Maíra Cardi compartilha sua saga para tentar desfazer procedimento no seu rostoreprodução TikTok
Publicado 13/11/2024 19:28 | Atualizado 13/11/2024 19:37
Rio - A influenciadora, ex-BBB e empresária, Maíra Cardi, surpreendeu a web recentemente, após compartilhar com os fãs que seu rosto ficou com sequelas de uma harmonização facial realizada há 15 anos, através do uso da substância polimetilmetacrilato (PMMA). Maíra revelou que se arrependeu do procedimento, que acabou deixando seu rosto deformado na região das bochechas.
Publicidade

"Tem uma bola aqui [rosto]. Quando eu sorrio, isso tudo é duro e faz parte do polimetilmetacrilato. Isso tudo é dele, mas eu não coloquei tudo isso. O meu corpo rejeitou, como o de várias pessoas fazem. O corpo cria como se fosse uma proteção e inflama", detalhou.

Procurada pela reportagem do O DIA, a especialista em harmonização facial, a cirurgiã dentista, Isrraela Macena, comenta os riscos da aplicação do PMMA no rosto. “A face humana é uma região rica em nervos e estruturas musculares, e o PMMA se comporta como um material plástico, aderindo completamente a essas áreas. A remoção pode acarretar consequências sérias, como perda de movimento e sensibilidade, além de um processo de recuperação difícil”, explica a profissional.

Agora, após os notórios prejuízos à saúde, Maíra Cardi quer se submeter a uma cirurgia para retirar o PMMA. Contudo, ela compartilhou que dois cirurgiões já se recusaram a realizar o procedimento e a desencorajaram a dar continuidade ao desejo de operar. Ela quer retirar a substância pois, além do desconforto com os inchaços frequentes que o PMMA causa em sua face, a empresária está planejando engravidar do primeiro filho com o marido, o empresário Thiago Nigro.
Nossa equipe também conversou com o Dr. Regis Ramos, cirurgião plástico, que alerta para os ricos da cirurgia de remoção. "Quanto às complicações, os riscos incluem infecção, sangramento, cicatrizes, assimetria e danos aos tecidos ao redor. Além disso, há a possibilidade de que nem todo o PMMA possa ser removido, o que pode deixar resíduos que ainda podem causar problemas. Em muitos casos pode ser necessário mais de uma intervenção cirúrgica para obter um resultado satisfatório", pontua o profissional.

Isrraela alerta para os riscos de uma intervenção como esta. “Em situações de emergência em que o paciente precise de uma intervenção cirúrgica, os riscos se multiplicam. A remoção do PMMA pode se tornar um procedimento inviável, com potenciais danos que superam os benefícios estéticos inicialmente esperados”, informa a especialista.

Por fim, ela diz que a substância pode vir a ocasionar, inclusive, problemas em outras áreas do corpo que nada têm a ver com a região em que o produto foi aplicado. "Embora o PMMA possa parecer uma solução atraente por sua durabilidade, é crucial entender que seus efeitos não se restringem apenas à área injetada. Ao ser metabolizado, essa substância pode elevar os níveis de cálcio no organismo, levando ao depósito desse mineral nos rins. Com o passar do tempo e dependendo da quantidade injetada, isso pode resultar em problemas renais significativos”, conclui.
Leia mais