Publicado 04/05/2022 16:35
Na Região dos Lagos, o vereador de Cabo Frio Roberto Jesus (MDB) deu entrada, nesta segunda-feira (2), no juizado especial cível da comarca do município em um processo contra o vendedor ambulante Carlos Magne Monteiro por conta do episódio da semana passada em que o comerciante teria insinuado que o parlamentar era envolvido com o jogo do bicho.
A sentença da ação foi dada já nesta terça (3) e assinada pelo juiz Fábio Costa Soares. A decisão extingue o processo sem julgamento do mérito. De acordo com Fábio, “os fatos são também objeto de apuração na esfera criminal”.
O vereador Roberto Jesus foi procurado pela reportagem para se posicionar e disse que “na própria decisão, o juiz analisa que os fatos narrados são graves”.
Jesus afirmou que vai entrar, ainda nesta semana, com o processo na esfera criminal e, após a decisão, poderá “entrar na esfera cível novamente para pedir dano moral”.
Na petição inicial, Roberto Jesus pediu de Carlos Magne, que é dono de um trailer de bebidas e comidas na praça de São Pedro da Aldeia, 20 salários mínimos, o equivalente a R$ 24.240,00, a título de indenização por danos morais.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Carlos Magne, que informou que o processo que será movido por Maguinho contra Jesus por abuso de poder está em andamento. Ainda não foi protocolado, mas eles estão reunindo os documentos e compilando as provas para dar entrada.
Sobre o processo de Roberto Jesus, a advogada responsável informou que vai aguardar para apresentar a defesa no momento oportuno em relação as acusações de difamação e calúnia em face do Carlos Magne. “No mais, vamos tomar as providências em relação ao crimes cometidos pelo Edil”, concluiu.
Relembre o caso
O vereador Roberto Jesus foi procurado pela reportagem para se posicionar e disse que “na própria decisão, o juiz analisa que os fatos narrados são graves”.
Jesus afirmou que vai entrar, ainda nesta semana, com o processo na esfera criminal e, após a decisão, poderá “entrar na esfera cível novamente para pedir dano moral”.
Na petição inicial, Roberto Jesus pediu de Carlos Magne, que é dono de um trailer de bebidas e comidas na praça de São Pedro da Aldeia, 20 salários mínimos, o equivalente a R$ 24.240,00, a título de indenização por danos morais.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Carlos Magne, que informou que o processo que será movido por Maguinho contra Jesus por abuso de poder está em andamento. Ainda não foi protocolado, mas eles estão reunindo os documentos e compilando as provas para dar entrada.
Sobre o processo de Roberto Jesus, a advogada responsável informou que vai aguardar para apresentar a defesa no momento oportuno em relação as acusações de difamação e calúnia em face do Carlos Magne. “No mais, vamos tomar as providências em relação ao crimes cometidos pelo Edil”, concluiu.
Relembre o caso
Na noite da última quinta (28), o vereador de Cabo Frio Roberto Jesus chamou a polícia para levar um comerciante à delegacia após uma briga no WhatsApp. O policial militar reformado disse que acharia o comerciante onde ele estivesse e o levaria preso na hora.
A confusão começou por conta de uma conversa paralela entre o comerciante Carlos Magne Monteiro, o Maguinho, e um apoiador de Roberto Jesus. Maguinho disse que, se o tal apoiador não é a favor do jogo do bicho, ele está no lugar errado.
O vereador, que é pré-candidato a deputado estadual, entrou no grupo na sequência e questionou se era a ele que Maguinho se referia.
“Oh, jogador, eu não botei nome, mas você está se doendo. É você? Primeiro que você está se metendo em um assunto que você chegou depois. Mas se doeu, se a carapuça serviu, tá o dito aí“, disparou o comerciante.
“Você está acostumado a lidar com moleque. Você vai falar de novo, agora, que é meu nome, não é carapuça, não, meu irmão. Vai falar onde que você está e eu vou te achar onde você estiver e vou te levar para delegacia preso agora. Tu vai provar, irmão. Tá achando que é moleque?“, disse Jesus, exaltado, em resposta ao comerciante no grupo.
Maguinho disse, então, que não era necessário achá-lo, porque ele estava trabalhando no quiosque de bebidas e comida dele, na Praça de São Pedro da Aldeia.
Roberto Jesus, então, foi até ele e chamou a viatura. Os dois entraram no veículo policial e foram para a 125ª DP, em São Pedro da Aldeia, onde o caso foi registrado.
Vereador e comerciante foram ouvidos e liberados na sequência.
Na ocasião, à reportagem, Maguinho disse que Jesus não se apresentou como vereador na delegacia e, sim, como policial. O comerciante alegou ainda que os agentes não o deixaram ir com o carro próprio para a 125ªDP e não o levaram de volta ao seu local de trabalho, após a liberação.
O comerciante também questionou a velocidade com que Jesus conseguiu uma viatura para o caso, visto a dificuldade encontrada por cidadãos no dia-a-dia.
Maguinho disse também que iria no 25º BPM na sexta (29) registrar caso de abuso de autoridade do policial reformado na ocasião.
O vereador Roberto de Jesus também foi procurado pela reportagem e deu sua versão dos fatos.
“Acusaram um apoiador que seu pré-candidato teria envolvimento com contravenção penal, ao ser informado sobre o fato perguntei de quem o rapaz que estava acusando se tratava, já que o apoiador já tinha se manifestado publicamente o apoio à minha pré candidatura. O mesmo rapaz que estava acusando disse que se a carapuça serviu ele tinha o dito. Dessa forma eu perguntei onde ele se encontrava, e que ele pudesse provar falsa acusação“, disse Jesus.
“O acusador disse onde se encontrava e que estaria me aguardando. Ao chegar no local acionei uma viatura através do 190, relatei o ocorrido e os policiais então nos conduziram até a delegacia para apreciação do delegado de polícia. Em nenhum momento mandei a viatura levar ninguém, foi somente comunicado aos policiais os fatos e através disso foi decidido que as partes seria conduzida a DP“, continuou.
“Então fomos eu e o rapaz que fazia a acusação caluniosa na mesma viatura até a 125⁰ DP, onde foi feito o registro. Na viatura o rapaz disse que política é assim mesmo, só que tenho meu caráter independente de profissão, e qualquer pessoa que seja que levantar acusações sobre minha pessoa terá que provar. Para isso, serve a justiça e nossas leis“, finalizou o vereador.
Perguntamos a Jesus também sobre a insinuação de que ele teria ligação com o jogo do bicho.
“Nunca ouvi falar nessa história na cidade. Não confirmo essa história e fiz questão de levar para a delegacia e também vou levar ao conhecimento do judiciário através de uma ação já na semana que vem“, respondeu Roberto Jesus.
A confusão começou por conta de uma conversa paralela entre o comerciante Carlos Magne Monteiro, o Maguinho, e um apoiador de Roberto Jesus. Maguinho disse que, se o tal apoiador não é a favor do jogo do bicho, ele está no lugar errado.
O vereador, que é pré-candidato a deputado estadual, entrou no grupo na sequência e questionou se era a ele que Maguinho se referia.
“Oh, jogador, eu não botei nome, mas você está se doendo. É você? Primeiro que você está se metendo em um assunto que você chegou depois. Mas se doeu, se a carapuça serviu, tá o dito aí“, disparou o comerciante.
“Você está acostumado a lidar com moleque. Você vai falar de novo, agora, que é meu nome, não é carapuça, não, meu irmão. Vai falar onde que você está e eu vou te achar onde você estiver e vou te levar para delegacia preso agora. Tu vai provar, irmão. Tá achando que é moleque?“, disse Jesus, exaltado, em resposta ao comerciante no grupo.
Maguinho disse, então, que não era necessário achá-lo, porque ele estava trabalhando no quiosque de bebidas e comida dele, na Praça de São Pedro da Aldeia.
Roberto Jesus, então, foi até ele e chamou a viatura. Os dois entraram no veículo policial e foram para a 125ª DP, em São Pedro da Aldeia, onde o caso foi registrado.
Vereador e comerciante foram ouvidos e liberados na sequência.
Na ocasião, à reportagem, Maguinho disse que Jesus não se apresentou como vereador na delegacia e, sim, como policial. O comerciante alegou ainda que os agentes não o deixaram ir com o carro próprio para a 125ªDP e não o levaram de volta ao seu local de trabalho, após a liberação.
O comerciante também questionou a velocidade com que Jesus conseguiu uma viatura para o caso, visto a dificuldade encontrada por cidadãos no dia-a-dia.
Maguinho disse também que iria no 25º BPM na sexta (29) registrar caso de abuso de autoridade do policial reformado na ocasião.
O vereador Roberto de Jesus também foi procurado pela reportagem e deu sua versão dos fatos.
“Acusaram um apoiador que seu pré-candidato teria envolvimento com contravenção penal, ao ser informado sobre o fato perguntei de quem o rapaz que estava acusando se tratava, já que o apoiador já tinha se manifestado publicamente o apoio à minha pré candidatura. O mesmo rapaz que estava acusando disse que se a carapuça serviu ele tinha o dito. Dessa forma eu perguntei onde ele se encontrava, e que ele pudesse provar falsa acusação“, disse Jesus.
“O acusador disse onde se encontrava e que estaria me aguardando. Ao chegar no local acionei uma viatura através do 190, relatei o ocorrido e os policiais então nos conduziram até a delegacia para apreciação do delegado de polícia. Em nenhum momento mandei a viatura levar ninguém, foi somente comunicado aos policiais os fatos e através disso foi decidido que as partes seria conduzida a DP“, continuou.
“Então fomos eu e o rapaz que fazia a acusação caluniosa na mesma viatura até a 125⁰ DP, onde foi feito o registro. Na viatura o rapaz disse que política é assim mesmo, só que tenho meu caráter independente de profissão, e qualquer pessoa que seja que levantar acusações sobre minha pessoa terá que provar. Para isso, serve a justiça e nossas leis“, finalizou o vereador.
Perguntamos a Jesus também sobre a insinuação de que ele teria ligação com o jogo do bicho.
“Nunca ouvi falar nessa história na cidade. Não confirmo essa história e fiz questão de levar para a delegacia e também vou levar ao conhecimento do judiciário através de uma ação já na semana que vem“, respondeu Roberto Jesus.
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