Guga NandesDarienzo
Publicado 05/09/2022 07:00 | Atualizado 08/09/2022 09:42
Rio - Revelação do pagode, Guda Nandes lançou recentemente seu segundo trabalho, “No Nosso Tempo”, em todas as plataformas digitais. Dono dos hitis “Presentinho” e “Reticências”, o cantor estreou a primeira parte do projeto com nove faixas e a participação de Dilsinho. Prometendo ainda entregar outros feats para este segundo semestre, ele conta como a experiência da gravação desse álbum já contribuiu em seu crescimento artístico.
"A experiência é muito positiva. É sempre um aprendizado muito grande estar perto de artistas renomados, que já têm um respeito dentro do segmento. E neste meu novo projeto, eu pude ter o Péricles, Sorriso Maroto, Dilsinho e Vitinho, que eram caras que eu sonhava há muito tempo em gravar um feat, desde quando eu comecei a cantar pagode. Foi um momento muito marcante para mim, para minha carreira e para minha história. E a gente tem uma expectativa muito grande de que esse DVD realmente invada o Brasil”, conta.

E como o sucesso nacional aconteceu ainda no tempo de pandemia e isolamento social, Guga revela como tem sido as suas várias “primeiras vezes”, sobretudo no que diz respeito ao contato com o público.

“Eu até hoje fico assim meio sem acreditar em tudo isso que está acontecendo, porque tem acontecido muito rápido. Desde o lançamento do meu primeiro projeto, meu primeiro DVD, que tomou uma proporção muito grande mesmo na pandemia... E hoje ainda é meio assustador, eu fico ainda meio sem jeito, fico um pouco tímido ainda, porque é legal, né? É uma sensação diferente ter uma pessoa que admira seu trabalho, que é fã do seu trabalho, que vai e que chora”, exemplifica Guga, que recentemente recebeu uma homenagem inusitada de uma admiradora de seu trabalho.
"Eu recebi uma foto de uma fã que tatuou o meu nome. São coisas assim que eu ainda fico meio assustado, mas é da carreira. A gente trabalha bastante, a gente planta para colher, e esses frutos são muito legais”, reflete o cantor.

Gravado no Rio de Janeiro, o DVD conta com músicas que estiveram presentes no seu primeiro álbum, “Pra Não Desgrudar”, com a intenção de apresentar o que já foi construído na sua carreira como artista, além de contar um pouco da sua trajetória.

“A gente quis trazer ‘No Seu Tempo’ para falar um pouco sobre a minha história. Quando as minhas primeiras músicas foram lançadas, que eu lancei na pandemia, eu não consegui ter aquele contato, mesmo a música sendo conhecida. Então foi para refletir mesmo. Para deixar uma mensagem no coração das pessoas que a gente quer tudo no nosso tempo, e às vezes as coisas não são no nosso tempo, são no tempo que tem que ser”, ressalta Guga.

Mas até conquistar seu espaço no pagode, o cantor traçou um longo caminho de aprendizado e amadurecimento musical. “Desde muito novo eu sonho em viver da música. Comecei cantando na igreja, e logo após surgiu a oportunidade de participar do coral de crianças da Orquestra Sinfônica Brasileira, que me deu uma bagagem muito grande, aprendi diversos estilos musicais. E logo depois eu comecei a gravar vídeos para o YouTube, e a galera começou a pedir bastante pagode, Ferrugem, Dilsinho... Falavam que minha voz era parecida. E ali que as coisas começaram a acontecer. Eu comecei a conhecer os artistas, o pessoal do seguimento, e isso foi me gerando oportunidades e me abrindo portas que me trouxeram para a Universal Music”, relembra.

Tido como um dos grandes achados do gênero, Guga está cercado profissionalmente por grandes nomes como Suel e Dilsinho, com quem trabalhou em parceria nos sucessos “Reticências” e “Lábia”, respectivamente. Além disso, o lançamento da primeira parte de seu álbum aconteceu no bar de Mumuzinho, na Gávea, na Zona Sul da cidade. O sambista é só elogios para Guga.

“Eu valorizo os novos, valorizo muito quem está chegando porque tudo na vida se renova. E a gente tem que estar com a mente aberta para isso, para receber o novo. Eu sou um cara que batalho muito para o novo ter oportunidade. Esse bar aqui é justamente para as pessoas entenderem que depende da gente. É difícil, mas a gente tem que lutar e perseverar”, diz Mumuzinho.

Ainda com uma longa carreira para construir, Guga finaliza revelando o que espera para os próximos anos. “As expectativas que eu tenho é que esse som que eu faço com maior carinho, dentro do meu quarto, possa invadir ainda mais o Brasil. Poder viajar bastante, poder cantar em outros lugares, conhecer outras culturas. Essa é minha expectativa, poder levar meu som o mais longe que eu puder e continuar vivendo esse sonho”, conclui.
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