Publicado 19/08/2025 18:20 | Atualizado 19/08/2025 18:20
Na sequência do especial com o Raio X dos estúdios na cidade, a coluna traz análise de Claudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro), além de mostrar onde a tipologia pode ser encontrada no Centro. Importante lembrar que a região vive um cenário de revitalização com a chegada de novas moradias. Para se ter ideia, só a Cury já lançou 14 empreendimentos com estúdios na Região Central e Zona Portuária, totalizando mais de 9 mil imóveis, dos quais 2.700 são dessa tipologia. O mais recente é o Residencial Pixinguinha, com 1.954 unidades (234 compactos). Lançado em maio, o projeto teve mais de 420 apartamentos vendidos em apenas 15 dias. O Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 770 milhões.
“Esse formato atrai quem busca um estilo de vida dinâmico, como profissionais em início de carreira e pessoas que priorizam conveniência no dia a dia, além de casais em busca do primeiro lar ou solteiros que valorizam a facilidade de manutenção. Há ainda a procura de investidores, tanto pela liquidez desse tipo de imóvel quanto pelo potencial de valorização da região”, analisa Leonardo Mesquita, vice-presidente de Negócios da empresa.
Hermolin concorda que há um crescimento dos compactos no Rio de Janeiro, mas, para ele, a quantidade está aquém da capacidade de produção e absorção do mercado. “Lembro que esse tipo de imóvel só foi possível a partir da mudança do Código de Obras realizado em 2019. Antes disso não tínhamos uma legislação que permitisse a execução de imóveis compactos na cidade”, observa o presidente do Sinduscon-Rio.
Ele lembra que, de lá para cá, foram lançados cerca de 200 mil compactos em todo o Brasil, sendo que 180 mil somente na Grande São Paulo. “Quando a gente olha para o Rio de Janeiro, a cidade ainda é a quarta maior em volume de lançamentos dessa tipologia, perdendo para São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. Neste sentido, apesar da percepção de que ultimamente tivemos um grande volume de imóveis compactos lançados, ainda temos um longo caminho a percorrer. Comparando Rio com São Paulo, o primeiro maior mercado imobiliário do Brasil com o segundo, São Paulo, hoje, teve mais de 15 vezes um volume de imóveis compactos lançados em relação ao que já lançamos no Rio. Primeiro por ser o maior mercado e segundo por ter uma legislação que já permitia esse tipo de imóvel anteriormente à legislação carioca”, afirma Hermolin.
O comparativo entre SP e RJ de Hermolin é endossado por uma pesquisa da Urban Systems, consultoria de inteligência de mercado. Só a primeira metrópole recebeu 50.134 compactos, distribuídos em 436 edifícios entre 2020 e 2025. Já o Rio de Janeiro lançou 7.410 unidades, localizadas em 69 edifícios, ou seja, São Paulo lançou cerca de 6,8 vezes mais que o Rio de Janeiro no período analisado.
De acordo com o estudo, em São Paulo estes lançamentos estão concentrados em regiões centrais e eixos de transporte estruturado, como linhas de trem e metrô, com destaque para áreas próximas às estações e terminais de ônibus. O padrão reforça a lógica de adensamento orientado ao transporte (DOT) e se mostra uma oportunidade de planejar estrategicamente os ambientes urbanos para a redução dos deslocamentos e maior sustentabilidade.
Já o Rio de Janeiro, indica o levantamento, tem uma dispersão mais limitada, com projetos na Zona Sul, Barra da Tijuca e Região Central, e baixa penetração nas zonas Norte e Oeste, mesmo em áreas bem servidas por transporte ferroviário. “Neste caso, o adensamento segue muito mais a lógica da atratividade de mercado do que a infraestrutura de mobilidade. O fenômeno dos estúdios no Rio está muito relacionado ao Plano Reviver Centro, da Prefeitura do Rio, que incentiva as incorporadoras a investirem no Centro da cidade e, em contrapartida, elas recebem um maior potencial construtivo para ser utilizado na Zona Sul. E muitos projetos de unidades compactas estão sendo lançados justamente nestes bairros”, explica Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems.
“Esse formato atrai quem busca um estilo de vida dinâmico, como profissionais em início de carreira e pessoas que priorizam conveniência no dia a dia, além de casais em busca do primeiro lar ou solteiros que valorizam a facilidade de manutenção. Há ainda a procura de investidores, tanto pela liquidez desse tipo de imóvel quanto pelo potencial de valorização da região”, analisa Leonardo Mesquita, vice-presidente de Negócios da empresa.
Hermolin concorda que há um crescimento dos compactos no Rio de Janeiro, mas, para ele, a quantidade está aquém da capacidade de produção e absorção do mercado. “Lembro que esse tipo de imóvel só foi possível a partir da mudança do Código de Obras realizado em 2019. Antes disso não tínhamos uma legislação que permitisse a execução de imóveis compactos na cidade”, observa o presidente do Sinduscon-Rio.
Ele lembra que, de lá para cá, foram lançados cerca de 200 mil compactos em todo o Brasil, sendo que 180 mil somente na Grande São Paulo. “Quando a gente olha para o Rio de Janeiro, a cidade ainda é a quarta maior em volume de lançamentos dessa tipologia, perdendo para São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. Neste sentido, apesar da percepção de que ultimamente tivemos um grande volume de imóveis compactos lançados, ainda temos um longo caminho a percorrer. Comparando Rio com São Paulo, o primeiro maior mercado imobiliário do Brasil com o segundo, São Paulo, hoje, teve mais de 15 vezes um volume de imóveis compactos lançados em relação ao que já lançamos no Rio. Primeiro por ser o maior mercado e segundo por ter uma legislação que já permitia esse tipo de imóvel anteriormente à legislação carioca”, afirma Hermolin.
O comparativo entre SP e RJ de Hermolin é endossado por uma pesquisa da Urban Systems, consultoria de inteligência de mercado. Só a primeira metrópole recebeu 50.134 compactos, distribuídos em 436 edifícios entre 2020 e 2025. Já o Rio de Janeiro lançou 7.410 unidades, localizadas em 69 edifícios, ou seja, São Paulo lançou cerca de 6,8 vezes mais que o Rio de Janeiro no período analisado.
De acordo com o estudo, em São Paulo estes lançamentos estão concentrados em regiões centrais e eixos de transporte estruturado, como linhas de trem e metrô, com destaque para áreas próximas às estações e terminais de ônibus. O padrão reforça a lógica de adensamento orientado ao transporte (DOT) e se mostra uma oportunidade de planejar estrategicamente os ambientes urbanos para a redução dos deslocamentos e maior sustentabilidade.
Já o Rio de Janeiro, indica o levantamento, tem uma dispersão mais limitada, com projetos na Zona Sul, Barra da Tijuca e Região Central, e baixa penetração nas zonas Norte e Oeste, mesmo em áreas bem servidas por transporte ferroviário. “Neste caso, o adensamento segue muito mais a lógica da atratividade de mercado do que a infraestrutura de mobilidade. O fenômeno dos estúdios no Rio está muito relacionado ao Plano Reviver Centro, da Prefeitura do Rio, que incentiva as incorporadoras a investirem no Centro da cidade e, em contrapartida, elas recebem um maior potencial construtivo para ser utilizado na Zona Sul. E muitos projetos de unidades compactas estão sendo lançados justamente nestes bairros”, explica Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems.
Rua do Acre e Avenida Gomes Freire
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O Grupo CTV fará esta semana o seu segundo lançamento de compactos no Centro: o Áureos Rio Residencial, retrofit do prédio onde funcionou a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), na Rua do Acre, 21. O empreendimento pelo Reviver Centro oferece 153 estúdios, além de fachada ativa, lazer na cobertura e segurança 24 horas. A expectativa é alcançar um VGV de R$ 60 milhões. As unidades têm preços a partir de R$ 289 mil. De acordo com a empresa, por ser um projeto pelo Reviver Centro, o comprador terá ainda isenção de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) durante cinco anos.
“Lançamos o Sal Rio Residencial no ano passado e tivemos mais de 90% das unidades comercializadas na abertura de vendas. A nossa expectativa com o Áureos também é muito positiva. É uma oportunidade ímpar de comprar um estúdio para morar ou investir, que está pertinho dos melhores equipamentos de cultura do Centro, como os museus do Amanhã e de Arte do Rio, além de toda a mobilidade e a proximidade com o aeroporto”, comenta Guilherme Mororó, diretor Comercial e de Marketing do Grupo CTV.
“Lançamos o Sal Rio Residencial no ano passado e tivemos mais de 90% das unidades comercializadas na abertura de vendas. A nossa expectativa com o Áureos também é muito positiva. É uma oportunidade ímpar de comprar um estúdio para morar ou investir, que está pertinho dos melhores equipamentos de cultura do Centro, como os museus do Amanhã e de Arte do Rio, além de toda a mobilidade e a proximidade com o aeroporto”, comenta Guilherme Mororó, diretor Comercial e de Marketing do Grupo CTV.
Já a The INC Incorporações fará o seu primeiro lançamento de estúdios na região. A companhia se associou à G&A Incorporação e Construções, dona de um edifício-garagem na Avenida Gomes Freire, 510, que será revitalizado e vai se transformar no Carioca by The Inc Lapa, residencial com 168 compactos e duas lojas. A expectativa é alcançar R$ 68 milhões de VGV. Thiago Soares, diretor da empresa, adianta que o projeto será o primeiro de uma série voltada para renda. “O Centro voltou a ter vida, charme e potencial, especialmente para quem busca rentabilidade com locação por temporada. Já vimos outros projetos darem muito certo na área e acreditamos que este será mais um sucesso. O momento é agora e o lugar certo é no Centro”, destaca Soares. A startup Lobie, especializada na gestão inteligente de ativos imobiliários voltados para locações de curta temporada, fará a gestão das unidades e a administração do condomínio. Por ser um projeto pelo Reviver Centro, o Carioca by The Inc Lapa também terá os incentivos do plano.
Outro exemplo na região é o Dias Downtown Studios, da Gazal Empreendimentos. O prédio, entregue em junho, foi o primeiro retrofit corporativo do Centro do Rio, que se transformou em residencial. Localizado na Rua Gonçalves Dias, 46, ao lado da Confeitaria Colombo, o edifício de 15 andares era formado por 28 salas, que se transformaram em 97 estúdios. O VGV é de R$ 35 milhões. “Atualmente, 100% dos adquirentes são investidores para curta temporada”, conta Ernesto Otero, CEO da Lobie.
Otero diz ainda que os interessados em alugar os estúdios para curta temporada contam com o “Check in Contactless”, tecnologia da Lobie desenvolvida para que todo o atendimento seja online, rápido e intuitivo, similar ao check in de companhias aéreas. “Além disso, as unidades podem ter inteligência artificial, que será acionada por comandos de voz via integração por internet das coisas, como ligar e desligar a luz, aparelhos de ar-condicionado e TVs, entre outros itens”, complementa o CEO. O prédio é administrado pela Administradora Nacional.
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