Polícia Federal e Ministério Público cumpriram mandados de prisão e busca e apreensãoReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por Sidney Rezende
Publicado 27/03/2021 06:00
Existe um ditado que diz que "dinheiro não traz felicidade, mas manda buscar". Nunca isto foi tão verdade quanto agora em que condenados do andar de cima da criminalidade buscam saídas para escapar da prisão. Para se ter uma ideia, só nesta semana, foram expedidos quatro mandados de prisão e 16 de busca e apreensão, cumpridos nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) realizaram uma operação chamada "Camaleão.com", com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava na expedição de alvarás falsos de soltura de presos federais. Foram expedidos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, cumpridos no Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti e Belo Horizonte (MG). O MPF diz que, em novembro de 2020, um traficante de armas condenado pela Justiça Federal a 27 anos de prisão foi liberado da Penitenciária de Bangu a partir de documentos falsos (alvarás de soltura, decisões e certidões). Ao tomar ciência do fato, o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF, por meio do procurador da República Eduardo Benones, instaurou procedimento investigatório para apurar as circunstâncias da fuga.

A OPERAÇÃO DESLANCHOU

As investigações do MPF apontam para a existência de uma organização criminosa, integrada por advogados e falsários, que estariam atuando em complexos penitenciários do Rio de Janeiro para facilitar a fuga de presos por meio dos crimes de falsificação de documento público federal e uso de documento falso. Ao menos outros dois casos semelhantes já foram identificados. "A ousadia dos criminosos em usar alvarás falsos para libertar presos condenados pela Justiça Federal revela que podemos estar lidando com um dos braços de uma organização criminosa voltada ao contrabando de armas pesadas para abastecer o tráfico e as milícias no Rio de Janeiro e em outras partes do Brasil. Não se pode esquecer que alguns dos presos favorecidos pelos documentos falsos foram condenados exatamente por terem participado da entrada ilegal de fuzis, carregadores e munições em solo brasileiro. Mais de 1000 fuzis em apenas 4 anos”, afirma o procurador da República Eduardo Benones. 
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