Rudinei Marques e o deputado Israel Batista lançarão mais um estudoDivulgação Fenamp
Por PALOMA SAVEDRA
Publicado 11/01/2020 05:30

Se por um lado o governo de Jair Bolsonaro quer reformular o serviço público federal e promover austeridade nos gastos, por outro, o funcionalismo promete muita articulação pela campanha salarial. As categorias já começaram a se reunir para discutir o assunto. E ameaçam até uma paralisação, ainda no primeiro semestre deste ano — como informou o jornal O Estado de S. Paulo —, para mostrarem uma atuação mais contundente aos governistas.

Presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques afirmou à coluna que uma das ideias é articular este ano com o governo para que o orçamento de 2021 tenha previsão de recomposição salarial. 

Marques disse ainda que na próxima terça-feira haverá uma reunião do Fonacate. No encontro, representantes das categorias vão debater o que já foi sinalizado por outras entidades, como o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). O Fonasefe, aliás, já deu indicativo de paralisação geral em 18 de março.

"Temos que entrar na luta agora para garantir (o reajuste) em 2021. Já estamos começando a nos mobilizar, porque se de um lado vamos resistir sobre os cortes implementados pela reforma, tentaremos colocar no orçamento do ano que vem uma previsão de recomposição salarial para todo mundo", disse o presidente do Fonacate.

As categorias veem um 'poder de barganha' para pleitear correções, já que o presidente Jair Bolsonaro sinalizou positivamente para a concessão de reajustes a policiais do Distrito Federal (o pagamento da classe é bancado pela União).

Defasagem de 32,6%

Até o fim de 2019, uma parte do funcionalismo — por exemplo, as carreiras de Controle e Ministério do Trabalho — recebeu as últimas parcelas de reajuste.

Mas a maioria — 785 mil ativos e inativos — acumula defasagem de 32,6% entre julho de 2010 a dezembro de 2019, aponta estudo do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central revelado em 7 de outubro pela coluna.

Paulo Guedes defende congelamentos

Desde janeiro de 2019, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem declarando que a reforma no serviço público é uma das prioridades da pasta. Guedes quer congelar salários nos próximos anos e cargos que forem deixados por funcionários que se aposentarem.

E o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, também já defendeu o mesmo. Para Almeida, é preciso segurar aumentos nas remunerações por três anos (a partir de 2019).
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Em relação à reforma administrativa, vale lembrar que essa é uma pauta também do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
 
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Frente parlamentar 
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Diante desse cenário, os servidores federais passaram a intensificar as conversas com parlamentares. Foi então lançada, em 3 de setembro, como mostra a foto ao lado, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público (com 235 deputados e seis senadores).
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O deputado Professor Israel Batista (PV-DF) preside a frente e já afirmou algumas vezes que a ideia é abrir o diálogo com o governo e defender garantias já conquistadas pelo funcionalismo.

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