Publicado 13/05/2022 11:56 | Atualizado 13/05/2022 15:14
Rio - O ex-jogador de futebol Adriano Imperador fez um desabafo nas redes sociais, nesta sexta-feira, sobre o caso da delegada Adriana Belém, sua amiga, que foi presa na última terça-feira durante a operação Calígula. Na ocasião, a polícia encontrou quase R$ 2 milhões na casa de Adriana, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
"Quero deixar bem claro que aquilo que está acontecendo com a Adriana Belém, eu não tenho nada a ver com isso. Estou falando isso porque a imprensa só está me colocando como o único famoso que conhecia ela, e na verdade, ela conhecia vários famosos. E a imprensa só está me citando. E isso, de uma maneira, está me incomodando e me prejudicando", disse o jogador, que costumava chamar a delegada de "madrinha".
Na última quarta-feira, Adriano já havia explicado em vídeo o motivo de ter deletado as inúmeras fotos que tem com a delegada das redes sociais. O jogador afirmou que a decisão partiu de sua assessora. "Ela ficou preocupada e acabou apagando algumas fotos minhas com a doutora, com medo de atrapalhar os contratos", afirmou o ex-jogador, que também falou sobre a gratidão que tem pela delegada.
"Eu nunca faria isso (de deletar as fotos com ela). Independentemente do que está acontecendo com ela. Ela foi uma pessoa que me ajudou muito na minha carreira e na minha vida. Tenho que agradecer a ela muita coisa, não pouca coisa".
Entenda
A delegada Adriana Belém, um dos alvos da Operação Calígula, deflagrada na manhã da última terça-feira (10), foi presa pela Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Adriana, conhecida por ser uma delegada com diversas aparições na mídia, foi levada para a Corregedoria da Polícia Civil.
A prisão preventiva foi deferida pela Vara Especializada do Tribunal de Justiça após a agentes localizarem no apartamento de Adriana, em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, quase R$ 2 milhões em espécie alocados em bolsas de sapato de marcas de luxo.
Para os promotores de Justiça, o valor encontrado na residência de Belém é um forte indício de lavagem de dinheiro. Na decisão, o juiz Bruno Monteiro Ruliere também diz que o valor encontrado na casa da delegada significa que ela tem forte ligação com a organização criminosa investigada na operação. Ele escreveu ainda que sua liberdade pode culminar em possíveis ocultações de provas ou "embaraços aos atos de instrução criminal". O TJRJ informou que o processo tramita em segredo de justiça.
A operação mira uma organização criminosa entorno do jogo do bicho liderada por Rogério de Andrade e seu filho, Gustavo de Andrade. Ao todo, 12 pessoas foram presas na Operação Calígula, 24 pedidos de prisão foram expedidos, 119 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e 30 pessoas foram denunciadas.
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