Publicado 24/11/2024 07:00
A vida de uma Rainha de Bateria é repleta de brilho, glamour e energia durante o Carnaval. No entanto, após a folia, o que muitos não sabem é que essas mulheres e os estilistas que criam seus deslumbrantes trajes têm uma rotina intensa fora da avenida, equilibrando trabalho, estudos e desafios diários. Vamos descobrir o que acontece nos bastidores da realeza do samba durante o resto do ano.
Letícia Guimarães, aos 41 anos, é a atual rainha de bateria da Acadêmicos de Santa Cruz, mas sua jornada no carnaval começou em 2009 na Inocentes de Belford Roxo. Com 16 anos de avenida, ela já acumulou títulos como princesa e rainha do carnaval do Rio de Janeiro, além de conquistas internacionais, como sua participação no carnaval de Asakusa, no Japão.
Letícia, como ela mesma diz, não vive só de carnaval. Fora da folia, sua rotina é cheia de compromissos. Formada em Educação Física e cursando Biomedicina, ela também é personal trainer e faz apresentações de dança. “A vida não é fácil. O carnaval é o momento de esquecer tudo e viver intensamente. Só quem desfila sabe o que significa pisar na Sapucaí”, reflete Letícia.
PublicidadeLetícia Guimarães, aos 41 anos, é a atual rainha de bateria da Acadêmicos de Santa Cruz, mas sua jornada no carnaval começou em 2009 na Inocentes de Belford Roxo. Com 16 anos de avenida, ela já acumulou títulos como princesa e rainha do carnaval do Rio de Janeiro, além de conquistas internacionais, como sua participação no carnaval de Asakusa, no Japão.
Letícia, como ela mesma diz, não vive só de carnaval. Fora da folia, sua rotina é cheia de compromissos. Formada em Educação Física e cursando Biomedicina, ela também é personal trainer e faz apresentações de dança. “A vida não é fácil. O carnaval é o momento de esquecer tudo e viver intensamente. Só quem desfila sabe o que significa pisar na Sapucaí”, reflete Letícia.
Depois do brilho da avenida à rotina de um estilista do carnaval
Como uma faísca que virou fogo na alma, a paixão pelo carnaval de Yan Sollis nasceu cedo. Em 2005, aos 10 anos, foi levado pela avó à quadra da Porto da Pedra, onde o brilho das fantasias e o encanto dos desfiles o cativaram. Iniciou como passista mirim, passando por diversas escolas de samba até começar a explorar seu talento na criação de fantasias. Sua avó, grande incentivadora, trazia fantasias para ele desmontar e recriar, o que fez Yan descobrir a vocação que guiaria sua vida.
Aos 15 anos, já desenhando e aprimorando seu estilo, tornou-se carnavalesco, criando desfiles em Niterói e São Gonçalo. Em cada carro alegórico e fantasia, ele se dedicava a tornar o carnaval ainda mais fascinante.
Aos 15 anos, já desenhando e aprimorando seu estilo, tornou-se carnavalesco, criando desfiles em Niterói e São Gonçalo. Em cada carro alegórico e fantasia, ele se dedicava a tornar o carnaval ainda mais fascinante.
Yan Veste Anitta e realiza sonho
Para Yan, vestir Anitta sempre foi um sonho distante, algo que ele acreditava estar fora de alcance. Sua admiração pela cantora era tamanha que chegou a tatuar o nome dela em seu corpo, como símbolo de sua inspiração.
“Eu sempre achei que isso nunca fosse acontecer. Anitta era um sonho que eu nem ousava contar em voz alta,” relembra Yan, emocionado. Quando finalmente viu Anitta vestida com sua criação, ele sentiu que uma parte de seu talento e sonho se realizava. “Às vezes, nem acredito, mas é verdade: ela vestiu uma parte do meu talento e do meu sonho,” diz ele, com brilho nos olhos.
Sobre sua rotina após o carnaval, Yan comenta: “Após o desfile, é hora de focar em novos projetos. Faço maquiagens para espetáculos, trabalho em figurinos de dança e até crio penteados personalizados. Cada dia traz um novo desafio, e isso me motiva.”
“Eu sempre achei que isso nunca fosse acontecer. Anitta era um sonho que eu nem ousava contar em voz alta,” relembra Yan, emocionado. Quando finalmente viu Anitta vestida com sua criação, ele sentiu que uma parte de seu talento e sonho se realizava. “Às vezes, nem acredito, mas é verdade: ela vestiu uma parte do meu talento e do meu sonho,” diz ele, com brilho nos olhos.
Sobre sua rotina após o carnaval, Yan comenta: “Após o desfile, é hora de focar em novos projetos. Faço maquiagens para espetáculos, trabalho em figurinos de dança e até crio penteados personalizados. Cada dia traz um novo desafio, e isso me motiva.”
Rainha supera sonho e conquista avenida
Monique Rizzeto sempre teve o carnaval como parte essencial de sua vida. Desde jovem, assistia aos desfiles com brilho nos olhos, encantada pela música, pelas cores e pela energia contagiante. Sua paixão pelo samba a levou a trilhar o caminho que a transformaria em Rainha de Bateria. O sonho de ocupar essa posição se tornou um objetivo pessoal, pois Monique enxergava no samba uma forma de expressão autêntica e um símbolo de orgulho.
Fora dos holofotes do Carnaval, Monique divide o tempo entre suas diversas paixões. Como empreendedora, ela administra seu próprio negócio com muita dedicação. “Ser empreendedora é um desafio diário. Cada dia é uma conquista, e eu amo ver as ideias tomando forma e virando realidade. Dá um orgulho ver tudo acontecendo do jeito que planejei”, afirma Monique, que se dedica a cada projeto com a mesma intensidade com que pisa na avenida. Ela ainda dá aulas de dança e yoga.
Além de sua dedicação ao samba, Monique tem um grande amor pelos animais resgatados. Já acolheu desde cachorros abandonados até um gato que perdeu um olho. “Eu vejo e não consigo deixar para trás. Eles precisam de amor, e é maravilhoso saber que posso oferecer isso a eles,” diz, emocionada. Entre os resgates mais inusitados estão duas mulas e dois burrinhos, revelando seu lado cuidadoso e mostrando que, além de Rainha de Bateria, Monique também é uma rainha de compaixão.
Da Arte Drag à Consagração no Carnaval carioca
Allan começou sua carreira no mundo da moda de maneira inusitada, quando se apresentou como drag queen em sua comunidade no Rio de Janeiro. Essa experiência despertou sua paixão pela costura, e ele começou a criar suas próprias fantasias, explorando cores vibrantes e detalhes exuberantes que refletiam sua personalidade. “Percebi que a moda poderia ser uma forma poderosa de expressão artística”, lembra Allan, sobre os primeiros passos de sua jornada.
Allan começou sua carreira no mundo da moda de maneira inusitada, quando se apresentou como drag queen em sua comunidade no Rio de Janeiro. Essa experiência despertou sua paixão pela costura, e ele começou a criar suas próprias fantasias, explorando cores vibrantes e detalhes exuberantes que refletiam sua personalidade. “Percebi que a moda poderia ser uma forma poderosa de expressão artística”, lembra Allan, sobre os primeiros passos de sua jornada.
Neste ano, Allan teve a honra de vestir grandes nomes do carnaval, destacando-se com suas criações deslumbrantes. Entre as celebridades, Jojo Todynho, Evelyn Bastos, Viviane de Assis, entre outras.
“Comecei com drag e nunca imaginei chegar onde cheguei, vestindo todas essas celebridades do mundo da música e do carnaval. Este ano, tive o prazer de produzir Jojo Todynho, Letícia Guimarães, Lorena Raíssa, a rainha de bateria do Japão, e a cantora Lexa. Tive a oportunidade de ir à festa de aniversário da Cariucha em São Paulo agora em setembro. Estou vivendo um momento de sucesso e espero que venham muitos e muitos mais.”
Fora do período carnavalesco, a rotina de Allan é marcada por um forte compromisso social. Ele dedica parte de seu tempo a ministrar aulas gratuitas de corte e costura para jovens da comunidade, acreditando no poder transformador da moda. “Acredito que a moda pode mudar vidas. Ao compartilhar meu conhecimento, espero inspirar esses jovens a encontrarem sua própria voz e a se expressarem”, afirma.
Do axé de Salvador para o samba da Sapucaí
Fora do período carnavalesco, a rotina de Allan é marcada por um forte compromisso social. Ele dedica parte de seu tempo a ministrar aulas gratuitas de corte e costura para jovens da comunidade, acreditando no poder transformador da moda. “Acredito que a moda pode mudar vidas. Ao compartilhar meu conhecimento, espero inspirar esses jovens a encontrarem sua própria voz e a se expressarem”, afirma.
Do axé de Salvador para o samba da Sapucaí
Felipe Rangel, nascido em Salvador-BA, cresceu imerso no universo do carnaval, influenciado pelos avós, que eram presidentes de uma escola de samba, e pela mãe, costureira e artesã. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 2014, aos 15 anos, para realizar o sonho de trabalhar com o carnaval carioca. Começou como aderecista na Alegria da Zona Sul e, aos poucos, se destacou como figurinista, criando seu primeiro figurino para a própria mãe.
Durante a pandemia, Felipe enfrentou desafios financeiros, reinventando-se ao abrir uma hamburgueria delivery temática de carnaval. Com a retomada dos eventos em 2022, voltou ao seu maior sonho e consolidou o Atelier Felipe Rangel, na Tijuca. Hoje, aos 25 anos, ele cria figurinos para rainhas de bateria, musas, artistas e eventos diversos.
Felipe reflete com gratidão sobre sua trajetória de 10 anos e afirma: “Estou muito feliz e realizado por vestir rainhas e musas do Carnaval Carioca. É uma honra transformar sonhos em realidade e contribuir para a magia do carnaval.”
Durante a pandemia, Felipe enfrentou desafios financeiros, reinventando-se ao abrir uma hamburgueria delivery temática de carnaval. Com a retomada dos eventos em 2022, voltou ao seu maior sonho e consolidou o Atelier Felipe Rangel, na Tijuca. Hoje, aos 25 anos, ele cria figurinos para rainhas de bateria, musas, artistas e eventos diversos.
Felipe reflete com gratidão sobre sua trajetória de 10 anos e afirma: “Estou muito feliz e realizado por vestir rainhas e musas do Carnaval Carioca. É uma honra transformar sonhos em realidade e contribuir para a magia do carnaval.”
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