Publicado 16/01/2024 00:00
Pergunte a qualquer carioca qual é o maior problema do Rio hoje e certamente ele te responderá: Segurança Pública. A relação da Cidade Maravilhosa com o crime é antiga e complexa - não à toa o filme Tropa de Elite foi premiado no Festival de Berlim e a cada dia inspiramos novas séries de streaming. Já vivemos a fase dos sequestros, dos assaltos a caixas eletrônicos, dos roubos de carga, dos arrastões na praia e no trânsito... Tudo isso na cidade que recebeu o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e é uma referência internacional. Desejado pelas elites empresariais e políticas, o Rio é um grande mosaico que mistura tráfico, milícias, jogo do bicho, escolas de samba, grandes eventos, uma paisagem deslumbrante e muita gente bonita e descolada. Temos potencial para ser a melhor capital do país sob muitos aspectos. No entanto, o que vemos são cariocas com medo, muitos inclusive indo embora da cidade.
No final do ano passado, uma sucessão de casos de violência assustou cariocas e turistas e movimentou o cenário político por aqui. É aquele famoso ditado: "Depois da casa arrombada, querem colocar o cadeado na porta". O governador Cláudio Castro recriou a Secretaria Estadual de Segurança Pública e o prefeito Eduardo Paes, por sua vez, correu para organizar a festa de Réveillon, com medo de mais um escândalo. A festa da virada do ano transcorreu muito bem, mostrando que, com inteligência, planejamento e seriedade, é possível garantir a segurança das pessoas. A pergunta que fica é: se deu certo em uma festa com milhões de pessoas, por que não conseguimos garantir a segurança da cidade no seu dia a dia?
Em ano de eleição, muitos políticos tentam emplacar soluções para as questões da cidade. Mas a verdade é que resolver o problema da Segurança Pública do Rio passa por uma ação coordenada envolvendo Prefeitura, Estado e Governo Federal. A Prefeitura precisa assumir a sua responsabilidade, cuidar do ordenamento público e garantir a eficiência da Guarda Municipal. Já o Governo do Estado deve oferecer policiais bem treinados e equipados, e principalmente que trabalhem com inteligência. O Governo Federal precisa reforçar o policiamento de nossas fronteiras terrestres e marítimas, além de, sempre que
necessário, garantir a presença de tropas federais nas ruas.
Mudanças estruturais precisam acontecer também junto ao Poder Judiciário, envolvendo a atuação do Ministério Público e da Defensoria Pública. É preciso melhorar a Lei de Execução Penal, e a decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir operações em favelas tem que ser revista com urgência, ou nossa polícia seguirá impedida de pés e mãos atados.
Com a atual legislação, muitos criminosos que ganham benefícios, como as "saidinhas" de Natal e Ano Novo, cometem novos crimes.
Depois de décadas de convivência com o crime e a violência, já passou da hora de devolver o Rio aos cariocas. Enfrentar o problema com seriedade e responsabilidade é o mínimo que o carioca espera de seus governantes.
No final do ano passado, uma sucessão de casos de violência assustou cariocas e turistas e movimentou o cenário político por aqui. É aquele famoso ditado: "Depois da casa arrombada, querem colocar o cadeado na porta". O governador Cláudio Castro recriou a Secretaria Estadual de Segurança Pública e o prefeito Eduardo Paes, por sua vez, correu para organizar a festa de Réveillon, com medo de mais um escândalo. A festa da virada do ano transcorreu muito bem, mostrando que, com inteligência, planejamento e seriedade, é possível garantir a segurança das pessoas. A pergunta que fica é: se deu certo em uma festa com milhões de pessoas, por que não conseguimos garantir a segurança da cidade no seu dia a dia?
Em ano de eleição, muitos políticos tentam emplacar soluções para as questões da cidade. Mas a verdade é que resolver o problema da Segurança Pública do Rio passa por uma ação coordenada envolvendo Prefeitura, Estado e Governo Federal. A Prefeitura precisa assumir a sua responsabilidade, cuidar do ordenamento público e garantir a eficiência da Guarda Municipal. Já o Governo do Estado deve oferecer policiais bem treinados e equipados, e principalmente que trabalhem com inteligência. O Governo Federal precisa reforçar o policiamento de nossas fronteiras terrestres e marítimas, além de, sempre que
necessário, garantir a presença de tropas federais nas ruas.
Mudanças estruturais precisam acontecer também junto ao Poder Judiciário, envolvendo a atuação do Ministério Público e da Defensoria Pública. É preciso melhorar a Lei de Execução Penal, e a decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir operações em favelas tem que ser revista com urgência, ou nossa polícia seguirá impedida de pés e mãos atados.
Com a atual legislação, muitos criminosos que ganham benefícios, como as "saidinhas" de Natal e Ano Novo, cometem novos crimes.
Depois de décadas de convivência com o crime e a violência, já passou da hora de devolver o Rio aos cariocas. Enfrentar o problema com seriedade e responsabilidade é o mínimo que o carioca espera de seus governantes.
Pedro Duarte
Vereador (Novo)
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