Publicado 24/05/2023 11:17 | Atualizado 24/05/2023 11:21
Rio - A audiência judicial para reconhecer a união estável de Rose Miriam e Gugu Liberato, que pode dar direito a ela uma parte da herança, foi marcada por momentos de tumulto e constrangimento, nesta terça-feira. A viúva do apresentador, que morreu em 2019, após um acidente doméstico, foi questionada pelo advogado da família do comunicador se os dois mantinham relações sexuais quando moravam juntos. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
"Rose diz que eles viviam em uma família como marido e mulher. Eles mantinham relações sexuais?", perguntou o profissional. "Sim", respondeu Rose. "Quantas vezes nos 20 anos (em que viveram sob o mesmo teto)?", insistiu o advogado.
Neste momento, o representante de Rose disse que a pergunta era "impertinente". Segundo a lei, uma união estável é reconhecida quando duas pessoas se unem para formar família e não tem relação com a frequência com que mantém relações sexuais. Os dois advogados se estranharam e um princípio de tumulto se formou.
No entanto, Rose disse que gostaria de responder o questionamento do advogado da família de Gugu. Diante da afirmativa do juiz, ela seguiu: "A gente ficava junto quando tinha vontade", destacou.
Tudo foi presenciado pelos filhos de Rose e Gugu, João Liberato, Sofia e Marina. Na ocasião, as filhas testemunharam a favor da mãe. João preferiu se manter em silêncio.
Tudo foi presenciado pelos filhos de Rose e Gugu, João Liberato, Sofia e Marina. Na ocasião, as filhas testemunharam a favor da mãe. João preferiu se manter em silêncio.
Na noite desta terça-feira, João rebateu as críticas que recebeu por não se manifestar na audiência. "Não é verdade que preferi ficar calado durante a audiência, não me manifestei porque não era o momento de me ouvir. Fiquei muito surpreso quando falaram que decidi ficar calado. Porque, pelo contrário, tenho muito para falar e até tive que me segurar para não falar quando não era o momento. Foi muito triste ver e ouvir tantas coisas que não eram verdadeiras, mas eu respeitei as regras da audiência. Tudo o que venho vivendo é muito triste e incrivelmente desnecessário. Meu pai me ensinou tantas coisas e o que eu quero é seguir minha vida honrando isso tudo", afirmou ele em um trecho do comunicado.
Entenda
Gugu morreu no dia 22 de novembro de 2019. Ele estava no sótão de sua casa em Orlando, nos Estados Unidos, quando sofreu uma queda de cerca de quatro metros de altura e caiu no andar de baixo após o piso ceder. A tragédia causou uma divisão na família e Marina e João Augusto chegaram até a parar de seguir nas redes sociais. Sofia ficou neutra e continuou seguindo os dois irmãos.
A briga entre João e Marina ganhou força depois que as gêmeas fizeram um vídeo reclamando da tia, Aparecida Liberato, irmã e inventariante de Gugu. É ela quem controla o dinheiro que as adolescentes recebem. Elas disseram que ganham um valor baixo comparado ao irmão e à avó, Dona Maria do Céu. Aparecida Liberato também não teria autorizado um aumento na mesada que as gêmeas recebem. Na época, elas ganhavam 500 dólares, cerca de R$ 2,6 mil. As adolescentes queria receber 2,5 mil dólares; o equivalente a cerca de R$ 12,9 mil na cotação atual.
Além disso, João Augusto e as gêmeas estiveram em lados diferentes na divisão dos bens de Gugu. O apresentador deixou uma fortuna estimada em R$ 1 bilhão. Em seu testamento, ele estipulou que 75% dos bens ficassem para os filhos - 25% para cada um - e que os outros 25% fossem divididos entre os cinco sobrinhos - 5% para cada um. Rose Miriam, mãe dos filhos do apresentador, foi deixada de fora do testamento. As meninas defendem a mãe. João Augusto ficou ao lado da tia, inventariante do patrimônio do apresentador.
Em 2021, Marina usou as redes sociais para negar que ela e a irmã estavam brigadas com o irmão. "Mentira. A gente não está brigado e falei com ele hoje". No entanto, no mesmo mês, João fez aniversário e as duas não participaram da comemoração.
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