Luiz Schiavon fez parte do Domingão do Faustão por seis anosReprodução Facebook
Por Jessyca Damaso
Publicado 20/03/2019 17:38 | Atualizado 20/03/2019 17:38

Rio - O "Domingão do Faustão" completa três décadas na programação da Globo no dia 26 deste mês. Para celebrar a data, o Meia criou seu próprio Arquivo Confidencial para homenagear Fausto Silva. Por isso, nos viramos nos 30 para reunir pessoas importantes nesta história. A primeira delas é o tecladista do RPM, Luiz Schiavon, que comandou a extinta Banda Domingão por seis anos.

Como diria Faustão, o músico é "sócio do Perdidos da Noite". A amizade dos dois começou ainda no célebre programa que Faustão comandava na Gazeta, na Record, e principalmente, na Band, nas noites de sábado, durante boa parte da década de 80. A oportunidade de montar a Banda Domingão, porém, surgiu pelas mãos do diretor Mario Meirelles.

“Em 2004, o Meirelles passou pra equipe do Domingão e me convidou para um bate-papo com o Fausto. Montei a banda e estreamos no início do ano seguinte”, conta Schiavon.

Antes disso, o tecladista já tinha uma carreira bem-sucedida com o RPM, mas afirma que a experiência ao lado do amigo foi desafiadora: “Ficar no ar de três a quatro horas por domingo, num programa como esse, tem um grande impacto na carreira de qualquer pessoa”.

Soma-se a isso a missão de lidar com a espontaneidade, irreverência e exigências de Faustão. Para o músico, esse traço peculiar da personalidade do apresentador é o motivo de o programa se manter no ar por 30 anos e ainda ser líder de audiência.

“O sucesso do programa se deve ao carisma pessoal que ele tem e à sua velocidade de raciocínio. É impressionante como ele pensa rápido mesmo quando algo sai do controle, o que num programa ao vivo é comum. Além disso, o fato de ele se distanciar de fofocas e preservar a vida pessoal faz com que o público o respeite muito”, define Schiavon.

O humor afiado de Fausto chama a atenção de todos que acompanham a atração aos domingos. Durante os seis anos em que trabalhou no Domingão, Schiavon era sempre alvo de brincadeiras por parte do comunicador:

“O Fausto usa músicos, bailarinas e outros profissionais como uma espécie de ‘escada’ para dar uma quebrada no ritmo, provocar situações engraçadas e bater bola sobre assuntos que estão na pauta. Mas ele faz isso com muita sensibilidade e não me lembro de ter ficado em uma situação constrangedora. As brincadeiras são sempre feitas com bom-humor e muita educação”.

Entre tantas lembranças, ele afirma que a confiança e a credibilidade que a banda foi adquirindo ao longo do tempo fizeram com que muitos artistas dispensassem seus próprios músicos quando iam se apresentar na atração dominical.

“Foi assim que tocamos com os maiores artistas do Brasil e do mundo, como Laura Pausini e Alejandro Sanz”, orgulha-se Schiavon, que aproveitou para revelar que o apresentador é fã de músicas dos anos 70 e 80, os rocks que embalavam o "Perdidos".

Mas foi o axé que quase fez Schiavon perder o rebolado. No melhor estilo “quem sabe faz ao vivo”, Faustão sugeriu uma mudança de última hora e...

“A Ivete Sangalo foi ao programa e preparamos o repertório indicado pela produção. Mas, de supetão, o Fausto pediu pra ela cantar ‘Festa’. Já tínhamos a música no repertório fixo da banda, mas foi um corre-corre pra distribuir as partituras. Acabamos no tempo certo. Só que eu esqueci que estava no tom das nossas cantoras e a Ivete canta um tom abaixo. Mesmo assim ela ficou firme e cantou sem demostrar que algo estava errado. Quando acabou, chegou perto de mim e disse ‘Schia, tu me fudeu no tom!’. E deu risada. Ivete é uma grande artista e pessoa”, conta com bom-humor.

Amanhã, as assistentes de palco Adriana Colin e Talitha Morete homenageiam Faustão

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