Publicado 28/02/2024 00:00
Os tempos mais sombrios da história nos ensinam que a liberdade não pode ser relativizada sem um custo muito alto. É um dos pilares fundamentais que sustentam toda nação verdadeiramente democrática, sem o qual o devido processo legal é aviltado, espalhando-se, assim, aquele embotamento mental que nasce do temor de uma injusta coerção.
A liberdade não é absoluta, como todos sabem. Mas nem por isso ela pode ser relativizada de qualquer jeito.
Se a liberdade irrestrita pode resultar em caos, não custa lembrar que seus limites são a própria circunscrição dentro da qual ela pode prosperar. Eles são definidos pela lei, reflexo dos valores que a sociedade escolheu preservar.
Os parlamentares, representantes legítimos do povo, são responsáveis por redigir as leis que estabelecem os limites dessa liberdade. Só quando a lei impera faz sentido falar em democracia e Estado de Direito, pois só assim a vontade coletiva se faz norma, e os direitos individuais de todos os cidadãos são protegidos contra os abusos do próprio Estado.
Relativizar a liberdade é relativizar a prisão, e todo o processo que deve ser seguido para que ela possa ocorrer. É relativizar o pensamento, porque este só pode se desenvolver mediante livre e metódica condução, jamais por coerção. É relativizar a violência, como se o poder estatal pudesse agir como um campeão de boxe, e o povo como um desafiante meio estúpido que merece apanhar até cair. Relativizar a liberdade é relativizar a expressão, pela contenção ocasionada pelo medo da violência estatal, sem que se possa questionar o Estado e seus rumos. É relativizar a democracia, que se nutre da própria discordância, do debate, da discussão, da manifestação. Relativizar a liberdade é relativizar a escravidão, maior chaga da história do Brasil, que até hoje nos desafia para superarmos sua herança desumana.
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Liberdade e coragem andam juntas — e essa dupla caminhada vai de falar aquilo que se deve, em meio a riscos os mais diversos, até a questionar aquilo em que se crê, pondo em xeque as próprias crenças.
Uma das questões que sempre me inquietaram foi a da existência de Jesus. Um livro me ajudou extraordinariamente a pôr mais um tijolo nos fundamentos da minha fé: O verdadeiro Jesus: evidências arqueológicas e históricas de Cristo e dos evangelhos, escrito por Titus Kennedy.
Mesmo quem não é religioso não nega quão intrigante é alguém que viveu em uma região remota do Império Romano, e teve apenas alguns milhares de seguidores durante sua vida, tornar-se a figura mais influente da humanidade.
Comparados a outras obras antigas, os Evangelhos têm sólida base histórica. Esses relatos não são meramente obras de propaganda religiosa, são testemunhos em grande parte passíveis de comprovação.
A história de Jesus, desde seu batismo até sua crucificação, é um testemunho poderoso do poder de fé, de resiliência, de amor. Seus milagres, ensinamentos e exemplos inspiram milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente de sua origem ou crença religiosa.
Ao final, a busca pela liberdade - seja política, intelectual ou espiritual - é uma jornada contínua, que nos convida a questionar, e nos desafia a explorar, a discutir e a amadurecer. Pois só o exercício pleno da liberdade, dentro dos limites estabelecidos pela lei e pela ética, nos permite buscar a plenitude de dignidade humana, etapa mais próxima daquela felicidade que tantos buscam e que tão poucos chegam a tocar.
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