Amigos e familiares se despedem de Arnaldo Jabor em velório aberto ao público no Rio de JaneiroFábio Costa / Agência O Dia
Publicado 16/02/2022 14:09
Rio - Amigos e familiares de Arnaldo Jabor se despediram do jornalista, na manhã desta quarta-feira (16), em velório realizado no Museu de Arte Moderna (MAM), no Flamengo, Zona Sul do Rio. A cerimônia foi aberta ao público e contou com um telão que exibiu fotos do cineasta e algumas cenas de seus filmes, como "O Casamento", "Eu sei que vou te amar" e "Tudo bem".
Artistas como Caio Blat e Luisa Arraes estiveram no local para homenagear o analista político, assim como Bárbara Paz, que consolou os filhos de Arnaldo, Carolina e João Pedro Jabor. Amora Mautner, Guel Arraes e Walter Salles foram outros nomes que participaram da cerimônia e se despediram do jornalista, que morreu na madrugada da última terça-feira, aos 81 anos. Após o velório, o corpo do cineasta será cremado.
Arnaldo Jabor estava internado desde o dia 16 de dezembro, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um AVC. De acordo com a família, as complicações do AVC foram a causa da morte. O jornalista chegou a apresentar melhora progressiva do quadro neurológico e estava consciente, segundo boletim médico divulgado no dia 29 de dezembro.
Trajetória
Arnaldo Jabor nasceu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1940. Ele iniciou a carreira na década de 1960, quando concluiu o curso de cinema do Itamaraty-Unesco em 1964. Foi um dos principais nomes da segunda fase do Cinema Novo, movimento que retrava questões políticas e sociais do Brasil inspirado no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa.
Ele dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Entre os destaques estão o longa “Toda Nudez Será Castigada”, uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues que fez Jabor vencer o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1973, e o longa "Tudo Bem", estrelado por Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo, Zezé Mota, Regina Casé e outras estrelas.
Ao longo de sua trajetória, além de se dedicar ao cinema, também marcou presença na literatura e no jornalismo. Em 1991, começou a escrever crônicas para jornais e também fazer comentários políticos em programas televisivos da Globo, como o "Fantástico", "Jornal Nacional" e ‘Jornal da Globo’.
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