Publicado 09/06/2023 16:55
As vendas da indústria do cimento no mês de maio registraram leve recuperação de 1%, comparado com o mesmo período do ano passado. Foram comercializadas 5,6 milhões de toneladas, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). Segundo a entidade, na comparação por dia útil (melhor indicador que considera o número de dias trabalhados e que tem forte influência no consumo de cimento), as vendas do produto chegaram a 231,7 mil toneladas em maio, aumento de 3,8% ante abril e de 1,2% em relação ao mesmo mês de 2022.
O levantamento do SNIC mostra ainda que, no acumulado do ano (janeiro a maio), a comercialização do cimento teve queda de 2,5%. O balanço do sindicato aponta que o alto endividamento e a inadimplência das famílias, além da taxa de desemprego em patamares ainda elevados, aliado com a lenta recuperação dos salários, agravados pelas incertezas econômicas, continuam a afetar o setor. “A persistência da alta taxa básica de juros penaliza a cadeia da construção civil não apenas nas vendas, mas também na geração de emprego, renda e na retomada das obras para o desejável retorno do Brasil ao crescimento”, analisa Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
O levantamento do SNIC mostra ainda que, no acumulado do ano (janeiro a maio), a comercialização do cimento teve queda de 2,5%. O balanço do sindicato aponta que o alto endividamento e a inadimplência das famílias, além da taxa de desemprego em patamares ainda elevados, aliado com a lenta recuperação dos salários, agravados pelas incertezas econômicas, continuam a afetar o setor. “A persistência da alta taxa básica de juros penaliza a cadeia da construção civil não apenas nas vendas, mas também na geração de emprego, renda e na retomada das obras para o desejável retorno do Brasil ao crescimento”, analisa Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Queda de 44,4% nos lançamentos
Já os lançamentos imobiliários apresentaram queda de 44,4% no primeiro trimestre de 2023 comparados ao trimestre anterior. Apesar da redução significativa, o setor não está com falta de demanda, nem de estoque, de acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. Segundo ele, o mercado imobiliário está saudável e equilibrado, o que existe é a falta de confiança do empresário do setor. O levantamento faz parte do estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do 1º trimestre de 2023, realizado pela CBIC e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. A diminuição no número de lançamentos reflete diretamente nas contratações futuras, aponta a entidade. “Precisamos ter atenção a partir dessa queda porque o movimento seguinte pode ser o menor número de vendas e, consequentemente, uma menor geração de empregos”, alerta Martins.
Para Henrique Blecher, CEO da Nivi Real Estate, fatores como restrição de demanda e dificuldades de acesso ao crédito imobiliário por parte dos compradores estão travando os lançamentos. O executivo pontua que a insegurança em relação ao futuro, por parte dos compradores, e os altos custos dos insumos da construção civil, do lado das incorporadoras, são outras travas que limitam a construção de novos empreendimentos no Brasil.
"Uma alternativa imediata seria o aumento de preço dos novos empreendimentos. Mas aí entramos em outro problema, que é a restrição de crédito aos consumidores. Está mais difícil e mais caro tomar dinheiro emprestado, isso vale tanto para o comprador como para as incorporadoras. No cenário atual, tudo dificulta o avanço do setor de construção", pondera Blecher, que neste ano fundou a Nivi, plataforma de inteligência e investimento focada no mercado imobiliário.
Para Henrique Blecher, CEO da Nivi Real Estate, fatores como restrição de demanda e dificuldades de acesso ao crédito imobiliário por parte dos compradores estão travando os lançamentos. O executivo pontua que a insegurança em relação ao futuro, por parte dos compradores, e os altos custos dos insumos da construção civil, do lado das incorporadoras, são outras travas que limitam a construção de novos empreendimentos no Brasil.
"Uma alternativa imediata seria o aumento de preço dos novos empreendimentos. Mas aí entramos em outro problema, que é a restrição de crédito aos consumidores. Está mais difícil e mais caro tomar dinheiro emprestado, isso vale tanto para o comprador como para as incorporadoras. No cenário atual, tudo dificulta o avanço do setor de construção", pondera Blecher, que neste ano fundou a Nivi, plataforma de inteligência e investimento focada no mercado imobiliário.
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