Publicado 23/09/2022 15:54
Guardar dinheiro na caderneta de poupança é um dos hábitos financeiros mais tradicionais dos brasileiros. Além dela, o consórcio também vem marcando presença para ajudar a realizar objetivos, entre eles o sonho da casa própria. “Planejar e poupar são atitudes fundamentais para uma vida financeira organizada e tranquila, para que se tenha condições de realizar sonhos e colocar em prática diversos tipos de projetos”, comenta Luiz Antonio Barbagallo, economista da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).
O executivo complementa que, este mês, o sistema de consórcios completa seis décadas. “Comparado à poupança, o consórcio não é visto como forma de economizar visando suprir eventuais dificuldades”, explica o especialista. Ele destaca que a modalidade se assemelha quando o foco é poupar para a aquisição de bens ou a contratação de serviços que propiciem a efetiva realização de projetos.
Para se ter ideia da adesão ao consórcio de imóveis, balanço da Abac mostra que as vendas de novas cotas avançaram 25,6%, de janeiro a agosto, gerando 14,5% mais negócios, mesmo com a retração de 28,5% do tíquete médio de agosto. O total de contemplações e de créditos disponibilizados também apresentou altas de 11,6% e 3%, respectivamente. Já a soma de participantes ativos aumentou 11,8%, chegando a 1,33 milhão de consorciados.
No período analisado, foram 62,80 mil contemplações, com possível injeção financeira acima de R$ 10,76 bilhões. O levantamento indica ainda que houve potencial participação de 12,8% da modalidade no total de 490,70 mil imóveis financiados no período, segundo dados divulgados pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Além disso, de janeiro a agosto, 2.382 consorciados-trabalhadores, participantes dos grupos de consórcios de imóveis, utilizaram parte ou todo os seus saldos nas contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para pagar parcelas, ou quitar débitos, bem como ofertar valores em lances ou complementar créditos, totalizando pouco mais de R$ 122,89 milhões, de acordo com o Gepas/Caixa.
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