Tema debatido na audiência pública voltará ser tratado na terceira semana de setembroReprodução
Publicado 27/08/2021 05:30
A pauta da recomposição inflacionária para o funcionalismo fluminense segue como prioridade das categorias, que tiveram o último reajuste em 2014. A audiência pública realizada ontem pela Comissão de Servidores da Alerj, com a presença de representantes do serviço público e do governo Castro, reforçou esse cenário. O tema voltará a ser tratado na próxima reunião que o colegiado promoverá na terceira semana de setembro.
A audiência foi marcada para debater o impacto do novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que determina uma série de ajustes no Estado do Rio, sobretudo as reformas previdenciária e administrativa.
"Decidimos colocar em nosso plano de trabalho as discussões referentes às perdas salariais, e antecipar uma questão grave que é a dos servidores nas reformas que se aproximam", disse o deputado Rodrigo Amorim (PSL), que preside o grupo.
Vice-presidente, Flávio Serafini (Psol) ressaltou que a defasagem salarial do funcionalismo já chega a 45%. Para ele, é preciso que o Executivo apresente um planejamento para conceder a recomposição.
"O Estado do Rio já está entrando em um outro quadro orçamentário, temos margens para debater o assunto, e isso precisa ser levado em consideração. Senti falta de um planejamento imediato para a recuperação das perdas por parte do governo. Vamos marcar uma nova audiência o mais rápido possível e vamos encaminhar um pedido de informações às secretarias. Precisamos de projeções de cenários", afirmou Serafini.
'SERVIDORES ESTÃO ESGOTADOS'
A audiência foi realizada a pedido do Fórum Permanente dos Servidores do Estado (Fosperj). Após a reunião, o Fosperj divulgou nota ressaltando que há “preocupação dos quase meio milhão de servidores do Rio ativos, inativos e pensionistas pela falta de qualquer planejamento sobre a recomposição das perdas inflacionárias que já chegam a quase 50%”.O fórum afirma que esses trabalhadores “não estão somente exauridos financeiramente. Mas, principalmente, esgotados”: “É inacreditável que somente em ano eleitoral o governo avalie implementar alguma reposição”.
PROPOSTA GARANTE 
Na justificativa do texto, Ceciliano ressalta que a correção é garantida pela Constituição da República. E cita que, diante da crise financeira do estado, desde 2014 os servidores amargam déficit salarial em torno de 45%.
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