Temporada de Frida Kahlo - Uma Biografia Imersiva é prorrogada até outubro, no Forte de Copacabana, Zona Sul do RioDivulgação
Publicado 26/08/2023 06:00 | Atualizado 26/08/2023 13:04
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Rio - Sucesso absoluto de público desde a inauguração, em junho, a exposição "Frida Kahlo: uma biografia imersiva", no Forte de Copacabana, na Zona Sul, foi prorrogada até o dia 1º de outubro. Separada em 13 ambientes interativos, a mostra, que terminaria neste domingo (27), permite que o visitante conheça um pouco da história da mexicana Frida Kahlo. Os ingressos, que custam a partir de R$ 30, podem ser adquiridos através do site oficial do evento.
Vista por quase 100 mil pessoas até agora na Cidade Maravilhosa, a exposição, que já passou pela Europa e foi, igualmente, bem-recebida em São Paulo e na Bahia, dura cerca de 90 minutos e conta com coleções de fotografias históricas, filmes, instalações artísticas e ambientes digitais, além de uma trilha sonora exclusivamente criada para ajudar a envolver o espectador nos momentos mais relevantes da vida da artista. Tudo isso num dos locais mais bonitos do Rio: o Forte de Copacabana, de frente para a praia.
"É uma felicidade fazer a exposição da Frida no Forte de Copacabana, unindo turismo e cultura. O sucesso da exposição fez com que o Forte batesse recorde de visitações em julho como o local mais visitado do Rio, somente atrás do Cristo Redentor", comemora Rafael Reisman, diretor criativo da Blast Entertainment, uma das co-produtoras do evento.

Através de jogos de luz, a ambientação reproduz cenas do acidente de bonde que marcou para sempre a vida de Frida, além de alusões aos diferentes ciclos de sua vida, como nascimento e morte, infância e adolescência, e saúde e doença.
"A exposição mexe com os sentidos e a emoção dos visitantes, porque retrata a vida de uma guerreira, um ícone que não somente se tornou uma das grandes lendas artísticas da humanidade, mas também foi um exemplo de resiliência, de coragem. A sua trajetória, quando mostrada assim, emociona as pessoas, pois transcende a parte artística, descortinando um retrato íntimo dessa grande diva das artes", destaca Rafael.
Público impactado
Para Lucia Linhares, presidente da ONG Juntos Somos Fortes, ver a exposição foi uma experiência única. De acordo com ela, que trabalha em prol das pessoas com deficiência, o espaço garante o direito à acessibilidade, através de adaptações e profissionais capacitados para lidar com este público.

"Essa foi uma das exposições mais bonitas e impactantes que eu já fui. Ela proporcionou uma enorme emoção, uma vibração profunda ao meu grupo (integrantes da ONG). Fora toda a responsabilidade com a inclusão, né? Houve uma enorme empatia dos profissionais do evento com a locomoção dos cadeirantes através de carrinhos de golfe. A exposição já foi esplendorosa, mas com esse carinho e acolhimento deles, foi magnífico", exalta Lucia.
Moradora do bairro da Glória, a ativista cultural Zezé Ferreira conta que também foi surpreendida pela experiência da mostra, que apesar de não conter quadros físicos, possibilita que o público se conecte com a história pessoal e a obra da pintora. "Eu recomendo muito! As pessoas saíram de lá encantadas! Você pode ficar lá durante longos períodos de tempo, percorrendo todos os ambientes, fotografando e filmando à vontade e ainda pode participar de aulas de pintura", detalha Zezé.

"Além de escolherem um lugar com uma vista privilegiada, a exposição é realmente maravilhosa, muito bonita. Através das projeções, é como se você até mesmo vivenciasse o acidente que ela sofreu… Ficamos totalmente envolvidas com a história dela", acrescenta a engenheira química Carla Moreira.
A professora Mariana Teixeira, moradora do Grajaú, na Zona Norte, também ficou encantada. "Tenho grande admiração pela história da Frida, que mesmo repleta de dores, foi transformada em flores pela artista. A exposição é um convite para conhecer toda a sua obra, que tem um estilo próprio e narra muitos acontecimentos de sua trajetória. Eu e minha filha saímos de lá impactadas com tanta cor e beleza", conta Mariana, que foi ao evento com a filha Rafaela, de 7 anos. 
Trajetória
A mexicana Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón (1907-1954) foi uma das mais importantes pintoras da América Latina. Ficou famosa pelos autorretratos de inspiração surrealista e também pelas fotografias. Sua obra ganhou enorme notoriedade mundial, tornando-se um símbolo da cultura pop.

Desde a infância, Frida precisou lidar com a saúde debilitada após contrair poliomielite, o que fez com que sua perna direita ficasse mais fina que a esquerda. Já na adolescência, a artista sofreu um grave acidente de ônibus e precisou de um longo período de repouso para se recuperar das sequelas deixadas em sua coluna. Apesar de bastante deprimida e incapacitada de andar, Frida passou a dedicar-se à pintura, utilizando um cavalete adaptado que a permitia trabalhar deitada.

Recuperada, passou a estudar desenho e modelagem. Pouco tempo depois, filiou-se ao Partido Comunista Mexicano, onde conheceu seu futuro marido, o pintor Diego Rivera, com o qual viveu uma relação repleta de conflitos, que chegou ao fim em 1939.

Durante a vida marcada por sofrimentos, Frida expôs quadros nos Estados Unidos e, igualmente, na França. Tornou-se, também, grande defensora dos direitos das mulheres. Através de obras repletas de influências da arte indígena mexicana, a artista retratava paisagens mortas e cenas imaginárias, com cores fortes e vivas, explorando, principalmente, os autorretratos.
Serviço:
'Frida Kahlo: uma biografia imersiva'
Local: Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana (Praça Coronel Eugênio Franco, 1, Posto 6,  Copacabana)
Data: Até 1º de outubro de 2023, de terça-feira a domingo, das 10h às 20h.
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada), na terça-feira; R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada) às quartas e quintas; e R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia) às sextas, sábado e domingos. A classificação é livre.
 
* Reportagem da estagiária Esther Almeida, sob supervisão de Raphael Perucci
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