Publicado 03/01/2023 13:05
A inadimplência nos condomínios do Rio de Janeiro diminuiu, segundo um levantamento feito pela Estasa, administradora que atende 650 edifícios na cidade. A queda média nos boletos em atraso foi de 1,5% em 2022 na comparação com 2021. Importante ressaltar que, nos últimos dois anos, o país viveu um momento crítico na economia. A pandemia acentuou o número de desempregados e, consequentemente, de endividados. De acordo com a pesquisa, em 2020, o número de condôminos inadimplentes correspondia a 10,17%. Já em 2022, a falta de pagamento representou 8,67%, sendo que o mês de julho teve o menor atraso dos últimos anos: 8,1%.
“Assim que conseguem alguma renda, a tendência é que os proprietários quitem o mês em atraso, temendo perder o imóvel por conta da dívida. Acredito que isso explique a queda da inadimplência, passado o auge da pandemia”, explica Luiz Barreto, coordenador do estudo, presidente da Estasa e diretor da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis).
A pesquisa mostra ainda que a inadimplência na Barra e em outros bairros da Zona Oeste é maior que na Zona Sul. Na avaliação da Estasa, isso acontece por conta do tipo de condomínio característico de cada uma dessas regiões; quanto maior o número de unidades, maior a ocorrência de atraso. Nos grandes condomínios (mais de 100 unidades), muito comuns na Barra, a falta de pagamento condominial chega a 12%. Nos edifícios menores, típicos da Zona Sul, é de 5% ou menos. “Vale lembrar que um único condômino que não paga a cota em um prédio com até 10 unidades, gera grandes problemas como falta de recursos para pagar as contas. Esse fato ajuda a fazer uma pressão para não haver atrasos em edifícios menores”, ressalta Barreto.
O presidente da Estasa complementa que quando falamos de inadimplência de cota condominial, é importante lembrar dos juros por causa do atraso. “Os encargos para quem paga o condomínio atrasado são baixos: 2% de multa + 1% ao mês de juros. Por isso, muitas pessoas atrasam essa conta para pagar outras com juros mais altos", diz Barreto.
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