Maria Lucas relata caso de transfobia no CCBBReprodução do Instagram
Publicado 27/01/2023 11:16
Rio - A atriz Maria Lucas expôs, através do Instagram Stories, que foi vítima de transfobia por parte de seguranças do Centro Cultural do Banco do Brasil, no Centro do Rio. A artista, que vai ao local para ensaiar um novo espetáculo, onde atua como assistente de direção, contou que é constantemente chamada pelo pronome masculino pelos profissionais e lamentou a situação. Ela ainda afirmou que se medidas não fossem tomadas, iria processá-los. Por sua vez, o CCBB já informou que pediu o afastamento dos funcionários. 
"Funcionários do CCBB RJ constantemente me chamando de 'ele, senhor, amigão'. E agindo com deboche quando os corrijo. Faz alguns meses que uma outra amiga trans fez um trabalho neste local e sofreu esses mesmos abusos. Estou ensaiando lá já há duas semanas e hoje precisei avisar aos produtores do projeto. O próximo passo é processo por transfobia", afirmou. "A cisgeneridade insiste em nos expulsar, de diversas formas, de todos os espaços. Isso é desumano!", frisou.
Em nota enviada ao DIA, o CCBB se pronunciou sobre o caso e informou que já pediu o afastamento dos dois seguranças. "O CCBB Rio de Janeiro não tolera qualquer prática preconceituosa e manifesta sua indignação com o ocorrido. O Centro Cultural preza pelo respeito à diversidade e já notificou a empresa de segurança contratada, com o afastamento imediato dos dois profissionais envolvidos. Para oferecer recepção acolhedora e respeitosa a todos os públicos que frequentam seus espaços, o CCBB aplica, de forma frequente, treinamento para seus quase 400 colaboradores. O CCBB tem como propósito receber todas as manifestações artísticas que representam a diversidade da sociedade brasileira. O Centro Cultural considera-se “palco” da pluralidade e do debate de ideias. Sendo assim, tomará todas as medidas administrativas cabíveis para preservar esses preceitos".  
Na manhã desta sexta-feira, Maria comentou o afastamento dos profissionais. "Eu fico triste, só queria respeito e que o CCBB treinasse os funcionários com diversidade", afirmou a atriz ao DIA.
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