Publicado 27/07/2022 08:50
A cota condominial é uma das despesas que mais pesa no orçamento das famílias. Em alguns bairros da cidade, o encargo chega próximo ao valor do aluguel. Levantamento feito pela Estasa Administradora mostra que o condomínio ficou ainda mais alto nos últimos 12 meses. A média de aumento foi de 9% em junho na comparação com o mesmo mês de 2021. Ainda de acordo com o estudo, em alguns bairros, porém, o reajuste foi bem maior, superando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do período, que foi 12%. A pesquisa considerou dados de edifícios em todas as regiões da cidade.
Lagoa e Ipanema foram os bairros com o maior reajuste da cota condominial com 27,2% e 17,9%, respectivamente. Já o Centro da cidade teve o menor aumento no mesmo período, 3,4%. Na Zona Norte e na Barra da Tijuca, os reajustes para o período também estão entre os mais baixos, de 6,5% e 6,6% respectivamente.
“Nossa hipótese é que, por conta da pandemia, muitos condomínios ficaram sem reajuste porque as pessoas não fizeram assembleia e os custos foram reduzidos. Não tiveram obras e muitos funcionários ficaram afastados. Mas, quando tudo voltou, a inflação trouxe um aumento forte de despesas. E isso vem justamente em um momento econômico já bem difícil”, explica Luiz Barreto, presidente da Estasa e diretor da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis). Ele também coordenou o levantamento.
Lagoa e Ipanema foram os bairros com o maior reajuste da cota condominial com 27,2% e 17,9%, respectivamente. Já o Centro da cidade teve o menor aumento no mesmo período, 3,4%. Na Zona Norte e na Barra da Tijuca, os reajustes para o período também estão entre os mais baixos, de 6,5% e 6,6% respectivamente.
“Nossa hipótese é que, por conta da pandemia, muitos condomínios ficaram sem reajuste porque as pessoas não fizeram assembleia e os custos foram reduzidos. Não tiveram obras e muitos funcionários ficaram afastados. Mas, quando tudo voltou, a inflação trouxe um aumento forte de despesas. E isso vem justamente em um momento econômico já bem difícil”, explica Luiz Barreto, presidente da Estasa e diretor da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis). Ele também coordenou o levantamento.
Folha de pagamento
Barreto lembra que a folha de pagamento representa o maior gasto do condomínio, cerca de 70% da despesa total. Por isso, ele destaca que não importa se o edifício é pequeno ou grande, com ou sem infraestrutura, a maior despesa sempre vai ser o funcionário. Recentemente, o reajuste salarial de 11% impactou ainda mais as contas. Para o executivo, ter menos funcionários significa, muitas vezes, abrir mão de conforto, mas traz resultados. “Se for viável atender às necessidades dos moradores sem ter um porteiro 24h, por exemplo, ajuda a reduzir os custos. A grande questão é como manter a segurança no condomínio? Fazendo uso das tecnologias que existem no mercado: portaria remota de acionamento automático, câmeras e alarme, entre outras iniciativas", orienta Barreto.
Redução de custos
A administradora tem orientado aos condomínios que busquem alternativas diferentes para equilibrar os gastos. “A cota condominial é um rateio de custos, ou seja, não se arrecada mais do que precisa. Então, para que esse valor não aumente muito, é necessário também cortar outras despesas, como trocar lâmpadas comuns por de led e reduzir o uso dos elevadores em determinados horários. Isso já gera uma economia mensal significativa em torno de 20%. Além disso, individualizar e reutilizar o consumo de água para limpeza e jardins também faz uma grande diferença”, diz Barreto. Ele ressalta que pequenos ajustes na rotina que, no início, geram desconforto, em pouco tempo passam a ser normais, com um retorno que todo mundo vê no bolso.
Energia solar
Outra alternativa encontrada pela Estasa tem sido incentivar a busca por energia mais barata. O condomínio Cores da Lapa, que conta com 700 apartamentos e mais de dois mil moradores, optou pela utilização de energia solar para atender as áreas comuns do prédio. Eles finalizaram a instalação de placas no terraço, que serão responsáveis por 70% da economia no gasto de luz. Os outros 30% estão sendo gerados em uma fazenda solar.
O síndico Paulo Badin explicou que o custo do investimento das placas vai ser diluído em 10 anos. Esse valor mais a compra de energia de fazenda vão gerar uma fatura R$ 35 mil por mês para o condomínio. “Hoje a nossa fatura é, em média, de R$ 50 mil. Já vamos conseguir uma economia de 30% nos primeiros anos. Daqui a 10 anos, quando todo o custo do investimento estiver pago, nosso gasto mensal fixo será ainda menor, de R$ 20 mil. Ou seja, com essa mudança, teremos uma economia de 60% na conta de luz, mas o investimento nessa mudança depende do entendimento e disposição dos condôminos”, lembra Badin.
O síndico Paulo Badin explicou que o custo do investimento das placas vai ser diluído em 10 anos. Esse valor mais a compra de energia de fazenda vão gerar uma fatura R$ 35 mil por mês para o condomínio. “Hoje a nossa fatura é, em média, de R$ 50 mil. Já vamos conseguir uma economia de 30% nos primeiros anos. Daqui a 10 anos, quando todo o custo do investimento estiver pago, nosso gasto mensal fixo será ainda menor, de R$ 20 mil. Ou seja, com essa mudança, teremos uma economia de 60% na conta de luz, mas o investimento nessa mudança depende do entendimento e disposição dos condôminos”, lembra Badin.
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