Publicado 12/07/2022 16:41
O Índice Nacional de Custo da Construção, calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (INCC/FGV), continua impactando o mercado imobiliário. Para se ter ideia, segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, o cimento, por exemplo, aumentou 5,38% em abril, 5,56% em maio e 3,15% em junho. E quando analisado o primeiro semestre, o insumo já apresentou crescimento de 16,84% em seus preços.
Robson Macedo, CEO da BidYou, assessoria de investimentos imobiliários, lembra que a indústria cimenteira tem um papel importantíssimo no segmento, servindo como um dos principais termômetros do setor. “O principal motivo dessa variação são os consecutivos reajustes dos insumos: refratários, gesso, sacaria, frete marítimo e rodoviário e coque de petróleo. Outro importante termômetro é a indústria do aço, material aplicado em diversos locais, incluindo edifícios”, frisa Macedo.
Além do cimento, outros produtos que apresentam preços elevados são os vergalhões e os arames de aço ao carbono que aumentarem 1,64% em abril, 6,97% em maio e 3,06% em junho. “Essas altas contribuem para manter o custo da construção em patamar elevado, prejudicando as atividades do setor, gerando incertezas, instabilidades e preocupação em relação aos futuros lançamentos. Vale destacar que há 24 meses consecutivos a alta dos insumos é um dos principais problemas enfrentados pela Construção”, ressalta Ieda.
Sylvio Pinheiro, diretor da G+P Soluções, consultoria especializada em planejamento, gerenciamento e gestão de projetos e construções, diz ainda que a inflação dos insumos puxada pelo câmbio, depois pelo petróleo e pelas commodities também foi responsável por desequilibrar os orçamentos, fazendo com que a viabilidade das construções ficasse defasada. “Os projetos então voltaram para a prancheta. Enfim, temos uma sucessão de fatores que contribuíram para que o segmento imobiliário desse uma travada”, analisa Pinheiro.
Jamille Dias, consultora de Marketing e Vendas da Riviera Construtora, lembra que a alta nos preços dos insumos influência diretamente a área Comercial das empresas porque com os valores dos imóveis mais altos, a renda necessária para aprovação do crédito do cliente precisa ser maior, o que acaba deixando a maior parcela dos interessados de fora. “Os imóveis do segmento econômico passam a ser faixa 2 ou 3 e os clientes precisam comprovar uma renda mais alta do que era para conseguir a aprovação. Por isso, o governo vem ampliando seus incentivos para compensar e o consumidor final não sentir tanto esse aumento”, explica Jamille.
Robson Macedo, CEO da BidYou, assessoria de investimentos imobiliários, lembra que a indústria cimenteira tem um papel importantíssimo no segmento, servindo como um dos principais termômetros do setor. “O principal motivo dessa variação são os consecutivos reajustes dos insumos: refratários, gesso, sacaria, frete marítimo e rodoviário e coque de petróleo. Outro importante termômetro é a indústria do aço, material aplicado em diversos locais, incluindo edifícios”, frisa Macedo.
Além do cimento, outros produtos que apresentam preços elevados são os vergalhões e os arames de aço ao carbono que aumentarem 1,64% em abril, 6,97% em maio e 3,06% em junho. “Essas altas contribuem para manter o custo da construção em patamar elevado, prejudicando as atividades do setor, gerando incertezas, instabilidades e preocupação em relação aos futuros lançamentos. Vale destacar que há 24 meses consecutivos a alta dos insumos é um dos principais problemas enfrentados pela Construção”, ressalta Ieda.
Sylvio Pinheiro, diretor da G+P Soluções, consultoria especializada em planejamento, gerenciamento e gestão de projetos e construções, diz ainda que a inflação dos insumos puxada pelo câmbio, depois pelo petróleo e pelas commodities também foi responsável por desequilibrar os orçamentos, fazendo com que a viabilidade das construções ficasse defasada. “Os projetos então voltaram para a prancheta. Enfim, temos uma sucessão de fatores que contribuíram para que o segmento imobiliário desse uma travada”, analisa Pinheiro.
Jamille Dias, consultora de Marketing e Vendas da Riviera Construtora, lembra que a alta nos preços dos insumos influência diretamente a área Comercial das empresas porque com os valores dos imóveis mais altos, a renda necessária para aprovação do crédito do cliente precisa ser maior, o que acaba deixando a maior parcela dos interessados de fora. “Os imóveis do segmento econômico passam a ser faixa 2 ou 3 e os clientes precisam comprovar uma renda mais alta do que era para conseguir a aprovação. Por isso, o governo vem ampliando seus incentivos para compensar e o consumidor final não sentir tanto esse aumento”, explica Jamille.
INCC de junho tem a maior elevação dos últimos 28 anos
Ainda de acordo com o estudo divulgado pela CBIC, depois de registrar incremento de 2,28% em maio, o INCC aumentou 2,14% em junho, o que representa a terceira maior elevação, para esse mês, dos últimos 28 anos. Somente em junho de 1995 (3,12%) e no mesmo mês do ano passado (2,16%), as altas foram superiores. Com esse resultado, o indicador aumentou 7,53% no primeiro semestre de 2022 e 11,57% nos últimos 12 meses. “Particularmente em junho de 2022 o custo com materiais e equipamentos cresceu 1,07%, o da mão de obra aumentou 3,35% e o custo com serviços 0,68%”, afirma a economista da CBIC.
Com relação à mão de obra, em junho deste ano a variação de 3,35% aconteceu em função do incremento observado em seis, das sete capitais componentes do INCC/FGV: Brasília (+1,57%), Rio de Janeiro (+2,37%), São Paulo (+5,09%), Salvador (+3,54%), Recife (+3,91%) e Porto Alegre (+2,26%). “É importante ressaltar que é nos meses de maio e junho que se concentram as datas bases dos trabalhadores da Construção Civil nas cidades pesquisadas pelo INCC e, por esse motivo, historicamente, observa-se maior aumento do custo nesse período”, diz Ieda.
A economista diz ainda que, desde julho de 2020, o setor vem sentindo as fortes elevações nos seus custos, especialmente em função das altas nos preços dos insumos. De julho de 2020 até junho de 2022, o INCC/FGV já aumentou 30,94%. “Neste período, o custo com materiais e equipamentos cresceu 52,70%, a mão de obra registrou elevação de 18,46% e o custo com serviços aumentou 17,74%. Observa-se, portanto, que o incremento no custo com os insumos foi a maior fonte de pressão na elevação dos custos da construção. É importante ressaltar que, neste período em análise, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que é o indicador oficial da inflação no país, aumentou 21,23%”, aponta a especialista.
Com relação à mão de obra, em junho deste ano a variação de 3,35% aconteceu em função do incremento observado em seis, das sete capitais componentes do INCC/FGV: Brasília (+1,57%), Rio de Janeiro (+2,37%), São Paulo (+5,09%), Salvador (+3,54%), Recife (+3,91%) e Porto Alegre (+2,26%). “É importante ressaltar que é nos meses de maio e junho que se concentram as datas bases dos trabalhadores da Construção Civil nas cidades pesquisadas pelo INCC e, por esse motivo, historicamente, observa-se maior aumento do custo nesse período”, diz Ieda.
A economista diz ainda que, desde julho de 2020, o setor vem sentindo as fortes elevações nos seus custos, especialmente em função das altas nos preços dos insumos. De julho de 2020 até junho de 2022, o INCC/FGV já aumentou 30,94%. “Neste período, o custo com materiais e equipamentos cresceu 52,70%, a mão de obra registrou elevação de 18,46% e o custo com serviços aumentou 17,74%. Observa-se, portanto, que o incremento no custo com os insumos foi a maior fonte de pressão na elevação dos custos da construção. É importante ressaltar que, neste período em análise, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que é o indicador oficial da inflação no país, aumentou 21,23%”, aponta a especialista.
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