Valesca PopuzudaFelipe Braga/Divulgação
Publicado 14/07/2024 06:00
Rio - Aos 45 anos, Valesca Popozuda voltou a cantar "proibidão", mais de 20 anos depois de se tornar conhecida por falar sobre liberdade sexual feminina quando iniciou no grupo Gaiola das Popozudas. A cantora acabou de lançar dois EPs: "De Volta Pra Gaiola: Amor" e "Amor De Verdade", mas, dessa vez, ela não canta funk, e gravou canções em R&B, MPB, trap e até um pagode - em duas versões: explícita e light. Sexo, vibrador, masturbação e até a bissexualidade são temas abordados nas letras.
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Ao Meia Hora, a cantora afirma que, de modo geral, todas as mulheres estão um pouco decepcionadas com os homens e revelou que sente "uma energia muito forte" pela cantora Ana Carolina. Valesca pretende ainda homenagear grandes mulheres brasileiras que são referências em atitude e sexualidade na maturidade.
Como é voltar a cantar proibidão agora? É um momento mais "fácil" ou acredita que em tempos de redes sociais e haters o julgamento é ainda maior?

Eu não me importo mais com isso. Acho que veio de uma maturidade pessoal e artística. Se deixamos a opinião alheia nos guiar, nunca vamos ficar 100% felizes com a cobra que produzimos. Eu sentia no meu coração que esse era o momento certo para voltar para o proibidão. É a minha essência, é o que eu amo fazer.

Por que decidiu voltar a cantar esse gênero?

Eu sempre gostei de cantar. Eu acabei alcançando um novo público com "Beijinho No Ombro" e meus lançamentos que seguiram, me levando para uma galera mais família, o público do sofá, da criança ao idoso. Então, eu sempre tentei alimentar esses dois públicos e não conseguia. Mas, dessa vez, eu encontrei a forma: veio a versão light e a versão explícita.

Você sempre passou uma imagem de mulher destemida e segura de si, sem medo de julgamentos. A Valesca é assim ou foi uma armadura que você criou para se apresentar?

Eu acho que foi uma armadura que criei ao longo da minha carreira, mas acabou se tornando quem eu sou. Meio que um exercício, sabe? Eu passei por muita coisa nessa vida, então, precisei desenvolver esses traços de personalidade para seguir.

Quando você começou no funk, você tinha seus 20 e poucos anos. O que mudou ao longo desse tempo? Você se sente melhor e mais bonita agora?

Eu sinto que estou no meu auge de beleza. Sou uma mulher muito bem resolvida com o meu corpo e minha autoestima. Acho que quando a gente se ama, nada mais importa.

Você é adepta a cirurgias plásticas e procedimentos estéticos? O que fez até hoje e o que pretende mudar?

Eu faço muitos procedimentos no rosto, mas nada invasivo. Eu não quero mudar minha fisionomia, só quero prevenir. É algo muito suave. Por exemplo, eu não tinha queixo e agora eu tenho (risos).

Em entrevista recente, você comentou que seu próximo relacionamento será com uma mulher. Está decepcionada com os homens?

Acho que, de modo geral, todas as mulheres estão um pouco decepcionadas com os homens. Nos últimos anos tivemos muitos exemplos ruins, mas, óbvio, eu não generalizo. Existem homens incríveis por aí. Acho que nós mulheres só queríamos que eles fossem a maioria.

Tem alguma famosa que você tem o desejo de ficar/beijar? Pode revelar?

Eu sinto uma energia muito forte pela Ana Carolina. Eu vi recentemente um show dela e ela tem um magnetismo.
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