Publicado 04/04/2022 18:05
Há dois meses, o motoboy Jorge Henrique Lopes, de 37 anos, desapareceu quando seguia em sua motocicleta para lanchonete, onde trabalhava como entregador, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Segundo familiares, Jorge fazia, diariamente, o percurso da casa para o trabalho em menos de 10 minutos.
Contudo, no fim da tarde do dia 4 de fevereiro, Jorge se despediu dos filhos, seguiu em direção ao comércio, mas nunca mais retornou. A demora do motoboy chamou a atenção de familiares, que, com apoio de amigos, passaram a fazer buscas na região, mas nada encontraram. Jorge usava camisa branca do Flamengo, bermuda jeans e tênis cinza.
De acordo a mulher do motoboy, a auxiliar de serviços gerais Daiana da Silva Ferreira, de 36 anos, era comum, para efeito de segurança, o marido avisar sobre a localização dele e fazer contato com a família quando ocorria algum imprevisto ou em caso de demora no trabalho. Segundo ela, Jorge estava feliz com a mudança de residência.
‘Não sei mais o que falar para os meus filhos’
“Saímos de um bairro na Zona Norte e seguimos para uma casa própria em Paciência. Ele arrumou esse trabalho para ajudar na obra. Estava feliz com a possibilidade de dar mais conforto aos filhos, mas, infelizmente, desapareceu. Estamos aflitos pela falta de informações. Não sei mais o que falar para os meus filhos! É muito sofrimento”, disse, emocionada, a auxiliar de serviços gerais.
Motocicleta também não foi encontrada
O caso está sendo investigado por agentes da Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), que já ouviram familiares e testemunhas. De acordo com a família, imagens de câmeras estão sendo analisadas. O aparelho celular do motoboy e a motocicleta também não foram encontrados.
Informações sobre o paradeiro do motoboy Jorge Henrique Lopes podem ser repassadas de forma anônima e com sigilo garantido aos telefones do Disque-Denúncia (2253-1177) ou para a DDPA (2202-0338 / 2202-0337).
Em dois meses, Estado registra mais de mil desaparecimentos
Em janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados 1002 desaparecimentos de pessoas em todo Estado do Rio de Janeiro, conforme dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP). Em comparação ao mesmo período de 2021, quando foram contabilizados 675 casos, os registros aumentaram 48,4%.
A Baixada Fluminense, com 259 sumiços, lidera o ranking dos casos. A novidade este ano, ficou por conta do aumento de casos na Região Serrana, devido, sobretudo, a tragédia em Petrópolis, que puxou para cima os índices de registros, contabilizando 225 desaparecimentos.
A Região Integrada de Segurança Pública 2, composta pelas Zonas Norte e Oeste do Rio, seguida da Capital, contabilizaram, respectivamente, 165 e 159 casos. A seguir, a Região Metropolitana e dos Lagos tiveram 107 sumiços. Fecham o balanço bimestral, as regiões Sul e Norte Fluminense, com 45 e 42 casos computados, respectivamente.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.