Acervo do cantor Jerry Adriani será preservado pela Funarj: 'Missão inestimável'

Rio - A Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj) anunciou, nesta terça-feira (12), que recebeu o acervo do cantor e ator Jerry Adriani para preservação. Objetos importantes da carreira do artista foram doados pelo filho de Jerry, o diretor Thadeu Vivas, na última segunda-feira. O material inclui discos de vinil, letras de canções e até instrumentos musicais e outros itens utilizados em shows.

A novidade foi anunciada pela Funarj em postagem no Instagram, na legenda de uma sequência de fotos que mostram os objetos entregues para a instituição. Thadeu ainda posou ao lado de museólogas que integram a equipe responsável pela preservação do acervo, tarefa que a fundação definiu como "uma missão inestimável".

Jair Alves de Souza, mais conhecido pelo nome artístico Jerry Adriani, ficou conhecido como um dos representantes da Jovem Guarda na década de 1960, ao lado de outros artistas como Roberto e Erasmo Carlos e Wanderléa. É a voz por trás de baladas românticas de grande sucesso como "Indiferença", "És Meu Amor" e "Doce, Doce Amor", a última com letra composta por Raul Seixas, que chegou a ser produtor de Jerry entre 1969 e 1971.

Também atuou nos filmes "Essa Gatinha É Minha" (1966), "Jerry, A Grande Parada" (1967) e "Jerry em Busca do Tesouro" (1967), além de ter participado da novela "74.5: Uma Onda no Ar" (1994), exibida pela TV Manchete, e de produções da TV Globo como "Malhação" (2001) e "A Grande Família" (2010).

Jerry Adriani morreu aos 70 anos, em abril de 2017, dias depois de ser diagnosticado com câncer de pâncreas. O cantor estava internado desde março no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

A Funarj é uma instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Rio de Janeiro.