Publicado 22/07/2021 07:00
Rio - Todo mundo já quis saber, pelo menos uma vez, o que aconteceria no futuro. E por sinal, a tranquilidade de poder se planejar ou apenas de diminuir a ansiedade cairia especialmente bem neste atual cenário pandêmico. Então imagine que alguém pudesse vir do futuro para dar as respostas das nossas principais dúvidas. Neste caso, este é o ponto de partida de ‘Paciente 63’, a nova audiosérie do Spotify, protagonizada por Seu Jorge e Mel Lisboa, que estreia nesta quinta-feira.
Na trama, existem apenas dois personagens, mas que são responsáveis por intensos embates que ocupam todos os episódios. De um lado, está Pedro Roiter, um homem que alega ter vindo de um futuro distante e ter conhecimento do mundo pós-pandemia. Do outro, a psiquiatra Elisa Amaral, que acredita que Pedro tem distúrbios e o recebe como seu paciente em um hospital. Enquanto cada um tenta encontrar as respostas de suas próprias jornadas, o ouvinte se envolve em descobrir quem está falando a verdade.
Entrando no embalo do principal discurso de seu personagem, Seu Jorge fala da possibilidade de surgirem outras pandemias após a atual. “Ele fala de gerações entre pandemias. Eu fico muito atento com essa mensagem do Pedro Roiter porque uma já causou um caos muito grande e ainda causa. Meu maior medo é que haja uma diversa variação desse mesmo problema e aí a gente tenha que aplicar diversas vacinas. Ele mesmo fala que foi vacinado cinco vezes aos 9 anos de idade. É muito complexo porque ele traz questões que não vivemos, mas que estamos muito próximos de viver. E isso nos aflige muito”, destaca o ator.
Mel Lisboa também analisa esse medo da imprevisibilidade do futuro. “A série é muito poderosa em vários sentidos. Se a gente imaginar que, há dois anos, em 2019, alguém me falasse que ia rolar uma pandemia, que ia fechar tudo... Eu ia falar que não. A gente está vivendo uma distopia. Isso é coisa de filme, a gente não ia achar que esse tipo de coisa acontece. E é isso que nos causa sempre essa angústia. Esse momento de ouvir a série e pensar nas 'gerações entre pandemias', nas mutações, vacinas... Bom, pode acontecer. A gente olha ao nosso redor e pensa no que a gente está vivendo, no que vai ser de nós. E isso é muito poderoso. Os bons produtos de ficção científica batem nessa tecla, eles dialogam com a nossa realidade, com o que a gente está vivendo hoje e com as nossas incertezas e inseguranças. E eu acho que isso é muito potente”, declara a atriz.
Trabalho técnico
Apesar de vivermos na era da imagem, ‘Paciente 63’ estreia em um momento de solidificação dos podcasts no país. Para Seu Jorge, produzir a série foi ainda mais difícil do que gravar canções. “Na música, a voz é importante, mas você tem outras tantas ferramentas. Você tem os músicos, você tem o arranjo. Nesse negócio, eu tinha a Mel, o texto e o microfone. Mas devido às circunstâncias, cada um ocupou uma sala e a gente trabalhava por vídeo conferência. E eu acredito que, à medida que a gente escreva mais projetos assim, isso vai ficar cada vez mais rico, mais interessante. Estou muito feliz de ter participado e aprendi muito. Nunca tinha feito nada parecido, mas sei da memória que existe no público brasileiro em relação às radionovelas. Fico muito feliz de escutar as pessoas dizerem que tiveram a curiosidade aguçada de saber como é o final da história”, revela o ator.
Mel, por sua vez, destaca a possibilidade da série em oferecer nuances únicas a partir de cada ouvinte. “Esse conteúdo de áudio na ficção, ele se assemelha à literatura, porque ele incentiva a capacidade imaginativa do ouvinte, assim como a literatura incentiva a capacidade imaginativa do leitor. Eu leio um livro e você lê o livro, a história é a mesma, mas o que a minha mente cria é único. E a sua mente vai criar uma história, personagens, cores e cheiros totalmente diferente do que eu criei. O conteúdo de áudio de ficção tem esse mesmo poder. Cada um vai criar o seu. A gente não tem muita ideia do quanto é importante que a gente exercite essa imaginação, esse lúdico. Por mais que você ache que está só recebendo, ouvindo seu podcast deitado no sofá, você está sendo ativo o tempo inteiro. Você é parte fundamental da história, porque sem você, não vai ter história. E isso é muito poderoso”, completa a atriz.
Entrando no embalo do principal discurso de seu personagem, Seu Jorge fala da possibilidade de surgirem outras pandemias após a atual. “Ele fala de gerações entre pandemias. Eu fico muito atento com essa mensagem do Pedro Roiter porque uma já causou um caos muito grande e ainda causa. Meu maior medo é que haja uma diversa variação desse mesmo problema e aí a gente tenha que aplicar diversas vacinas. Ele mesmo fala que foi vacinado cinco vezes aos 9 anos de idade. É muito complexo porque ele traz questões que não vivemos, mas que estamos muito próximos de viver. E isso nos aflige muito”, destaca o ator.
Mel Lisboa também analisa esse medo da imprevisibilidade do futuro. “A série é muito poderosa em vários sentidos. Se a gente imaginar que, há dois anos, em 2019, alguém me falasse que ia rolar uma pandemia, que ia fechar tudo... Eu ia falar que não. A gente está vivendo uma distopia. Isso é coisa de filme, a gente não ia achar que esse tipo de coisa acontece. E é isso que nos causa sempre essa angústia. Esse momento de ouvir a série e pensar nas 'gerações entre pandemias', nas mutações, vacinas... Bom, pode acontecer. A gente olha ao nosso redor e pensa no que a gente está vivendo, no que vai ser de nós. E isso é muito poderoso. Os bons produtos de ficção científica batem nessa tecla, eles dialogam com a nossa realidade, com o que a gente está vivendo hoje e com as nossas incertezas e inseguranças. E eu acho que isso é muito potente”, declara a atriz.
Trabalho técnico
Apesar de vivermos na era da imagem, ‘Paciente 63’ estreia em um momento de solidificação dos podcasts no país. Para Seu Jorge, produzir a série foi ainda mais difícil do que gravar canções. “Na música, a voz é importante, mas você tem outras tantas ferramentas. Você tem os músicos, você tem o arranjo. Nesse negócio, eu tinha a Mel, o texto e o microfone. Mas devido às circunstâncias, cada um ocupou uma sala e a gente trabalhava por vídeo conferência. E eu acredito que, à medida que a gente escreva mais projetos assim, isso vai ficar cada vez mais rico, mais interessante. Estou muito feliz de ter participado e aprendi muito. Nunca tinha feito nada parecido, mas sei da memória que existe no público brasileiro em relação às radionovelas. Fico muito feliz de escutar as pessoas dizerem que tiveram a curiosidade aguçada de saber como é o final da história”, revela o ator.
Mel, por sua vez, destaca a possibilidade da série em oferecer nuances únicas a partir de cada ouvinte. “Esse conteúdo de áudio na ficção, ele se assemelha à literatura, porque ele incentiva a capacidade imaginativa do ouvinte, assim como a literatura incentiva a capacidade imaginativa do leitor. Eu leio um livro e você lê o livro, a história é a mesma, mas o que a minha mente cria é único. E a sua mente vai criar uma história, personagens, cores e cheiros totalmente diferente do que eu criei. O conteúdo de áudio de ficção tem esse mesmo poder. Cada um vai criar o seu. A gente não tem muita ideia do quanto é importante que a gente exercite essa imaginação, esse lúdico. Por mais que você ache que está só recebendo, ouvindo seu podcast deitado no sofá, você está sendo ativo o tempo inteiro. Você é parte fundamental da história, porque sem você, não vai ter história. E isso é muito poderoso”, completa a atriz.
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