Publicado 17/12/2022 09:31
Rio - Mais de um ano depois da morte de Paulo Gustavo, os brasileiros terão, finalmente, o acalento de um reencontro com o sorriso do humorista. Sendo a experiência do luto coletivo uma das últimas memórias do público, o lançamento de "O Filho da Mãe", nesta sexta-feira (16), no Amazon Prime Video, chega como "um abraço de uma terapia em grupo", segundo a diretora, Susana Garcia.
O documentário mostra os bastidores da última turnê do artista: um show musical homônimo de Paulo com sua mãe, Déa Lúcia, além de imagens inéditas do casamento do comediante com Thales Bretas e registros com os filhos, Gael e Romeu. O documentário visa mostrar dois lados de Paulo: um desconhecido, para além da ficção, exaltando não só a humanidade, vulnerabilidade e insegurança do artista perante seu sucesso, mas também uma faceta sua familiar a partir da relação com dona Déa na rotina fora dos palcos.
O inesperado para quem apenas acompanhava dona Hermínia é que, na realidade, a dinâmica de mãe e filho se mostra igual à retratada nos filmes "Minha Mãe É Uma Peça". A identificação com a família de nascença e a que ele construiu com o dermatologista continua mesmo após a partida do ator.
"Paulo Gustavo é muito presente. Não que eu queira esquecer dele, jamais, mas as pessoas me encontram e começam a chorar. E ainda é muito difícil para eu ver as coisas dele. As pessoas querem ver os filhos e precisamos nos preservar também", relata Déa.
Paternidade
Além do cotidiano com a mãe, a relação entre Paulo e Thales é destaque no documentário. O viúvo aponta que a família que construiu com o humorista continua sendo um referencial para diversos casais LGBT+.
"Eu tinha vontade de ser pai, queria formar uma família, mas a gente não conhecia muitos gays inseridos dessa forma na sociedade. Existe um submundo, tentavam colocar o LGBT+ no lugar até de pervertido e nós mostramos que somos também uma família. O documentário trouxe cenas muito importantes da nossa relação que podem inspirar outros casais", diz o dermatologista.
O espetáculo foi uma ideia de Paulo para homenagear dona Déa e retornar às origens. A chefe de conteúdo original para o Brasil do Amazon Studios, Malu Miranda, conta que foi plano do humorista gravar os bastidores dessa experiência e transformá-la em documentário. Após sua morte, o registro se converteu em uma homenagem, um registro para os filhos e os brasileiros.
"Quando o projeto ficou pronto, vimos que tem muita diversão e o sabor daquela intimidade com que as pessoas não estão acostumadas, afirma a diretora. "O brasileiro quer ficar mais tempo com ele e esse trabalho é um reencontro", completa Malu.
"Eu tinha vontade de ser pai, queria formar uma família, mas a gente não conhecia muitos gays inseridos dessa forma na sociedade. Existe um submundo, tentavam colocar o LGBT+ no lugar até de pervertido e nós mostramos que somos também uma família. O documentário trouxe cenas muito importantes da nossa relação que podem inspirar outros casais", diz o dermatologista.
O espetáculo foi uma ideia de Paulo para homenagear dona Déa e retornar às origens. A chefe de conteúdo original para o Brasil do Amazon Studios, Malu Miranda, conta que foi plano do humorista gravar os bastidores dessa experiência e transformá-la em documentário. Após sua morte, o registro se converteu em uma homenagem, um registro para os filhos e os brasileiros.
"Quando o projeto ficou pronto, vimos que tem muita diversão e o sabor daquela intimidade com que as pessoas não estão acostumadas, afirma a diretora. "O brasileiro quer ficar mais tempo com ele e esse trabalho é um reencontro", completa Malu.
Paulo Gustavo morreu em maio de 2021, vítima de complicações da covid-19, 15 anos após estreiar a peça que se tornaria a maior produção de sua vida: "Minha Mãe é uma Peça".
Assista ao trailer:
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