Publicado 08/05/2024 13:25
Rio - Seu Jorge morou cerca de sete anos em situação de rua, antes se tornar um dos grandes nomes da música brasileira. Nascido em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, ele falou sobre o assunto em uma entrevista no podcast "Podpah" no último dia (02), que foi amplamente compartilhada nesta semana.
Publicidade"Em 1990 decido não trabalhar de carteira assinada e isso foi um problema porque meus pais e meus tios são tudo da década de 30. Eu sou filho de pais retintos que também são filhos de pais retintos e a gente veio de um lugar de negritude. Muito tempo depois, meu tio e meu pai me pediram perdão e eu falei: 'não tem sentido'. É que a gente não aprendeu a sonhar. Sonhador pra gente era perdedor e perda de tempo", disse ele.
Apesar das dificuldades, Seu Jorge nunca deixou de acreditar na arte como sua vocação. Ele lembrou que, mesmo em situação de vulnerabilidade, sempre viveu e consumiu arte, persistindo no sonho de viver do que amava fazer. No entanto, enfrentou ceticismo e desconfiança por parte das pessoas ao seu redor.
"Porque eles estavam esperando o telefone tocar e alguém dizer 'tá preso'. Eu estava vivendo em uma condição de rua para fazer isso. Falava que estava no teatro, fazendo minhas coisas, ninguém acreditava, achavam que era papo furado, que estava andando com gente torta", recordou.
Foi em um momento casual, enquanto afinava seu violão na casa de uma tia, que seu talento foi reconhecido pelo pai. Mesmo diante das adversidades, o genitor o aconselhou a trabalhar durante o dia e buscar a música à noite. Seu Jorge sempre soube que sua paixão o levaria a um lugar melhor.
"Sofria muito, pra caramba, mas com resiliência e criando casca. Tinha uma necessidade grande de ter dignidade. Eu sabia que a música ia me ajudar a restaurar minha dignidade. Sempre soube e isso me mantinha calmo", afirmou o artista sobre sua jornada de superação.
Apesar das dificuldades, Seu Jorge nunca deixou de acreditar na arte como sua vocação. Ele lembrou que, mesmo em situação de vulnerabilidade, sempre viveu e consumiu arte, persistindo no sonho de viver do que amava fazer. No entanto, enfrentou ceticismo e desconfiança por parte das pessoas ao seu redor.
"Porque eles estavam esperando o telefone tocar e alguém dizer 'tá preso'. Eu estava vivendo em uma condição de rua para fazer isso. Falava que estava no teatro, fazendo minhas coisas, ninguém acreditava, achavam que era papo furado, que estava andando com gente torta", recordou.
Foi em um momento casual, enquanto afinava seu violão na casa de uma tia, que seu talento foi reconhecido pelo pai. Mesmo diante das adversidades, o genitor o aconselhou a trabalhar durante o dia e buscar a música à noite. Seu Jorge sempre soube que sua paixão o levaria a um lugar melhor.
"Sofria muito, pra caramba, mas com resiliência e criando casca. Tinha uma necessidade grande de ter dignidade. Eu sabia que a música ia me ajudar a restaurar minha dignidade. Sempre soube e isso me mantinha calmo", afirmou o artista sobre sua jornada de superação.
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