Publicado 11/07/2023 12:02 | Atualizado 11/07/2023 12:16
Rio - O cantor João Gomes, de 20 anos, e Luiz Gonzaga, que morreu em 1989, aos 76 anos, vítima de câncer, fizeram um dueto, promovido por inteligência artificial (IA), na música "Eu Tenho a Senha", durante o festival iFood Arraial Estrelado, em São Paulo, neste domingo. No Instagram, o Rei do Piseiro celebrou a oportunidade de cantar ao lado de seu ídolo, considerado o Rei do Baião.
"São João já é uma época emocionante por si só, mas esse foi o mais especial de todos
Poder cantar com meu maior ídolo na minha época favorita do ano, foi de longe uma das maiores realizações da minha vida... Sem palavras para descrever. Esse encontro realmente estava escrito nas estrelas, Arraial", escreveu João em sua rede social.
Poder cantar com meu maior ídolo na minha época favorita do ano, foi de longe uma das maiores realizações da minha vida... Sem palavras para descrever. Esse encontro realmente estava escrito nas estrelas, Arraial", escreveu João em sua rede social.
Para o 'encontro' dos artistas no palco ser possível, cerca de 100 músicas de Luiz Gonzaga foram utilizadas pelo recurso de inteligência artificial para recriar a voz do cantor e incluí-la na música de João Gomes. Já na questão visual, cerca de 60 fotografias do Rei do Baião foram utilizadas para que se pudesse traçar padrões e projetar as imagens dele no telão, junto com sua voz.
Elis Regina e Maria Rita emocionam público em dueto
Após mais de 41 anos de sua morte, a cantora Elis Regina "estrelou" uma campanha publicitária ao lado da filha, Maria Rita. Com o auxílio da inteligência artificial, as duas cantaram juntas a música "Como Nossos Pais", de Belchior, sucesso na voz de Elis na década de 1970. A produção, divulgada no último dia 4, faz parte da campanha de comemoração dos 70 anos da Volkswagen no Brasil.
No vídeo, Elis aparece em uma Kombi clássica enquanto Maria Rita dirige o recém-lançado IDBuzz, um SUV totalmente elétrico. Para trazer a inesquecível intérprete para a propaganda, a empresa usou uma tecnologia chamada "deepfake", onde é utilizada a inteligência artificial (IA) para substituir o rosto de uma pessoa por outra, tendo também possibilidade de sincronização labial. Neste caso, uma dublê se passou pela cantora, enquanto o rosto da artista foi colocado depois através desta tecnologia. A voz de Elis no vídeo, no entanto, é a original.
Nesta segunda-feira, o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária abriu nesta segunda-feira (10), um representação ética contra a campanha. De acordo com o Conar, os consumidores questionam se é ético ou não o uso de ferramentas tecnológicas e Inteligência Artificial (IA) para trazer pessoas mortas de volta à vida, como realizado na campanha. Os denunciantes também questionam se tal uso pode causar confusão entre ficção e realidade para alguns, principalmente crianças e adolescentes.
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