Valéria comanda quadro no 'Balanço Geral'. No alto, ela posa com fãs na feira de Laranjeiras, e no Mercadão de Madureira Luciano Belford/Agência O Dia
Por Juliana Pimenta
Publicado 14/05/2019 07:00
Rio - Aos 47 anos, Valéria Valenssa garante que ainda não mostrou tudo o que podia ao público. Depois de um ano de estudo e preparação para TV, a eterna Globeleza estreia hoje, às 11h50, como apresentadora do quadro 'O Bom do Bairro', no programa 'Balanço Geral', da Record.
Nascida na Pavuna e criada em Vila Valqueire, Valéria é a escolhida para comandar o quadro, que visita diversos points do Rio. "O programa é para despertar as pessoas a desvendarem o que elas têm na porta delas", explica. O primeiro episódio vai mostrar todo o universo de perucas, apliques e produtos disponíveis para cabelo no Mercadão de Madureira. A nova apresentadora aproveitou a oportunidade e se jogou na brincadeira para experimentar uma série de visuais diferentes.
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Mas nem tudo foi diversão. Durantes as gravações, Valéria foi abordada por uma senhora que contou sobre o racismo vivido por sua neta que tem cabelo crespo. "Sem dúvidas, fazer um trabalho desses te aproxima das pessoas e te deixa mais humano. E como a matéria era voltada para beleza, isso mexe com a autoestima. Eu sempre assumi meu black power e nunca tive problema em relação a isso. Eu acho que faço parte desse empoderamento da mulher moderna e, sem dúvidas, eu sou referência para muitas mulheres", conta, emocionada.
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Valéria conta que teve depressão, em 2004, após deixar o posto de Globeleza e, desde então, sonhava em voltar para a televisão. Após compor o júri no 'Programa do Ratinho', e fazer parte do 'Dancing Brasil', ela resolveu se dedicar aos estudos para se tornar apresentadora.
O contrato, inicialmente fechado por três meses com a Record, foi anunciado nas redes sociais pelo próprio presidente da emissora no Rio, Fabiano Freitas. E além de toda a equipe do 'O Bom do Bairro', a apresentadora conta com a ajuda especial dos filhos, que opinam sobre o programa. "Eu até mandei a última gravação que fizemos agora para eles. Eles são super exigentes. O mais velho, João Henrique, falou que não gostou da minha expressão e olha que eu estava toda me sentindo", brinca, dizendo que sempre aceita as críticas e vai tentar melhorar.
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Além do programa, Valéria conta que também pensa em fazer um canal no YouTube. "É um projeto antigo, que a gente tá amarrando aos pouquinhos. Eu gostaria de começar lá na Pavuna e contar minha história de superação. Eu tive uma infância muito difícil, às vezes eu passava fome, mas eu tinha o sonho de ser chacrete do Chacrinha. Então o meu sonho me tirou daquela realidade".
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O projeto também seria uma forma de agradecer a todos que ajudaram no começo da sua carreira, como Monique Evans, a coreógrafa Deborah Colker e o diretor Boni, que a escolheu para a emblemática vinheta da Globo.
E, sobre o tempo que passou como Globeleza, Valéria diz que não há nenhum arrependimento. "Eu acho que eu não faria nada diferente. Eu acho que tudo o que aconteceu na minha vida foi no momento certo. Eu nunca tive medo de nada. A gente nunca vai agradar todo mundo. Mas as críticas são normais. Tudo serve de aprendizado".
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