Publicado 06/04/2022 10:00 | Atualizado 28/04/2022 17:01
Rio - As rosas podem até não falar, mas a Estação Primeira de Mangueira promete trazer a poesia herdada dos baluartes Cartola, Jamelão e Delegado. Sob o comando do carnavalesco Leandro Vieira pelo quinto desfile seguido, a Verde e Rosa traz o enredo autoral "Angenor, José & Laurindo".
Ao DIA, o carnavalesco adiantou uma surpresa que preparou para aqueles que vão acompanhar a apresentação da segunda maior vencedora do Carnaval carioca, com 20 títulos. "Fiquem de olho na segunda alegoria do desfile da Mangueira, porque é uma coisa ligada ao olfato. Ela vai apresentar o maior sucesso de um dos homenageados, que é o Cartola. Essa alegoria vai perfumar a Avenida", recomendou Leandro.
Escolhido como um dos homenageados, o cantor e compositor Cartola teve papel determinante na história da Verde e Rosa. Em abril de 1928, ao lado de Zé Espinguela, Saturnino Gonçalves, Euclides Roberto dos Santos, Marcelino José Claudino, Pedro Caim, Abelardo da Bolinha e Carlos Cachaça, o compositor de "As Rosas Não Falam" fundou a Estação Primeira de Mangueira.
Anos depois, José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão, se apaixonou pela escola de samba ao ser levado por um amigo músico em um dos ensaios. Em pouco tempo, Jamelão conquistou o cargo de um dos principais intérpretes da Verde e Rosa.
Já Hélio Laurindo da Silva, mais conhecido como Delegado, nasceu e foi criado no Morro da Mangueira. Na escola de samba, Delegado foi consagrado o maior mestre-sala do Carnaval. Durante o período em que assumiu um dos principais postos da Verde e Rosa, ele conseguiu a nota máxima em todos os desfiles como mestre-sala.
"Para mim, é bonito porque eu acho que, de alguma forma, é um presente para mim e para comunidade que represento no Carnaval. Poder apresentar parte da história dos três, da biografia artística e da biografia de vida dessas três personalidades, pra mim, é muito bonito", exaltou Leandro Vieira.
Ao DIA, o carnavalesco adiantou uma surpresa que preparou para aqueles que vão acompanhar a apresentação da segunda maior vencedora do Carnaval carioca, com 20 títulos. "Fiquem de olho na segunda alegoria do desfile da Mangueira, porque é uma coisa ligada ao olfato. Ela vai apresentar o maior sucesso de um dos homenageados, que é o Cartola. Essa alegoria vai perfumar a Avenida", recomendou Leandro.
Escolhido como um dos homenageados, o cantor e compositor Cartola teve papel determinante na história da Verde e Rosa. Em abril de 1928, ao lado de Zé Espinguela, Saturnino Gonçalves, Euclides Roberto dos Santos, Marcelino José Claudino, Pedro Caim, Abelardo da Bolinha e Carlos Cachaça, o compositor de "As Rosas Não Falam" fundou a Estação Primeira de Mangueira.
Anos depois, José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão, se apaixonou pela escola de samba ao ser levado por um amigo músico em um dos ensaios. Em pouco tempo, Jamelão conquistou o cargo de um dos principais intérpretes da Verde e Rosa.
Já Hélio Laurindo da Silva, mais conhecido como Delegado, nasceu e foi criado no Morro da Mangueira. Na escola de samba, Delegado foi consagrado o maior mestre-sala do Carnaval. Durante o período em que assumiu um dos principais postos da Verde e Rosa, ele conseguiu a nota máxima em todos os desfiles como mestre-sala.
"Para mim, é bonito porque eu acho que, de alguma forma, é um presente para mim e para comunidade que represento no Carnaval. Poder apresentar parte da história dos três, da biografia artística e da biografia de vida dessas três personalidades, pra mim, é muito bonito", exaltou Leandro Vieira.
Idealizado durante a pandemia do novo coronavírus, Leandro Vieira confessou que foi difícil lidar com as dúvidas sobre o desfile. "O maior desafio foi a incerteza gerada ao longo desses meses de 'vai ter', 'não vai ter' desfile. 'Vai ser em fevereiro', 'não vai ser', 'vai ser adiado', 'não vai ser adiado'... Então, posso dizer que o maior desafio foi o convívio da incerteza diária de quando a Mangueira iria desfilar", disse.
No comando da agremiação desde 2016, Vieira estará à frente de duas escolas de samba, uma da Série Ouro e uma do Grupo Especial. No Império Serrano, Leandro assina uma homenagem ao capoeirista Besouro. "Não posso dizer que achei que foi difícil... Foi normal. Esse é o segundo ano em que comando duas escolas de samba. No desfile passado, fiz a Mangueira e a Imperatriz Leopoldinense. Não é novidade para mim", constatou o carnavalesco.
O enredo "Angenor, José & Laurindo" é composto por Moacyr Luz, Bruno Souza, Leandro Almeida e Pedro. Vencedora de 20 títulos, a Estação Primeira de Mangueira é a segunda agremiação a desfilar na Marquês de Sapucaí na sexta-feira, 22 de abril.
O enredo "Angenor, José & Laurindo" é composto por Moacyr Luz, Bruno Souza, Leandro Almeida e Pedro. Vencedora de 20 títulos, a Estação Primeira de Mangueira é a segunda agremiação a desfilar na Marquês de Sapucaí na sexta-feira, 22 de abril.
Na última disputa, a Verde e Rosa conquistou o sexto lugar do Grupo Especial com o enredo "A verdade vos fará livre". Em 2020, sob a liderança de Leandro Vieira, a Mangueira se propôs a trazer uma releitura da biografia de Jesus Cristo. O samba-enredo é de autoria de Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo.
Confira o enredo:
Confira a letra:
Mangueira… teu cenário é poesia
Liberdade e autonomia
Que o negro conquistou (ôôô)
Mangueira… a alvorada anuncia
O legado a dinastia
A sabedoria se chama Angenor
Nesse solo sagrado o samba ecoou
Tem cantor, mestre-sala e compositor
Lustrando sapato, vendendo jornal
Chapéu de pedreiro no mesmo quintal
Três iluminados reis do Carnaval
As rosas não falam, mas são de Mangueira
Eu vi seu Laurindo beijando a bandeira
José Clementino na flor da idade
O sol colorindo a minha saudade
É Verde e Rosa a inspiração
A devoção por toda nossa raiz
Quem traz a cor dessa nação
Sabe que o morro é um país
A voz do meu terreiro imortaliza o samba
E quem guardou com amor o nosso pavilhão
Tem aos seus pés a nossa gratidão
Só sei que Mangueira
É um céu estrelado
Não é brincadeira
Sou apaixonado
A Estação Primeira
Relembra o passado
Valei-me Cartola, Jamelão e Delegado
Liberdade e autonomia
Que o negro conquistou (ôôô)
Mangueira… a alvorada anuncia
O legado a dinastia
A sabedoria se chama Angenor
Nesse solo sagrado o samba ecoou
Tem cantor, mestre-sala e compositor
Lustrando sapato, vendendo jornal
Chapéu de pedreiro no mesmo quintal
Três iluminados reis do Carnaval
As rosas não falam, mas são de Mangueira
Eu vi seu Laurindo beijando a bandeira
José Clementino na flor da idade
O sol colorindo a minha saudade
É Verde e Rosa a inspiração
A devoção por toda nossa raiz
Quem traz a cor dessa nação
Sabe que o morro é um país
A voz do meu terreiro imortaliza o samba
E quem guardou com amor o nosso pavilhão
Tem aos seus pés a nossa gratidão
Só sei que Mangueira
É um céu estrelado
Não é brincadeira
Sou apaixonado
A Estação Primeira
Relembra o passado
Valei-me Cartola, Jamelão e Delegado
Ficha técnica:
Nome: Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira
Posição do desfile: segunda escola a se apresentar
Dia e hora: sexta-feira, 22 de abril, 23h
Cores: Verde e Rosa
Presidente: Elias João Riche Filho
Presidente de Honra: Hélio Turco
Carnavalesco: Leandro Vieira
Rainha de Bateria: Evelyn Bastos
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Matheus Olivério e Squel Jorgea
Intérprete: Marquinho Art'Samba
Composição: Moacyr Luz, Bruno Souza, Leandro Almeida e Pedro
Posição do desfile: segunda escola a se apresentar
Dia e hora: sexta-feira, 22 de abril, 23h
Cores: Verde e Rosa
Presidente: Elias João Riche Filho
Presidente de Honra: Hélio Turco
Carnavalesco: Leandro Vieira
Rainha de Bateria: Evelyn Bastos
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Matheus Olivério e Squel Jorgea
Intérprete: Marquinho Art'Samba
Composição: Moacyr Luz, Bruno Souza, Leandro Almeida e Pedro
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