Os mercados aquecidos de trabalho e imobiliário são responsáveis pelo bom desempenho da indústria de cimentoFreepik
Publicado 11/11/2024 18:22 | Atualizado 11/11/2024 18:25
As vendas de cimento no país tiveram alta em outubro, alcançando 5,9 milhões de toneladas, o que representa avanço de 9% na comparação com o mesmo mês de 2023. Já no acumulado do ano, foram 54,7 milhões de toneladas comercializadas, crescimento de 4,3% ante o mesmo período do ano passado. Os dados são do SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento).
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De acordo com a entidade, os mercados aquecidos de trabalho e imobiliário, em especial do programa Minha Casa, Minha Vida, são os principais responsáveis pela manutenção do bom desempenho. Mas, o SNIC, alerta que, apesar de a construção civil estar com demanda aquecida, o setor sofre com a falta de mão de obra, que eleva salários, pressiona a inflação e já reflete nos preços dos imóveis, que aumentaram mais que o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) nos últimos 12 meses.
Outros pontos de alerta são a situação fiscal do governo, a alta dos juros e a mudança nas regras de financiamento habitacional. O alto endividamento e a elevada inadimplência das famílias também sinalizam cautela nas perspectivas da indústria de cimento para 2025, que poderá ter taxa de crescimento menor do que este ano. “Os novos aumentos na taxa de juros irão afetar negativamente o consumo das famílias e o financiamento habitacional, influenciando na demanda do mercado imobiliário brasileiro, principal indutor do consumo de cimento. Os programas de infraestrutura do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que poderiam ajudar a alavancar a atividade, permanecem com uma performance abaixo do esperado”, observa Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
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