Publicado 30/03/2023 18:57 | Atualizado 31/03/2023 19:18
O país teve 156.730 novas unidades comercializadas em 2022, alta de 9,2% na comparação com 2021. É o maior volume da série histórica do estudo feito com 18 empresas associadas à Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Na avaliação de Luiz França, presidente da Abrainc, para que o setor siga neste mesmo ritmo de crescimento em 2023 é importante que o Banco Central realize medidas regulatórias para aumentar a oferta de crédito imobiliário disponível. “Uma possível medida seria o aumento no percentual de recursos da poupança, que é direcionado obrigatoriamente ao crédito imobiliário, dos atuais 65% para 70%. Também é possível avaliar alternativas de estimulo ao financiamento habitacional, como a redução dos juros de credito imobiliário no IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física”, observa França.
Já no Rio de Janeiro, o total vendido no ano passado foi de 16.867 unidades, avanço de 19% ante aos 14.006 imóveis comercializados em 2021 e acima também da média nacional, de acordo com Marcos Saceanu, presidente da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário). “Nossa expectativa é a de mais lançamentos em 2023, com mais participação do segmento econômico, onde está o maior déficit habitacional, e vendas crescendo. As perspectivas são boas, levando em conta que o Rio cresceu acima da média nacional em 2022 e apresenta um cenário saudável em termos de estoque”, prevê Saceanu.
Cláudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro), avalia que o comportamento do mercado em 2022 foi muito semelhante ao de 2021, ou seja, puxado pelos imóveis de alto padrão, aqueles acima de R$ 1,5 milhão. “Certamente, o ano de 2022 terminou muito melhor do que o mercado imobiliário esperava, tendo em vista o terceiro trimestre bastante impactado pela questão eleitoral. Infelizmente, vimos mais uma vez uma queda no volume de imóvel do segmento econômico Minha Casa, Minha Vida ou Casa Verde e Amarela, o que é um contra senso em um país de um dos maiores deficits habitacionais do planeta”, ressalta Hermolin.
Para ele, o resultado de 2023 vai depender muito de como será a política de juros. “É um ano importante para o desenvolvimento do nosso setor. Apesar de termos alcançado números expressivos na concessão de crédito em 2022, ficamos abaixo dos de 2021. Medidas são importantes para estimular o crédito ao setor, não somente na compra de imóveis, mas também para produção”, destaca o presidente do Sinduscon-Rio.
Marcelo Moura, presidente do Creci-RJ (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), comenta que os indicadores corroboram a versatilidade do mercado imobiliário, que desde a pandemia vem demonstrando crescimento. “Invariavelmente percebemos mudanças em um ano ou outro, seja com imóveis de menor valor ou alto padrão, mas sempre em crescimento. Acreditamos que em 2023 iremos manter o mesmo ritmo de vendas, especialmente devido à retomada da Faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, trazendo um público de menor renda para aquisição de imóveis”, analisa Moura.
O executivo diz ainda que, um dos fatores principais para que o mercado imobiliário possa continuar se fortalecendo, é a adoção de medidas fiscais para diminuir os gastos públicos. “O Banco Central deve refletir sobre as nossas políticas, diminuindo a taxa de juros para uma consequente melhora do crédito imobiliário. O governo também tem a possibilidade de utilizar a Caixa como freio dos juros do financiamento, oferecendo taxas mais atrativas para a população no crédito imobiliário. É dessa maneira que conseguimos diminuir a taxa junto aos outros bancos. Esse apoio da Caixa é fundamental”, diz o presidente do Creci-RJ.
Na avaliação de Luiz França, presidente da Abrainc, para que o setor siga neste mesmo ritmo de crescimento em 2023 é importante que o Banco Central realize medidas regulatórias para aumentar a oferta de crédito imobiliário disponível. “Uma possível medida seria o aumento no percentual de recursos da poupança, que é direcionado obrigatoriamente ao crédito imobiliário, dos atuais 65% para 70%. Também é possível avaliar alternativas de estimulo ao financiamento habitacional, como a redução dos juros de credito imobiliário no IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física”, observa França.
Já no Rio de Janeiro, o total vendido no ano passado foi de 16.867 unidades, avanço de 19% ante aos 14.006 imóveis comercializados em 2021 e acima também da média nacional, de acordo com Marcos Saceanu, presidente da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário). “Nossa expectativa é a de mais lançamentos em 2023, com mais participação do segmento econômico, onde está o maior déficit habitacional, e vendas crescendo. As perspectivas são boas, levando em conta que o Rio cresceu acima da média nacional em 2022 e apresenta um cenário saudável em termos de estoque”, prevê Saceanu.
Cláudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro), avalia que o comportamento do mercado em 2022 foi muito semelhante ao de 2021, ou seja, puxado pelos imóveis de alto padrão, aqueles acima de R$ 1,5 milhão. “Certamente, o ano de 2022 terminou muito melhor do que o mercado imobiliário esperava, tendo em vista o terceiro trimestre bastante impactado pela questão eleitoral. Infelizmente, vimos mais uma vez uma queda no volume de imóvel do segmento econômico Minha Casa, Minha Vida ou Casa Verde e Amarela, o que é um contra senso em um país de um dos maiores deficits habitacionais do planeta”, ressalta Hermolin.
Para ele, o resultado de 2023 vai depender muito de como será a política de juros. “É um ano importante para o desenvolvimento do nosso setor. Apesar de termos alcançado números expressivos na concessão de crédito em 2022, ficamos abaixo dos de 2021. Medidas são importantes para estimular o crédito ao setor, não somente na compra de imóveis, mas também para produção”, destaca o presidente do Sinduscon-Rio.
Marcelo Moura, presidente do Creci-RJ (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), comenta que os indicadores corroboram a versatilidade do mercado imobiliário, que desde a pandemia vem demonstrando crescimento. “Invariavelmente percebemos mudanças em um ano ou outro, seja com imóveis de menor valor ou alto padrão, mas sempre em crescimento. Acreditamos que em 2023 iremos manter o mesmo ritmo de vendas, especialmente devido à retomada da Faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, trazendo um público de menor renda para aquisição de imóveis”, analisa Moura.
O executivo diz ainda que, um dos fatores principais para que o mercado imobiliário possa continuar se fortalecendo, é a adoção de medidas fiscais para diminuir os gastos públicos. “O Banco Central deve refletir sobre as nossas políticas, diminuindo a taxa de juros para uma consequente melhora do crédito imobiliário. O governo também tem a possibilidade de utilizar a Caixa como freio dos juros do financiamento, oferecendo taxas mais atrativas para a população no crédito imobiliário. É dessa maneira que conseguimos diminuir a taxa junto aos outros bancos. Esse apoio da Caixa é fundamental”, diz o presidente do Creci-RJ.
Médio e Alto Padrão avança 67,8%
De acordo com o levantamento da Abrainc, em 2022 o setor foi fortemente impactado pela venda de imóveis de Médio e Alto Padrão (MAP). O segmento somou 46.878 unidades comercializadas e um crescimento de 67,8% em relação ao ano anterior. Do outro lado, o antigo Casa Verde e Amarela (CVA), hoje Minha Casa, Minha Vida (MCMV), totalizou 105.826 unidades vendidas, oscilação de - 6,4% na comparação com o total de vendas do ano anterior. As incorporadoras participantes do estudo relataram a entrega de 89.318 imóveis no ano passado, número 13,2% superior ao total entregue em 2021 (78.902 unidades) e o melhor resultado desde 2016 (122.060).
Mais de 129 mil unidades lançadas
No ano passado, indica a pesquisa da Abrainc, foram lançadas 129.432 unidades, o que representa o segundo maior volume da série histórica da entidade, iniciada em 2014, ficando atrás apenas do resultado de 2021 (153.726 unidades). Do total, 65,8% são do antigo CVA, representando 85.180 imóveis. Em relação ao MAP, responsável por 34,2% dos lançamentos imobiliários, foram 44.247 novas moradias. Já com relação a valores, o preço médio dos imóveis novos vendidos subiu 10% e ficou em R$ 344,5 mil, enquanto a média de preços dos lançamentos foi de R$ 381,4 mil, alta de 11,4% ante 2021.
Distratos caem 9,5%
Outra boa notícia é a comparação entre distratos e vendas de unidades do Médio e Alto Padrão (MAP) em 2022. Essa relação atingiu o menor patamar da série histórica (9,5%), queda de 1,4 pontos percentuais em relação a 2021. Para efeito de análise, no fim de 2018, quando foi publicada a Lei nº 13.786/18 (Lei do Distrato Imobiliário), que estabeleceu parâmetros para a resolução de contrato de compra e venda de imóveis por desistência e por inadimplência das partes, a relação distratos/vendas entre os imóveis de Médio e Alto Padrão era próxima dos 50%.
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