Leandro Lehart é vocalista do grupo Art Popular e conhecido como um dos maiores compositores do sambaReprodução/Instagram
Publicado 26/09/2024 18:31
Rio - Leandro Lehart, de 52 anos, se pronunciou no Instagram, nesta quinta-feira (26), sobre a acusação de estupro e cárcere privado, supostamente ocorridos em 2019. O cantor, conhecido por comandar o grupo Art Popular, expressou sua insatisfação com todo o processo relacionado ao caso.
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"Conforme prometido, estou aqui para poder esclarecer alguns fatos e o processo que venho sofrendo há mais ou menos uns dois anos. Estou aqui para abrir o meu coração, falar o que sinto e dar uma satisfação pública para os meus fãs e pessoas em geral. Que a gente possa discutir aqui a partir de agora dentro dos limites do segredo de Justiça, que tenho que respeitar", começou.
O artista disse que se sente prejudicado com a forma com que o caso tem sido conduzido. Leandro foi condenado a nove anos de prisão por estupro e cárcere privado em 2022.

"Quero falar da minha acusação. Não existe data. Pode ter acontecido no começo, meio ou final de outubro. Na última decisão, falam até que pode ter acontecido em novembro. Como que se constrói uma defesa sem uma data específica. Tenho agenda de shows, estúdio, minha família, eventos, dias que faço coisas diferentes... Se eu tivesse uma data, poderia trazer testemunhas e construir as minhas defesas de maneira honesta e justa. Um segundo ponto, muito importante, o Ministério Público oferece a denúncia antes do inquérito policial ter acabado. Isso prova que a polícia não estava convencida de que os fatos estavam apurados e me tirou chances de produzir provas da minha inocência", desabafou.

"Um exemplo, a ONG que atua no caso queria saber as chamadas de Uber do meu celular no mês de outubro. Como o inquérito acabou precipitadamente, eu que tive que produzir as provas. Sabe o que os aplicativos mostraram? Que ela (suposta vítima) voltou duas vezes aqui. Alguém volta à cena de um crime tão horroroso duas vezes depois? Mas do que voltar, continua a conversar comigo no WhatsApp e me pediu ajuda financeira. Curiosamente, isso acaba virando na minha condenação um dinheiro para comprar o silêncio dela", explicou.
Após afirmar que ajudava financeiramente a acusante, Leandro disse que se negou a continuar ajudando a mulher, que então teria decidido entrar na justiça contra ele. Leandro ainda acusou a suposta vítima de ter dado quatro testemunhos diferentes do que teria ocorrido na data do suposto crime.

"Quem me pedia ajudava financeira era ela e eu ajudava. Assim como ajudo a muita gente. Quando falei que não ia mais ajudar porque a gente estava no meio de uma pandemia, ela fez um boletim de ocorrência. É óbvio que a palavra da vítima em crimes sexuais tem que ser levada séria. A palavra da vítima tem muito peso, mas precisa estar coerente com as outras provas", rebateu.

Leandro rebatendo as versões da suposta vítima. "No meu caso, não posso dar detalhes, mais teve quatro versões diferentes do que teria acontecido no tal dia. Como posso me defender de quatro versões diferentes? Sou acusado de ter prendido uma pessoa no meu banheiro contra a sua vontade. Vou lá e mostro que a fechadura só tranca por dentro. Tem mais: a janela do suposto banheiro está a 50 metros de uma delegacia de polícia. Se ela tivesse gritado a madrugada inteira, alguém teria ouvido. Depois de tudo isso ela vai embora com um Uber que chamei... O desembargador que analisou o meu caso com profundidade me absolveu, mas infelizmente ele ficou vencido", finalizou.

 
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