Publicado 01/03/2024 16:19
As vendas de novos imóveis no país cresceram 29,2% de janeiro a novembro de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022, totalizando 144.854 unidades. O bom desempenho foi impulsionado tanto pelo segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) quanto pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Analisando apenas o programa habitacional do governo, o segmento registrou avanços de 36,5% no volume de unidades comercializadas (103.171) e de 48,7% (R$ 22,7 bilhões) no valor total de vendas ao longo dos 11 meses. Os dados são do indicador Abrainc-Fipe, feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
O MAP permanece com bons resultados nas vendas, com alta de 16,5% no número de unidades negociadas (39.626) e 18,8% no valor de vendas (R$ 19,1 bilhões). O estudo aponta ainda que a relação distrato sobre venda no Médio e Alto Padrão segue em baixo patamar (11%), ressaltando a eficácia do marco legal estabelecido em 2018. Para se ter ideia, quando a Lei dos Distratos foi sancionada, essa relação era de cerca de 40%. "A resiliência do setor em 2023, ano marcado por altas taxas de juros para o financiamento habitacional, foi determinante para a boa performance do ramo imobiliário no ano passado”, comenta Luiz França, presidente da Abrainc.
Para França, o processo de redução da Selic, taxa básica de juros, em 2024 vai contribuir enormemente para o desenvolvimento de um dos setores mais importantes da economia. Ele lembra que o mercado imobiliário é responsável pela geração de aproximadamente 11% dos empregos formais do país, por 9% dos impostos gerados no Brasil e pela movimentação de 97 atividades econômicas.
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