Publicado 18/02/2024 10:24
Rio - Com alegria e elegância, o Monobloco iniciou o último dos megablocos realizados na Avenida Primeiro de Março, no Centro do Rio, na manhã deste domingo (18). Pontualmente às 9h, a bateria comandada pelo maestro Celso Alvim deu as caras, animando o público que começava a chegar ao som de "Festa", da Ivete Sangalo. No repertório, o grupo ainda incluiu músicas de outros estilos, como o funk "Tá Ok", de Kevin o Chris.
A chuva fraca que caiu no começo do evento não desanimou os dançarinos que ficaram a frente do trio elétrico. Com roupas brilhantes e coloridas, o grupo dançou coreografias ensaiadas ao lado de artistas com pernas de pau.
O músico Maninho Costa, de 50 anos, que se apresentou com seu repique, participou do início do projeto do Monobloco, há mais de 20 anos. Depois passou a morar o Canadá, mas não deixou de ser convidado para se apresentar.
"Como fui para fora, não participei da estrada deles, mas sempre me convidam quando estou aqui. Enquanto eu tiver saúde, vou saindo. Desfilo por escolas de samba desde o meus 14 anos. Escola de samba é a minha escola, foi onde eu comecei. Pelo que sou hoje, participo do Monobloco. Monobloco é um grupo fenomenal, toca ritmos que a gente não conhecia antes. Uma mistura de ritmos, diferente da escola de samba. Essa diversidade rítmica é um barato", contou Maninho.
Ao lado dele tanto no Monobloco quanto na Unidos da Tijuca, o percursionista Serrinha Raiz carregou sua caixa de guerra para a Avenida Primeiro de Março. Também morando fora do Brasil, ele não deixou de participar da festa.
"Dou workshop pela Europa, trabalho com a música. Hoje, faço parte como músico convidado e é um prazer imenso tocar com uns amigos no Monobloco. Como todo ano, é esse sucesso de sempre. Falar do Monobloco é dispensar comentários. Eu já nasci no Carnaval, isso é a minha vida. Carnaval é viver, esquecer dos problemas e celebrar a vida", disse animado.
O Monobloco também conta com um público fiel, que acompanha os desfiles há anos. A consultora hospitalar Daniele Basílio, de 39 anos, acordou às 5h e saiu de Belford Roxo para assistir ao show do grupo.
"Adoro o Monobloco, é uma paixão antiga! Tradição. É uma energia para fechar o Carnaval com chave de ouro. Eu rodei o Rio, fui em bloco em Ipanema, fui no Cordão da Bola Preta… Achei que o Carnaval está mais organizado, a segurança está melhor. Assim, a população consegue curtir mais, ficar mais tranquila. Vou fiar com essa festa guardada na memória por um bom tempo", celebrou.
O analista de sistemas Bernardo Rocha, de 23 anos, fez propaganda do Monobloco e trouxe a família para a festa. Ele saiu cedo de casa para ficar perto do trio elétrico, mas queria ter chegado ainda antes.
"Vim com a família: amiga, namorada, irmã da amiga, mãe da amiga, primo… Tentei trazer meu pai, mas ele não quis vir. Tentei chegar ainda mais cedo para ficar mais perto do trio, mas não consegui porque o motorista se perdeu. Eu só não podia deixar de estar aqui. Tenho preferência por blocos de praia, mas o Monobloco é aqui, então tem que vir", explicou.
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