, devastam também o rico e influente estado de São Paulo.
Ação Criminosa
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, revelou que 31 inquéritos estão em andamento para apurar condutas criminosas relacionadas aos incêndios na Amazônia e mais 20 no Pantanal, além das investigações específicas para São Paulo já com pelo menos quatro presos em flagrante. Ele destacou o uso de imagens de satélite para identificar a origem dos focos de calor, uma ferramenta essencial para o avanço das investigações.
A ministra do Meio Ambiente afirmou que o governo trabalha com a hipótese de que os incêndios tenham sido provocados de maneira deliberada, numa ação similar ao “dia do fogo” de 2019, quando mais de 470 propriedades rurais foram incendiadas em um ato coordenado. Ou seja, uma espécie de balão de ensaio para o que está ocorrendo agora.
"Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo. Estamos em uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, levantou Marina Silva.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o compromisso do governo federal em disponibilizar recursos e ações para combater as chamas, que classificou como difíceis de controlar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o compromisso do governo federal em disponibilizar recursos e ações para combater as chamas, que classificou como difíceis de controlar.
“A gente acaba de apagar o fogo, você vira as costas e ele acende outra vez”, resumiu.
Impactos e Consequências
Até o momento, 21 cidades paulistas estão com focos ativos de incêndio, e outras 46 estão em alerta máximo. A fumaça densa gerada se espalhou para regiões centrais do país, afetando capitais como Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. O impacto nas condições de saúde pública é significativo, com um aumento notável nos atendimentos médicos devido a problemas respiratórios.
Na cidade de Ribeirão Preto, a crise é particularmente grave. Com mais de 3.480 focos de queimadas registrados até 24 de agosto, a região enfrenta a pior situação desde 1998. A poluição do ar atingiu níveis críticos, afetando visibilidade, mobilidade e saúde da população.
Culpa
Além das possíveis ações criminosas, outros fatores favorecem o quadro ambiental na região paulista. São agravantes: condições de seca, a gestão ineficiente da terra por alguns latifundiários e a ineficiência de serviços públicos agravados pela privatização da energia elétrica e precarização do sistema de abastecimento de água na região de Ribeirão Preto.
A crise de queimadas em São Paulo é um reflexo da combinação de fatores naturais, interesses econômicos, gestão ineficiente e agora, a possibilidade de atentados políticos. O avanço das investigações poderá esclarecer a origem das chamas e responsabilizar os envolvidos.
Contatos do Colunista Luiz André Ferreira
e-mail: pautasresponsaveis@gmail.com
Twitter: https://twitter.com/ColunaLuiz
Instagram: https://www.instagram.com/luiz_andre_ferreira/
Impactos e Consequências
Até o momento, 21 cidades paulistas estão com focos ativos de incêndio, e outras 46 estão em alerta máximo. A fumaça densa gerada se espalhou para regiões centrais do país, afetando capitais como Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. O impacto nas condições de saúde pública é significativo, com um aumento notável nos atendimentos médicos devido a problemas respiratórios.
Na cidade de Ribeirão Preto, a crise é particularmente grave. Com mais de 3.480 focos de queimadas registrados até 24 de agosto, a região enfrenta a pior situação desde 1998. A poluição do ar atingiu níveis críticos, afetando visibilidade, mobilidade e saúde da população.
Culpa
Além das possíveis ações criminosas, outros fatores favorecem o quadro ambiental na região paulista. São agravantes: condições de seca, a gestão ineficiente da terra por alguns latifundiários e a ineficiência de serviços públicos agravados pela privatização da energia elétrica e precarização do sistema de abastecimento de água na região de Ribeirão Preto.
A crise de queimadas em São Paulo é um reflexo da combinação de fatores naturais, interesses econômicos, gestão ineficiente e agora, a possibilidade de atentados políticos. O avanço das investigações poderá esclarecer a origem das chamas e responsabilizar os envolvidos.
Contatos do Colunista Luiz André Ferreira
e-mail: pautasresponsaveis@gmail.com
Twitter: https://twitter.com/ColunaLuiz
Instagram: https://www.instagram.com/luiz_andre_ferreira/
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.