Christiane Torloni conduzindo entrevista para o documentário 'Amazônia - O despertar da Floresta'Reprodução/Instagram
Por O Dia
Aos 62 anos, Christiane ainda se reinventa. Consagrada como atriz na televisão, no cinema e no teatro, Torloni poderia ter se dado ao luxo de continuar encantando o público apenas na frente das câmeras. Mas sua paixão pelo meio ambiente e o ativismo político, que faz parte da vida da atriz desde as Diretas Já, a levaram a dirigir seu primeiro trabalho, o documentário 'Amazônia - O despertar da Florestania'.
"Não é um filme de encomenda, ele vem de uma vivência minha. Ele passa por uma biografia minha e também do Brasil", disse ao defender seu envolvimento pessoal na história.
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Longe da televisão desde o fim de 'O tempo não para' em janeiro, Torloni volta ao cenário artístico atuando "nas onze". Além da direção (em parceria com Miguel Przewodowski), ela conduziu as entrevistas, roteirizou e produziu o documentário, que estreia nesta quinta-feira (9) em todo o país. No documentário, que durou cerca de seis anos para ser produzido, estão presentes as falas de ambientalistas, jornalistas, artistas (como Lucélia Santos e Milton Nascimento) e até políticos, como Marina Silva e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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"Eu ficaria tão feliz se as pessoas que estão discutindo políticas públicas assistissem ao filme. A gente tem muita gente desqualificada entrando em pontos de mando e o filme está aí para colaborar". Para a atriz, a preocupação com a Amazônia, no entanto, ultrapassa as fronteiras de políticas de governo. Torloni defende que o cuidado com o meio ambiente seja uma política de Estado, porque os efeitos podem durar muito mais do que quatro anos (se referindo ao mandato presidencial).
A atriz destacou ainda que todo a população é responsável pela proteção da Amazônia e pela defesa da população indígena. "As pessoas se movimentam quando percebem que o delas está na reta. Eu sou responsável por tudo o que me rodeia. O meio ambiente não está aqui para me servir. O que você fez hoje pelo seu meio ambiente hoje?", provocou.
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O filme lembra também o trabalho e legado de ativistas como Chico Mendes, ambientalista assassinado justamente por defender a floresta Amazônica e os povos indígenas e ribeirinhos. Christiane Torloni confessou que também sofreu ameaças e ouviu diversas denúncias durante a produção do documentário.
"É óbvio que em um país como nosso, com a bancada ruralista que a gente tem, não dá pra agradar todo mundo. Eu tenho medo de sair de casa, mas fazer o quê? Temos que fazer nosso trabalho de formiguinha".
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Dedicada à divulgação de 'Amazônia - O despertar da Florestania', que vai para os serviços de streaming no começo do segundo semestre, Torloni adiantou que só volta aos palcos em agosto, com a terceira temporada do espetáculo 'Master Class', no Norte e Nordeste do país.
 
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