Publicado 30/11/2020 17:36 | Atualizado 25/11/2022 21:49
Há 12 anos consecutivos na presidência da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o vereador Jorge Felippe (DEM) não disputará o posto no próximo mandato, em 2021. Felippe confirmou a informação em primeira mão à coluna, alegando ter cumprido o seu papel e, também, estar cansado.
O parlamentar defende a indicação de Carlo Caiado, do seu partido (que também é o mesmo do prefeito), para o cargo.
"O princípio da governabilidade leva o partido do governo a fazer a indicação para a presidência. E é natural que a maior bancada indique. Defendo a candidatura do Caiado, chamei ele aqui hoje, e sugeri que ele disputasse. Acho que está na hora (de deixar de disputar a presidência), estou cansado", declarou.
Três partidos elegeram sete vereadores na Casa: o DEM - que teve o maior número de votos -, Psol e Republicanos.
"Presidência de Poder é uma missão muito espinhosa. Quero apenas cumprir meu mandato", acrescentou o presidente do Legislativo carioca, citando seu colega de bancada e ex-prefeito, Cesar Maia: "Quero ficar como ele".
Indagado se já articula a presidência de alguma comissão, Felippe disse que não é essa a sua intenção. "Se eu estou renunciando a este processo de disputa de presidência, não vale a pena também ocupar mais responsabilidades aqui dentro, como ser presidente de comissão. Isso é pra quem está cheio de gás", afirmou.
Questionado se o tema foi discutido já com o prefeito eleito, Eduardo Paes, Felippe disse: "Aí é uma decisão de bancada. Não passa pelo prefeito".
O parlamentar disse que a candidatura de Caiado é “natural” devido à experiência do vereador na Câmara.
"O Caiado hoje é o primeiro secretário, é uma candidatura natural. Tem experiência de como funciona a mesa diretora, tem talento e competência. Acho que preenche todos os requisitos. Eu chamei ele hoje aqui, e comuniquei que defendo a candidatura dele", observou o presidente, citando ainda os outros vereadores da legenda: "São todos muito competentes".
Jorge Felippe é vereador desde 1979: terá o oitavo mandato. E é o presidente do Legislativo carioca com maior longevidade.
"São seis eleições consecutivas para a presidência da Câmara", contou.
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