Elton John Reprodução / Instagram
Publicado 12/12/2024 17:01
Rio - Escolhido como ícone do ano de 2024 pela revista "Time", Elton John revelou que agora divide a vida entre períodos pré e pós-sóbrio. Em entrevista, o cantor opinou sobre a legalização da maconha nos Estados Unidos e Canadá, classificando a decisão como "um dos maiores erros de todos os tempos".
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Depois de se libertar dos vícios, Elton dedica parte da vida no suporte à reabilitação de outras pessoas. Ele já ajudou alguns artistas a se recuperar, como Eminem e Robbie Williams. O cantor ainda tentou ajudar George Michael, mas não teve sucesso. 
"É difícil dizer a alguém que está sendo um babaca, e é difícil ouvir. Eventualmente, fiz a escolha de admitir que estou sendo um babaca", disse ele. Para Elton, a complexidade dessas lutas o fizeram questionar a legalização da maconha. 
"Eu afirmo que é viciante. Leva a outras drogas. E quando você está chapado — e eu já estive chapado — você não pensa normalmente. Legalizar a maconha na América e no Canadá é um dos maiores erros de todos os tempos", afirmou.
História de adolescente foi a virada de chave
Elton John, que já tentou tirar a própria vida três vezes, contou que três coisas o levaram a uma mudança de vida: o time Watford FC, Alcoólicos Anônimos e um adolescente hemofílico de Indiana chamado Ryan White. 
No clube, ele conheceu pessoas que se importavam mais com futebol do que com sua fama, os métodos do AA o ajudaram a lidar com seus múltiplos vícios, e White, que contraiu HIV de uma transfusão de sangue contaminado nos primeiros dias da crise da AIDS e foi rejeitado por sua escola e vizinhos, mostrou a ele o quão egoísta ele estava vivendo.
Elton conheceu a história do jovem Ryan através da televisão, onde o adolescente contou que a pessoa que ele mais esperava conhecer era o astro do rock. Ele, que havia recebido expectativa de vida de seis meses, viveu mais cinco anos e passou boa parte deles tentando educar as pessoas sobre a AIDS.
Foi quando, em 8 de abril de 1990, aos 18 anos, o jovem morreu em um hospital, ao lado do cantor. "Tudo chegou ao clímax, realmente, no funeral de Ryan White em Indianápolis — uma semana muito triste e emocionante — e voltei para o hotel pensando que estava tão fora da linha. Foi um choque ver o quão baixo na escala da humanidade eu havia caído", disse Elton John.
Seis meses depois da morte de Ryan, o artista decidiu entrar para a reabilitação. Dois anos mais tarde, ele fundou a Elton John AIDS Foundation (EJAF), hoje presidida por David Furnish, marido de Elton John.
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