Banda de Ipanema homenageia profissionais de saúde em seu 57º desfile no Carnaval do Rio de JaneiroReprodução / TV Globo
Publicado 18/02/2023 21:03
Rio – O sábado de Carnaval do Rio contou com o destacado Banda de Ipanema, bloco que desde 1965 faz de salão o bairro da Zona Sul e, tradicionalmente, arrasta pela Avenida Vieira Souto milhares de foliões sedentos por diversão. Não à toa, é Patrimônio Cultural Carioca e tombado como primeiro bem imaterial da cidade do Rio.
A apresentação de 2023 teve a ver com os profissionais da saúde, uma espécie de lembrança pelos feitos da área durante a pandemia da covid-19 - este é o primeiro Carnaval de rua que a Banda de Ipanema desfila após o período, uma vez que o bloco se recusou a sair em 2022 ainda por conta da pandemia.
À época, Cláudio Pinheiro, o presidente e um dos fundadores da banda, disse ao DIA que "não há clima, se avalia que ainda há riscos para a população em meio a uma grande festa como o Carnaval, principalmente em relação à Banda de Ipanema, que mantém um público gigantesco de foliões que tradicionalmente acompanham os desfiles".
Pois após uma espera de três anos pela Banda de Ipanema na festa do Rei Momo, cariocas e turistas brincaram muito carnaval com o gigante da história da folia em seu 57º desfile, com muitas marchinhas e sambas-enredo.
Margareth Dalcomo, membro da Academia Nacional de Medicina, Roberto Medronho, médico epidemiologista, e Mônica Armada, presidente do sindicato dos enfermeiros do Rio, figuras importantes no combate à covid-19, estavam entre os convidados e participaram do bloco em cima de um carro elétrico.
Desfile do Bola Preta reúne multidão no Centro

O Cordão da Bola Preta também desfilou neste sábado (18), mas no Centro do Rio, e fez seu 103º desfile. Considerado o mais tradicional da cidade, o bloco, que ficou sem ir às ruas em 2021 e 2022 por conta da pandemia, apostou na força de marchinhas e sambas antológicos para embalar os foliões. De acordo com os organizadores, o desfile, que começou às 8h e terminou por volta das 13h, reuniu mais de 1 milhão de pessoas na Rua Primeiro de Março e na Avenida Antônio Carlos.
Nas ruas de acesso ao local do desfile, policiais militares montaram pontos de bloqueio para controle e revista dos foliões, que formaram longas filas para passar pelos agentes.

O desfile começou com uma homenagem às vítimas de covid-19 e um discurso do presidente do Bola, Pedro Ernesto Marinho. No carro de som, a Corte Real, formada por celebridades e personalidades do Carnaval, levou o público ao delírio. Entre os destaques estavam a atriz Emanuelle Araújo, Musa; a Embaixatriz, a cantora Maria Rita; Madrinha, e atriz Leandra Leal, Porta-Estandarte.
A lista de famosos contou ainda com a atriz Paola Oliveira, Rainha; e Mirian Duarte, Musa do Centenário. Completam a Corte as Musas Adeline Gervágio, Taissa Marins, Cassia Silvia e Elaine BR.

O maestro da banda do Bola Preta, Altamiro Benedito Gonçalves, de 85 anos, que participa dos desfiles desde 1990 tocando trompete, falou sobre a emoção de poder voltar a desfilar. "Quando me trouxeram pra cá, me falavam: 'Olha, você tem que lá em cima pra ver como é isso'. Quando eu vi aquelas 2,4 milhões de pessoas (em 2013) lá de cima, aí já viu…", emocionou-se.

Veja como foi o desfile
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