O Porteiro, estrelado por Alexandre Lino, estreia nesta quinta-feira (31)Divulgação / Laura Campanella
Publicado 31/08/2023 07:00 | Atualizado 31/08/2023 08:05
Publicidade
Rio - Baseada numa peça vista por mais de 100 mil pessoas, a comédia "O Porteiro" estreia nos cinemas, nesta quinta-feira (31). Protagonizado por Alexandre Lino, o filme retrata um dia muito louco na vida do porteiro Waldisney (Lino), em que ele tem que provar para o delegado (Maurício Manfrini) que não tem nada a ver com um assalto que aconteceu no prédio em que trabalha. O longa, que tem a direção de Paulo Fontenelle, conta, ainda, com nomes como Cacau Protásio, Suely Franco e Aline Campos no elenco.
O roteiro homenageia todos os porteiros. "O pensamento sempre foi esse. A gente vai tirar o porteiro de uma posição de coadjuvante, que é o que a gente está acostumado a ver, e trazer para o protagonismo. Trazer o porteiro para frente do palco", explica Fontenelle.
Alexandre Lino conta que para interpretar Waldisney conversou com diversos porteiros nordestinos. "Quando o Paulo e eu decidimos que isso seria um lugar agora de celebração dessas pessoas em uma escala muito mais ampliada, que é o protagonismo, nós falamos: 'Então, peraí, nós vamos estender muito mais esse leque. Vamos ouvir essas pessoas'".
Ainda segundo o ator, que ficou com a peça em cartaz durante cinco anos, a composição do personagem é o resultado de muitas vivências. "Esse preparo, que já é da minha própria natureza por causa das minhas origens e por tantos porteiros que eu cruzei fazendo na ficção, chega em um lugar muito mais sólido quando a gente ouve essas pessoas, convive com elas diretamente e pede autorização para elas para compartilhar suas histórias".
Homenagem a Paulo Gustavo
O longa-metragem traz, também, uma homenagem à personagem eternizada por Paulo Gustavo (1978-2021) em "Minha Mãe É Uma Peça", dona Hermínia. A história se passa no mesmo edifício mostrado na franquia estrelada pelo humorista, um tempo depois que a matriarca se aposenta do cargo de síndica. Na "vida real", o prédio fica na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, Zona Sul do Rio, e abrigou moradores ilustres como a atriz e diretora Bibi Ferreira (1922-2019).
Cacau Protásio, que por anos contracenou com Paulo Gustavo na série "Vai Que Cola", destaca a conexão entre os dois filmes. "Para mim, foi uma honra gravar no lugar onde ele gravou 'Minha Mãe É Uma Peça', um filme que foi um sucesso, um fenômeno. Aonde Paulo Gustavo colocava a mão, aonde ele chegava, o que ele fazia, era maravilhoso. E poder fazer o mínimo de agradecimento e homenagear, não tem preço."
Na pele da "foguenta" Rosivalda, Cacau se diverte ao falar da personagem. "Ela não tem critério nenhum, né? Agora, no momento, ela está desesperada, ela quer namorar. Até o ladrão para ela serve. Então, ela quer homem. Não importa o que ele faça, não importa nada. Ela não tem critério. Na testa dela está escrito 'desespero'. O que vier, ela pega", detalha.
Diferente da peça, que é um monólogo com Alexandre Lino, o longa conta, também, com Daniela Fontan, além das participações especiais do ex-lutador José Aldo e da influenciadora Raissa Chaddad. 
"No teatro, aqueles personagens, boa parte deles existe na plateia. Só que todo dia é uma pessoa diferente, né? Então eu não faço ideia de como vai ser a devolutiva, como vai ser a contracenação. Os meus colegas de contracenação são o público.  Quando é no cinema, que você já tem os atores escolhidos, fica muito mais simples essa relação de contracenação. Porque mesmo que não tenha a espontaneidade do público brincando comigo mas eu tenho amigos que querem fazer a mesma coisa", ressalta Alexandre Lino.
E as trapalhadas de Waldisney poderão aumentar, em breve, como antecipa o diretor. "A gente tem o desenho de uma continuação mais louca ainda do que o primeiro filme. E sim, a gente tem uma série que já está desenhada também. E se Deus quiser e a gente for bem, tudo isso daqui a pouco vai estar virando realidade para todo mundo ver", revela Fontenelle. A pré-estreia aconteceu no Kinoplex do Rio Sul, no último dia 24. A classificação indicativa é de 14 anos.
Publicidade
Leia mais