Pedro DuarteDivulgação
Publicado 22/10/2024 00:00
Falta de insumos, precariedade estrutural, falta de médicos, atendimento abaixo da capacidade total e, em meio a esse caos e descaso, um incêndio trágico em 2020. Essa indesejada realidade reflete não só o dia a dia do Hospital Federal de Bonsucesso, que já foi referência nacional em cardiologia e transplantes, mas também boa parte dos serviços públicos da cidade do Rio de Janeiro. Evidencia a urgência por mudanças
profundas e a necessidade de uma administração moderna e eficiente, capaz de devolver à população carioca o atendimento que todos merecem.
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Nesse contexto, a proposta de trazer nova gestão para o Hospital Federal de Bonsucesso não deve ser encarada apenas como uma simples troca de administradores. Simboliza a implementação de práticas que são essenciais para que qualquer instituição pública funcione de forma adequada. Estamos falando de valores que, quando bem aplicados, fazem toda a diferença na ponta: agilidade, eficiência no uso de recursos públicos e, principalmente, foco no resultado. O objetivo final sempre deve ser o bem-estar da população.
Levando em conta as especificidades da saúde pública, a agilidade na gestão é vital. A capacidade de resolver rapidamente questões como falta de insumos, contratação de profissionais qualificados e manutenção de equipamentos é o que determina se uma unidade de saúde consegue atender bem
ou não o cidadão. E isso só é possível com uma administração que tenha flexibilidade e autonomia para tomar decisões assertivas, algo que, muitas vezes, a gestão pública direta não consegue oferecer de forma minimamente eficaz e ágil.
O grande diferencial de uma gestão bem-sucedida está em priorizar o que realmente importa: o serviço que é entregue ao cidadão/contribuinte. É por isso que a implementação de uma administração com esses valores no Hospital de Bonsucesso pode ser o ponto de virada para reverter o cenário de abandono
que a unidade enfrenta há anos. Espera-se que seja possível garantir que os 412 leitos do hospital funcionem plenamente e não pela metade de sua capacidade, como acontece no cenário atual; que a emergência volte a ser aberta; que salas de cirurgias funcionem; e que haja abastecimento de medicamentos e insumos sem interrupções.
Entretanto, a resistência a essas mudanças ainda é um problema no Rio de Janeiro. Infelizmente, muitos setores da sociedade ainda têm dificuldade em aceitar que uma gestão moderna, realizada em colaboração com parceiros privados, possa ser a resposta para superar os gargalos da saúde pública. É preciso vencer essa resistência e entender que o que está em jogo é a melhoria no atendimento. Quando uma unidade de saúde sofre com a ineficiência, quem mais perde são os cariocas que dependem desses serviços.
O que queremos é que o Hospital de Bonsucesso volte a ser uma referência de atendimento, algo que só uma administração comprometida com o uso eficiente de recursos pode proporcionar. A população carioca não pode mais ser refém de um sistema ineficiente, lento e incapaz para resolver problemas que afetam diretamente a saúde de milhares de pessoas. É hora de deixar a resistência de lado e abraçar a mudança que pode salvar vidas.
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