Publicado 19/06/2023 06:00 | Atualizado 19/06/2023 09:26
Rio - Expoente da nova geração do samba no Rio, Marina Iris gosta de pensar seus álbuns como se montasse um filme. Frequentemente identificada por seus posicionamentos políticos, em seu recém-lançado quarto disco, ela quis falar de amor. "Virada" foi feito durante a pandemia de covid-19, sob a sensação de que aquele período representava uma prova de fogo para os relacionamentos.
Para contar essa história, que também tem forte carga política, como ressalta a própria Marina, a artista, de 39 anos, reuniu composições próprias e de novos talentos da música, além de canções de mestres como Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Aldir Blanc e Moacyr Luz. O trabalho conta, ainda, com as participações de Péricles, Lenine, Diogo Nogueira, Marcelle Motta, Renato da Rocinha, Amanda Amado e Deborah Vasconcellos.
O disco leva o nome de uma composição sua com Manu da Cuíca, letrista do samba que deu o título à Mangueira em 2019: "História para Ninar Gente Grande". As duas se conheceram na faculdade de Letras, na UERJ, não pela música, mas pela afeição ao esporte. Aos poucos, Manu, que já trabalhava como instrumentista, incentivou a colega a se dedicar à carreira no samba. Até então Marina cantava apenas informalmente no diretório acadêmico da universidade.
Para contar essa história, que também tem forte carga política, como ressalta a própria Marina, a artista, de 39 anos, reuniu composições próprias e de novos talentos da música, além de canções de mestres como Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Aldir Blanc e Moacyr Luz. O trabalho conta, ainda, com as participações de Péricles, Lenine, Diogo Nogueira, Marcelle Motta, Renato da Rocinha, Amanda Amado e Deborah Vasconcellos.
O disco leva o nome de uma composição sua com Manu da Cuíca, letrista do samba que deu o título à Mangueira em 2019: "História para Ninar Gente Grande". As duas se conheceram na faculdade de Letras, na UERJ, não pela música, mas pela afeição ao esporte. Aos poucos, Manu, que já trabalhava como instrumentista, incentivou a colega a se dedicar à carreira no samba. Até então Marina cantava apenas informalmente no diretório acadêmico da universidade.
"Quase nunca [cantava] samba, porque eu não sabia tocar no violão. Ela (Manu) começou a me incentivar. Ainda assim eu fui levando como brincadeira. Tirei o tom de 40 sambas e fui entendendo", conta a cantora.
A chave de que a música ocuparia um lugar mais profissional em sua vida virou em 2012, quando a artista passou a se apresentar na Lapa. E, até compor "Virada", Marina diz que ainda não se considerava uma compositora. Ela já havia gravado no primeiro álbum ("Marina Iris", 2014) "Papagaio", sua primeira composição, e "Estreia", parceria com Manu da Cuíca, mas brincava que "não era compositora, só não desperdiçava inspiração."
No novo disco, Marina assina quatro canções: "Virada", com Manu; "Pra Me Jogar" e "Para Pra Pensar", com Raul DiCaprio; e "Pra Tudo Mudar", com Moacyr Luz, faixa com participação de Diogo Nogueira.
A chave de que a música ocuparia um lugar mais profissional em sua vida virou em 2012, quando a artista passou a se apresentar na Lapa. E, até compor "Virada", Marina diz que ainda não se considerava uma compositora. Ela já havia gravado no primeiro álbum ("Marina Iris", 2014) "Papagaio", sua primeira composição, e "Estreia", parceria com Manu da Cuíca, mas brincava que "não era compositora, só não desperdiçava inspiração."
No novo disco, Marina assina quatro canções: "Virada", com Manu; "Pra Me Jogar" e "Para Pra Pensar", com Raul DiCaprio; e "Pra Tudo Mudar", com Moacyr Luz, faixa com participação de Diogo Nogueira.
"Eu tinha amigos que toda terça-feira se encontravam para compor. E eu achava aquilo interessantíssimo, mas não conseguia conceber. Se eu chego e não tô pra compor, eu ficaria me sentindo frustrada. Achava que, por isso, eu não era uma compositora", detalha.
A partir de "Virada", a artista mudou essa concepção e entendeu que cada maneira de compor pode ser singular. Os parceiros mais frequentes, conta, têm sido Raul DiCaprio, além da "onipresente" Manu. "DiCaprio foi fundamental. Se eu mandar uma coisa, ele muito rapidamente me devolve. Ele tem esse descompromisso com ter que devolver a música já na melhor forma. Lidar com a composição inacabada foi um processo importante para eu conseguir me entender como compositora e me cobrar menos", compartilha Marina.
Amor político
Em seu quarto álbum, a cantora concretiza o desejo de falar sobre relacionamentos. Antes, em "Rueira" (2018) e "Voz Bandeira" (2019), os temas tratavam de pautas ligadas à transformação social. Mas, falar de amor, ressalta Marina, não deixa de ser político. "Acho que também é revolucionário, para uma mulher preta sapatão, falar de amor", pontua. Apresentada frequentemente como engajada, Marina considera a associação inevitável e verdadeira. Mas, pondera que se sente uma artista livre.
"Eu milito desde os 13 anos. Comecei no movimento secundarista e no grêmio. Quando a música entrou na minha vida, foi natural [que a política também estivesse presente]. Em algum sentido é ruim porque algumas pessoas vão tender a me estigmatizar, mas ao mesmo tempo é bom porque a música ajuda a vocalizar o que eu considero importante ser dito. Não me sinto presa a nada. Então, agora eu quero falar de amor", avalia.
A partir de "Virada", a artista mudou essa concepção e entendeu que cada maneira de compor pode ser singular. Os parceiros mais frequentes, conta, têm sido Raul DiCaprio, além da "onipresente" Manu. "DiCaprio foi fundamental. Se eu mandar uma coisa, ele muito rapidamente me devolve. Ele tem esse descompromisso com ter que devolver a música já na melhor forma. Lidar com a composição inacabada foi um processo importante para eu conseguir me entender como compositora e me cobrar menos", compartilha Marina.
Amor político
Em seu quarto álbum, a cantora concretiza o desejo de falar sobre relacionamentos. Antes, em "Rueira" (2018) e "Voz Bandeira" (2019), os temas tratavam de pautas ligadas à transformação social. Mas, falar de amor, ressalta Marina, não deixa de ser político. "Acho que também é revolucionário, para uma mulher preta sapatão, falar de amor", pontua. Apresentada frequentemente como engajada, Marina considera a associação inevitável e verdadeira. Mas, pondera que se sente uma artista livre.
"Eu milito desde os 13 anos. Comecei no movimento secundarista e no grêmio. Quando a música entrou na minha vida, foi natural [que a política também estivesse presente]. Em algum sentido é ruim porque algumas pessoas vão tender a me estigmatizar, mas ao mesmo tempo é bom porque a música ajuda a vocalizar o que eu considero importante ser dito. Não me sinto presa a nada. Então, agora eu quero falar de amor", avalia.
Péricles e Lenine
Para falar de relacionamentos, ela buscou diferentes vozes e enfoques. "Fui tentando construir essa narrativa e tentando buscar formas diferentes de falar de amor, de relacionamento", conta.
A canção 'Virada', por exemplo, fala de amor após o término ao propor "um outro jeito de partir". Para a gravação do single, Marina convidou Péricles. Ela e o produtor e compositor Eduardo Familião, com quem divide a direção artística do álbum, buscaram uma voz masculina e com um público tão diversificado, como Periclão, forma carinhosa com a qual os fãs se referem ao ex-vocalista do Exaltasamba.
"A princípio eu pensava na Alcione, mas depois eu pensei: 'Poxa, acho que vai ser mais impactante se for gravada por um homem. Não que todas as mulheres saibam se separar tranquilamente. Mas homens vão a um lugar muito mais preocupante. E eu acho que tinha que ser um cara que também atravessa muitas gerações, territórios e classes sociais", explica Marina.
A gravação entrou para o rol dos momentos mais marcantes da carreira, ao lado do aniversário de 60 anos de Moacyr Luz. "O Péricles não só chegou com a música na ponta da língua, mas com muita história para contar da relação que ele criou com 'Virada'. A gente trocou muito. Vamos soltar esse material em breve", adianta a artista.
Um bastidor sobre essa canção de Marina e Manu da Cuíca é que o trocadilho que dá graça à canção não foi intencional, mas uma coincidência no processo, que durou três anos, da composição.
"Eu enviei esse refrão pra Manu: 'Escrevo um samba, virada a noite', com o resto da melodia. Como eu mandei em áudio, a Manu entendeu que era 'virá da noite'. Quando ela retornou com 'virá da gente’', falei: 'Que interessante você ter desmembrado a palavra'. Acabou que todo mundo elogia, e não foi ninguém que fez, foi todo mundo", brinca.
Outra voz muito conhecida que participa do álbum é a de Lenine, em "Pra me abençoar" (Eduardo Familião e Wilson Bebel)'. Como a música flerta com o samba, porém transcende o gênero, segundo a artista, a escolha foi pelo cantor que guarda uma identificação, mas não é sambista.
Obrigados a gravar isoladamente por conta das medidas restritivas da covid, Marina conta da emoção ao receber a gravação do cantor. Lenine passou o dia no estúdio do filho, Bruno Giorgi, trabalhando na canção. "Ele gravou sem a minha presença. Eu fiz indicações muito burocráticas de divisão do canto. E aí que me veio a surpresa com esse arranjo, a divisão das vozes, a abertura de voz, o contracanto. Tudo foi o Lenine que criou. O resultado ficou muito superior ao que imaginei."
'Pra Você Dar o Nome'
A canção "Pra Você Dar o Nome (Tó Brandileone)" foi a escolhida para falar de amor de uma maneira mais exagerada. Inicialmente, Marina apresentou a canção da banda paulista 5 a Seco apenas como uma referência do que queria tratar. Mas a música vingou com uma versão em pagode e caiu no gosto do público nas rodas de samba.
"Eu queria uma música com esse amor rasgado, até meio inconsequente de falar: 'O que falta em você sou eu'. É meio exagerado e tá na cara. Mostrei pro Familião, ele pegou a cifra e tocou como samba. A gente começou a cantar e ele falou: 'Marina, isso aqui é pagode'".
Do cover, o disco engata na bem-humorada "Vale a Pena Ouvir de Novo (Sombra e Aldir Blanc)". "Essa forma meio sacana, com um certo humor, não tinha em nenhuma faixa. Aí juntou a fome com vontade de comer. Eu já tinha vontade de gravar essa música desde a primeira vez que eu a ouvi, que foi no DVD do Sombra", explica.
A relação de pesquisa de Marina com a obra de Aldir Blanc (1946-2020) se construiu a partir da organização, desde 2013, de um evento em homenagem ao compositor em setembro, mês de seu aniversário. A roda é produzida junto aos amigos Manu da Cuíca, Thiago Prata e Maurício Massunaga.
"Eu sempre tive essa relação de organizar o repertório do evento. Na primeira roda, a gente fez com 60 músicas e 20 cantoras e cantores. Então, era uma pesquisa mais no sentido de entender o que cada um cantaria", acrescenta.
A gravação entrou para o rol dos momentos mais marcantes da carreira, ao lado do aniversário de 60 anos de Moacyr Luz. "O Péricles não só chegou com a música na ponta da língua, mas com muita história para contar da relação que ele criou com 'Virada'. A gente trocou muito. Vamos soltar esse material em breve", adianta a artista.
Um bastidor sobre essa canção de Marina e Manu da Cuíca é que o trocadilho que dá graça à canção não foi intencional, mas uma coincidência no processo, que durou três anos, da composição.
"Eu enviei esse refrão pra Manu: 'Escrevo um samba, virada a noite', com o resto da melodia. Como eu mandei em áudio, a Manu entendeu que era 'virá da noite'. Quando ela retornou com 'virá da gente’', falei: 'Que interessante você ter desmembrado a palavra'. Acabou que todo mundo elogia, e não foi ninguém que fez, foi todo mundo", brinca.
Outra voz muito conhecida que participa do álbum é a de Lenine, em "Pra me abençoar" (Eduardo Familião e Wilson Bebel)'. Como a música flerta com o samba, porém transcende o gênero, segundo a artista, a escolha foi pelo cantor que guarda uma identificação, mas não é sambista.
Obrigados a gravar isoladamente por conta das medidas restritivas da covid, Marina conta da emoção ao receber a gravação do cantor. Lenine passou o dia no estúdio do filho, Bruno Giorgi, trabalhando na canção. "Ele gravou sem a minha presença. Eu fiz indicações muito burocráticas de divisão do canto. E aí que me veio a surpresa com esse arranjo, a divisão das vozes, a abertura de voz, o contracanto. Tudo foi o Lenine que criou. O resultado ficou muito superior ao que imaginei."
'Pra Você Dar o Nome'
A canção "Pra Você Dar o Nome (Tó Brandileone)" foi a escolhida para falar de amor de uma maneira mais exagerada. Inicialmente, Marina apresentou a canção da banda paulista 5 a Seco apenas como uma referência do que queria tratar. Mas a música vingou com uma versão em pagode e caiu no gosto do público nas rodas de samba.
"Eu queria uma música com esse amor rasgado, até meio inconsequente de falar: 'O que falta em você sou eu'. É meio exagerado e tá na cara. Mostrei pro Familião, ele pegou a cifra e tocou como samba. A gente começou a cantar e ele falou: 'Marina, isso aqui é pagode'".
Do cover, o disco engata na bem-humorada "Vale a Pena Ouvir de Novo (Sombra e Aldir Blanc)". "Essa forma meio sacana, com um certo humor, não tinha em nenhuma faixa. Aí juntou a fome com vontade de comer. Eu já tinha vontade de gravar essa música desde a primeira vez que eu a ouvi, que foi no DVD do Sombra", explica.
A relação de pesquisa de Marina com a obra de Aldir Blanc (1946-2020) se construiu a partir da organização, desde 2013, de um evento em homenagem ao compositor em setembro, mês de seu aniversário. A roda é produzida junto aos amigos Manu da Cuíca, Thiago Prata e Maurício Massunaga.
"Eu sempre tive essa relação de organizar o repertório do evento. Na primeira roda, a gente fez com 60 músicas e 20 cantoras e cantores. Então, era uma pesquisa mais no sentido de entender o que cada um cantaria", acrescenta.
'Meio sacana, meio canalha'
Para "baixar a onda" do disco, como diz Marina, vem 'Mil Desculpas (Rafael de Moraes e Bil-Rait Buchecha)'. Os compositores são aqueles amigos, que, Marina mencionou, se reuniam toda terça-feira para compor. Em reuniões na casa da cantora, os dois tocavam todo o repertório autoral e Marina já havia cantado essa canção em um show.
"Eu gosto da surpresa que ela traz: 'Quem foi que fez isso, quem foi que fez aquilo? Eu confesso, fui eu’. Ela é meio sacana, meio canalha. Mas também pode ser encarada como muito sincera: 'Olha, eu sou esse perfil de gente. Assumo, sou isso", avalia.
A música também foi escolhida por ter um andamento mais lento. O momento é de acalmar e preparar para o momento final do disco, que avança com "Pra Tudo Mudar (Marina Iris e Moacyr Luz)" e se encerra com um pout-pourri de Jorge Aragão ("Não dá para falar de amor sem falar do Aragão").
A música também foi escolhida por ter um andamento mais lento. O momento é de acalmar e preparar para o momento final do disco, que avança com "Pra Tudo Mudar (Marina Iris e Moacyr Luz)" e se encerra com um pout-pourri de Jorge Aragão ("Não dá para falar de amor sem falar do Aragão").
Lançamento em vinil
Se o "Virada" foi um álbum inspirado em efeitos da pandemia, o trabalho anterior, "Voz Bandeira" (2019), que entrelaça música e literatura, foi interrompido no período. O show de lançamento estava marcado para 20 de março de 2020, e não pode ser realizado. A artista revela que vai lançar em agosto a versão em vinil do trabalho e mantê-lo como um "disco-manifesto".
"Esse é um disco que fala muito sobre causas mais urgentes para a população preta e para as mulheres. Quando ele volta para minha vida, eu entendo que ele não tem um tempo para acabar. Vai me acompanhar até a hora que estiver na hora de fazer outro parecido. Ele vai me dizer."
Agenda
Para lançar o 'Virada', Marina vai apresentar o show em formato de roda de samba no projeto "Virá da Roda". O show completo poderá ser visto em duas datas, no dia 23 de junho, na "Noite do Bem Bolado", no Circo Voador, que também contará com apresentações do Jazz das Minas e do Sexteto Sucupira. E no dia seguinte, 24 de junho, na casa de samba Batuq, na Penha, Zona Norte do Rio.
"Queremos tornar esse disco tão sensorial, quanto foi o 'Rueira'. Ter gosto, ter cheiro, ter sabor. Então a gente pretende, no lançamento na Batuq, no dia 24, ter tatuagem, por exemplo, mas não vou revelar tudo", contém-se.
Integrante da roda de samba "Balaio Bom", que acontece toda segunda sexta-feira do mês na Praça Tiradentes, no Centro, Marina classifica o Rio como uma "cidade rueira", mas pondera que não é fácil ocupar as ruas e praças com eventos culturais.
"Algumas instâncias do poder entendem a liberação do espaço público como um favor, quando na verdade, é um direito e é benéfico para a cidade. Quem ocupa espaço público leva a segurança para aquele lugar. Acho que é um privilégio nosso, não só ter uma cidade linda, mas ter na formação do carioca a relação com a rua muito consolidada", afirma.
Se o "Virada" foi um álbum inspirado em efeitos da pandemia, o trabalho anterior, "Voz Bandeira" (2019), que entrelaça música e literatura, foi interrompido no período. O show de lançamento estava marcado para 20 de março de 2020, e não pode ser realizado. A artista revela que vai lançar em agosto a versão em vinil do trabalho e mantê-lo como um "disco-manifesto".
"Esse é um disco que fala muito sobre causas mais urgentes para a população preta e para as mulheres. Quando ele volta para minha vida, eu entendo que ele não tem um tempo para acabar. Vai me acompanhar até a hora que estiver na hora de fazer outro parecido. Ele vai me dizer."
Agenda
Para lançar o 'Virada', Marina vai apresentar o show em formato de roda de samba no projeto "Virá da Roda". O show completo poderá ser visto em duas datas, no dia 23 de junho, na "Noite do Bem Bolado", no Circo Voador, que também contará com apresentações do Jazz das Minas e do Sexteto Sucupira. E no dia seguinte, 24 de junho, na casa de samba Batuq, na Penha, Zona Norte do Rio.
"Queremos tornar esse disco tão sensorial, quanto foi o 'Rueira'. Ter gosto, ter cheiro, ter sabor. Então a gente pretende, no lançamento na Batuq, no dia 24, ter tatuagem, por exemplo, mas não vou revelar tudo", contém-se.
Integrante da roda de samba "Balaio Bom", que acontece toda segunda sexta-feira do mês na Praça Tiradentes, no Centro, Marina classifica o Rio como uma "cidade rueira", mas pondera que não é fácil ocupar as ruas e praças com eventos culturais.
"Algumas instâncias do poder entendem a liberação do espaço público como um favor, quando na verdade, é um direito e é benéfico para a cidade. Quem ocupa espaço público leva a segurança para aquele lugar. Acho que é um privilégio nosso, não só ter uma cidade linda, mas ter na formação do carioca a relação com a rua muito consolidada", afirma.
Leia mais