Publicado 10/12/2022 12:55
Rio - O Museu de Arte do Rio (MAR) inaugurou, neste sábado (10), uma exposição gratuita que leva o nome da dona de uma das maiores vozes brasileiras, a cantora Clara Nunes. A mostra apresenta ao público uma leitura contemporânea da intérprete que marcou a música brasileira, abordando a relação da artista com o Rio.
Com cerca de 50 obras, a exposição conta com fotos inéditas da cantora registradas pelo fotógrafo Wilton Montenegro no Morro da Saúde, na Gamboa, além de duas peças inéditas de artistas contemporâneos.
Com atenção especial à estética afro-brasileira, a mostra, que acontece no ano em que se celebram os 80 anos de nascimento da artista, também explora a conexão de Clara com o Jongo da Serrinha, a Portela, além de sua viagem à Angola, apresentando uma visão ampla da trajetória da artista.
Com cerca de 50 obras, a exposição conta com fotos inéditas da cantora registradas pelo fotógrafo Wilton Montenegro no Morro da Saúde, na Gamboa, além de duas peças inéditas de artistas contemporâneos.
Com atenção especial à estética afro-brasileira, a mostra, que acontece no ano em que se celebram os 80 anos de nascimento da artista, também explora a conexão de Clara com o Jongo da Serrinha, a Portela, além de sua viagem à Angola, apresentando uma visão ampla da trajetória da artista.
A curadoria está a cargo de Marcelo Campos, curador-chefe do MAR, Amanda Bonan, gerente de curadoria do MAR, e de Marlon de Souza, do Instituto Clara Nunes, que ressaltou a importância da influência da Portela e do Jongo da Serrinha na carreira de Clara Nunes.
"Clara Nunes foi uma pessoa profundamente religiosa, de muita fé. Desde o início da década de 1970, possui vínculo com as religiões de matriz africana, frequentando o terreiro de Vovó Maria Joana na Serrinha, o de mãe Celina na Bahia e o da esposa de Barbosa do conjunto Nosso Samba, no Morro da Saúde. Nesse sentido, a relação de Clara com a Serrinha e também com a Portela é uma relação que ultrapassa a sua vida profissional. Trata-se de uma relação de amizade, de convívio próximo, mas também é uma relação artística, que influenciou a obra de Clara Nunes, principalmente na gravação de sambas dos compositores da Portela", comentou Marlon.
Além das fotografias, a exposição conta com duas obras inéditas de dois artistas contemporâneos, Pandro Nobã e Panmela Castro. A peça de Nobã é uma instalação artística criada a partir de objetos e figuras relacionados à ancestralidade negra e à figura do preto velho, dialogando também com o imaginário do Jongo da Serrinha e das religiões de matriz africana. Já a obra de Panmela é um espelho onde o visitante poderá se ver no rosto de Clara Nunes.
Trajetória
Clara nasceu em 1942 em Paraopeba (MG). Após atuar como tecelã em Minas Gerais, mudou-se para Belo Horizonte e passou a cantar nas rádios locais. Em seguida, a cantora foi para o Rio de Janeiro, onde conheceu a Portela. Na mesma época, Clara Nunes passou a ter contato com a cultura africana e se converteu à umbanda.
A mudança para o Rio de Janeiro foi acompanhada de um enorme sucesso musical, com milhares de discos vendidos e a conquista da admiração do público. Com um legado que atravessa gerações, a cantora mineira morreu jovem com apenas 40 anos em abril de 1983, após complicações decorrentes de uma cirurgia. Eternizou clássicos como "Conto de Areia", "O Mar Serenou", "Ê Baiana", "Portela na Avenida", "Coisa da Antiga", "Meu Sapato Já Furou" e muitos outros.
"Clara Nunes foi uma pessoa profundamente religiosa, de muita fé. Desde o início da década de 1970, possui vínculo com as religiões de matriz africana, frequentando o terreiro de Vovó Maria Joana na Serrinha, o de mãe Celina na Bahia e o da esposa de Barbosa do conjunto Nosso Samba, no Morro da Saúde. Nesse sentido, a relação de Clara com a Serrinha e também com a Portela é uma relação que ultrapassa a sua vida profissional. Trata-se de uma relação de amizade, de convívio próximo, mas também é uma relação artística, que influenciou a obra de Clara Nunes, principalmente na gravação de sambas dos compositores da Portela", comentou Marlon.
Além das fotografias, a exposição conta com duas obras inéditas de dois artistas contemporâneos, Pandro Nobã e Panmela Castro. A peça de Nobã é uma instalação artística criada a partir de objetos e figuras relacionados à ancestralidade negra e à figura do preto velho, dialogando também com o imaginário do Jongo da Serrinha e das religiões de matriz africana. Já a obra de Panmela é um espelho onde o visitante poderá se ver no rosto de Clara Nunes.
Trajetória
Clara nasceu em 1942 em Paraopeba (MG). Após atuar como tecelã em Minas Gerais, mudou-se para Belo Horizonte e passou a cantar nas rádios locais. Em seguida, a cantora foi para o Rio de Janeiro, onde conheceu a Portela. Na mesma época, Clara Nunes passou a ter contato com a cultura africana e se converteu à umbanda.
A mudança para o Rio de Janeiro foi acompanhada de um enorme sucesso musical, com milhares de discos vendidos e a conquista da admiração do público. Com um legado que atravessa gerações, a cantora mineira morreu jovem com apenas 40 anos em abril de 1983, após complicações decorrentes de uma cirurgia. Eternizou clássicos como "Conto de Areia", "O Mar Serenou", "Ê Baiana", "Portela na Avenida", "Coisa da Antiga", "Meu Sapato Já Furou" e muitos outros.
A exibição acontece no 5º andar do foyer da Escola do Olhar do Museu, de quinta-feira a domingo, das 11h às 17h. O MAR fica na Praça Mauá, número 5, no Centro do Rio.
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