Publicado 12/10/2025 05:00
Rio – Miguel Rômulo, de 33 anos, é um rosto conhecido do público desde a infância, quando estreou nas telinhas. O ator segue trilhando o mesmo caminho artístico ao integrar o elenco do folhetim Êta Mundo Melhor!, que ocupa a faixa das 18h da TV Globo. Na trama de Walcyr Carrasco — continuação do sucesso "Êta Mundo Bom!" (2016) —, ele interpreta Quincas, ex-marido de Dita (Jeniffer Nascimento) e pai de Joaquim (Tom Zé).
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Divulgação / Joyce Braga
No início da novela, a sobrinha de Manoela (Dhu Moraes) se cansa do jeito preguiçoso e mulherengo do personagem e pede o desquite — como o divórcio era chamado na época. Dita se muda para São Paulo em busca de novas oportunidades, e Quincas vai atrás dela. No entanto, acaba se encantando por Sônia (Paula Burlamaqui), com quem vive um romance. O ator reflete sobre o motivo de o filho de Cunegundes (Elizabeth Savalla) ter caído nas graças do público, apesar das atitudes controversas.
“O que torna o Quincas simpático, na minha opinião, é justamente esse jeito engraçado. Personagens com veia cômica, que fazem o público rir, acabam conquistando a simpatia das pessoas. Ao mesmo tempo, ele é preguiçoso e mulherengo, o que dificulta sua evolução e até o romance com a Sônia. Fico feliz que, apesar disso, o público abrace o Quincas e se divirta com ele”, comemora o artista.
Miguel também torce pela evolução e amadurecimento do personagem.
“O relacionamento do Quincas com a Sônia é leve e cheio de carinho, mas também traz cobranças da parte dela. Essas cobranças o tiram da zona de conforto e o fazem buscar mais maturidade. Se dependesse de mim, gostaria que ele evoluísse como pai e profissional, tornando-se um homem mais completo, para que esse relacionamento acontecesse de forma sólida”, analisa o ator, que já percebe algumas mudanças no ex-marido da cantora.
“As cobranças para o Quincas nesta nova fase vêm um pouco maiores, por conta da maturidade — principalmente pelo filho. Ele sente que precisa melhorar e conquistar coisas por causa do Joaquim, fruto de um casamento muito especial com a Dita. O Quincas é apaixonado pelo filho e faz de tudo para evoluir, se tornar um homem mais maduro e conquistar seus objetivos. O desenvolvimento interno dele se dá principalmente pelo papel de pai.”
Apesar dos atritos e mágoas, o ex-casal protagonizou uma cena sensível ao mostrar que o carinho permanece, mantendo a união pelo filho. O artista conta que a emoção nas telas refletiu o sentimento dos atores por trás das câmeras, com o intuito de criar um desfecho bonito para a relação dos personagens, iniciada no primeiro folhetim, em 2016.
“Essa cena foi muito delicada para mim e para a Jeniffer, porque estávamos nos despedindo de uma história que contamos em Êta Mundo Bom! e dando início a uma nova história nesta novela. A princípio, não recebemos o texto como uma cena de emoção, mas fizemos dessa forma porque refletia todo o amor e carinho que temos pelos personagens”, explica.
Ele diz que o resultado final ficou muito bonito e emocionante.
“Tivemos uma carga emocional muito forte para interpretá-la, mas quisemos fazer de uma forma que representasse como o final de um casamento deveria ser: o que fica é o carinho, a admiração mútua e o fruto, que é o filho dos personagens, Joaquim. Foi uma cena muito especial, que guardamos com muito carinho, e ficamos felizes que tenha sido tão bem recebida pelo público”, completou.
O artista aponta ainda que manter a mesma qualidade de "Êta Mundo Bom!" foi o maior desafio.
“Fizemos uma grande novela há dez anos, muito especial, e, por conta do sucesso, ganhamos a continuação. Nosso principal compromisso é manter essa qualidade — e acredito que isso tem acontecido.”
Homenagem ao pet
O personagem é tão marcante para o ator que ele resolveu nomear o cachorro de estimação como Quincas. Ele conta as semelhanças entre os dois: “Eles têm várias características parecidas, mas a principal é o amor — o amor que sentem pela família. O Quincas, meu cachorro, é muito carinhoso, assim como o Quincas personagem.”
Por outro lado, o pet não é nada preguiçoso.
“A preguiça eu deixo só para o personagem, porque meu cachorro, apesar de ter 10 anos, é muito ativo. Adora brincar, correr, pular e passear. Então, ao mesmo tempo, eles compartilham semelhanças, mas também têm diferenças”, diz, aos risos.
Vilão em Dona Beja
O ator também fará parte do remake da novela "Dona Beja", que estreia na HBO Max no primeiro semestre de 2026. A produção será protagonizada por Grazi Massafera, David Junior e André Luiz Miranda. Na releitura do sucesso dos anos 1980, Miguel dará vida ao vilão Padre Otávio.
“O público pode esperar um vilão muito ruim, mau na essência, que usa a religião para espalhar preconceito, ódio e fazer o mal. É um personagem complexo e desafiador, e o objetivo é justamente provocar indignação. Ele também é um reflexo de muitas pessoas que ainda hoje usam a religião para benefício próprio, e é isso que torna o Padre Otávio tão marcante", diz.
Interpretar o vilão, segundo ele, foi um dos maiores desafios da carreira.
“Foi uma das preparações mais difíceis que já tive, porque precisei sair totalmente da minha zona de conforto. O Padre Otávio é muito diferente de mim, não tem praticamente nenhuma característica minha. Ele usa a religião para benefício próprio e não tem escrúpulos.”
Como objeto de pesquisa para o papel, Miguel buscou referências na sociedade: “Pesquisei casos de falsos padres que usaram a religião para fazer o mal, destilar ódio e preconceito. Foi a combinação dessas referências com a interpretação que tornou o processo tão intenso.”
As expectativas para o novo projeto são altas.
“Tenho certeza de que o público vai gostar muito, porque é uma novela muito bem escrita pelos nossos autores, que fizeram um trabalho incrível. O mais importante é apresentar uma nova forma de se contar novela, inovando e surpreendendo o público. A ansiedade é grande, mas também vem acompanhada de muita confiança de que será um grande sucesso”, acredita.
Mais novelas
O ator estreou nas telinhas aos 10 anos, no folhetim "Coração de Estudante" (2002), e diz que guarda com muito carinho todas as novelas que fez na infância.
“Foi um privilégio entrar nesse mundo tão cedo. Lembro que foi em A Favorita, aos 15 anos, que tive certeza de que queria ser ator. Percebi que se tornou uma paixão e um ofício — deixou de ser apenas uma diversão para se tornar meu trabalho e minha alegria.”
Ele também participou de outras tramas, como "Pé na Jaca" (2006–2007), "Caras & Bocas" (2009–2010) e "Joia Rara" (2013–2014).
Volta, TV Globinho
Além de atuar, Miguel estreou como apresentador no programa infantil "TV Globinho", em 2010. Ele comenta que gostaria de comandar a atração novamente.
“Foi um momento muito divertido na minha carreira e guardo memórias especiais de lá. Foi minha primeira experiência como apresentador, interagindo com o público e conduzindo o programa. Eu adoraria fazer de novo e sou um grande defensor dos desenhos na nossa programação.”
“Uma curiosidade legal é que, nesta novela, tive a alegria de reencontrar o diretor Alexandre Macedo, que me dirigiu na TV Globinho anos atrás. Ele está fazendo um trabalho incrível em Êta Mundo Melhor! e sou muito grato por poder estar novamente com ele em um trabalho”, destaca.
Um dos programas infantis mais queridos do público, a "TV Globinho" estreou em 2002. Até 2012, era exibida nas manhãs de segunda a sexta-feira. Naquele ano, passou a ir ao ar apenas aos sábados, sendo cancelada definitivamente em 2015.
“Grande sonho”
Apesar dos vários papéis ao longo da carreira, o artista deseja algo novo: ser protagonista.
“Sinto que estou preparado e só preciso da chance de interpretar um papel principal, algo que ainda não vivi e que é um grande sonho. Acredito que basta essa oportunidade — e que uma maior rotatividade de atores nesses papéis permitiria que talentos igualmente capacitados assumissem esses desafios.”
Vida pessoal
Miguel vive uma fase especial também na vida pessoal, já que está noivo da modelo e atriz Fran Castro. Juntos desde 2019, o casal planeja subir ao altar em 2026. O ator revela que eles pretendem fazer uma cerimônia intimista e especial.
“Estamos noivos e muito felizes com esta fase dos preparativos. Ainda não definimos o estilo da cerimônia, mas queremos algo pequeno, leve e, principalmente, cercado de pessoas que nos amam de verdade.”
O foco, segundo ele, é que cada convidado acompanhe tudo com carinho genuíno.
“Os preparativos estão a mil, estamos animados e temos certeza de que será um casamento muito especial, feito com amor verdadeiro”, celebra.
*Reportagem de Ellen Izabelle e Mylena Moura, sob supervisão de Marcela Ribeiro.
“O que torna o Quincas simpático, na minha opinião, é justamente esse jeito engraçado. Personagens com veia cômica, que fazem o público rir, acabam conquistando a simpatia das pessoas. Ao mesmo tempo, ele é preguiçoso e mulherengo, o que dificulta sua evolução e até o romance com a Sônia. Fico feliz que, apesar disso, o público abrace o Quincas e se divirta com ele”, comemora o artista.
Miguel também torce pela evolução e amadurecimento do personagem.
“O relacionamento do Quincas com a Sônia é leve e cheio de carinho, mas também traz cobranças da parte dela. Essas cobranças o tiram da zona de conforto e o fazem buscar mais maturidade. Se dependesse de mim, gostaria que ele evoluísse como pai e profissional, tornando-se um homem mais completo, para que esse relacionamento acontecesse de forma sólida”, analisa o ator, que já percebe algumas mudanças no ex-marido da cantora.
“As cobranças para o Quincas nesta nova fase vêm um pouco maiores, por conta da maturidade — principalmente pelo filho. Ele sente que precisa melhorar e conquistar coisas por causa do Joaquim, fruto de um casamento muito especial com a Dita. O Quincas é apaixonado pelo filho e faz de tudo para evoluir, se tornar um homem mais maduro e conquistar seus objetivos. O desenvolvimento interno dele se dá principalmente pelo papel de pai.”
Apesar dos atritos e mágoas, o ex-casal protagonizou uma cena sensível ao mostrar que o carinho permanece, mantendo a união pelo filho. O artista conta que a emoção nas telas refletiu o sentimento dos atores por trás das câmeras, com o intuito de criar um desfecho bonito para a relação dos personagens, iniciada no primeiro folhetim, em 2016.
“Essa cena foi muito delicada para mim e para a Jeniffer, porque estávamos nos despedindo de uma história que contamos em Êta Mundo Bom! e dando início a uma nova história nesta novela. A princípio, não recebemos o texto como uma cena de emoção, mas fizemos dessa forma porque refletia todo o amor e carinho que temos pelos personagens”, explica.
Ele diz que o resultado final ficou muito bonito e emocionante.
“Tivemos uma carga emocional muito forte para interpretá-la, mas quisemos fazer de uma forma que representasse como o final de um casamento deveria ser: o que fica é o carinho, a admiração mútua e o fruto, que é o filho dos personagens, Joaquim. Foi uma cena muito especial, que guardamos com muito carinho, e ficamos felizes que tenha sido tão bem recebida pelo público”, completou.
O artista aponta ainda que manter a mesma qualidade de "Êta Mundo Bom!" foi o maior desafio.
“Fizemos uma grande novela há dez anos, muito especial, e, por conta do sucesso, ganhamos a continuação. Nosso principal compromisso é manter essa qualidade — e acredito que isso tem acontecido.”
Homenagem ao pet
O personagem é tão marcante para o ator que ele resolveu nomear o cachorro de estimação como Quincas. Ele conta as semelhanças entre os dois: “Eles têm várias características parecidas, mas a principal é o amor — o amor que sentem pela família. O Quincas, meu cachorro, é muito carinhoso, assim como o Quincas personagem.”
Por outro lado, o pet não é nada preguiçoso.
“A preguiça eu deixo só para o personagem, porque meu cachorro, apesar de ter 10 anos, é muito ativo. Adora brincar, correr, pular e passear. Então, ao mesmo tempo, eles compartilham semelhanças, mas também têm diferenças”, diz, aos risos.
Vilão em Dona Beja
O ator também fará parte do remake da novela "Dona Beja", que estreia na HBO Max no primeiro semestre de 2026. A produção será protagonizada por Grazi Massafera, David Junior e André Luiz Miranda. Na releitura do sucesso dos anos 1980, Miguel dará vida ao vilão Padre Otávio.
“O público pode esperar um vilão muito ruim, mau na essência, que usa a religião para espalhar preconceito, ódio e fazer o mal. É um personagem complexo e desafiador, e o objetivo é justamente provocar indignação. Ele também é um reflexo de muitas pessoas que ainda hoje usam a religião para benefício próprio, e é isso que torna o Padre Otávio tão marcante", diz.
Interpretar o vilão, segundo ele, foi um dos maiores desafios da carreira.
“Foi uma das preparações mais difíceis que já tive, porque precisei sair totalmente da minha zona de conforto. O Padre Otávio é muito diferente de mim, não tem praticamente nenhuma característica minha. Ele usa a religião para benefício próprio e não tem escrúpulos.”
Como objeto de pesquisa para o papel, Miguel buscou referências na sociedade: “Pesquisei casos de falsos padres que usaram a religião para fazer o mal, destilar ódio e preconceito. Foi a combinação dessas referências com a interpretação que tornou o processo tão intenso.”
As expectativas para o novo projeto são altas.
“Tenho certeza de que o público vai gostar muito, porque é uma novela muito bem escrita pelos nossos autores, que fizeram um trabalho incrível. O mais importante é apresentar uma nova forma de se contar novela, inovando e surpreendendo o público. A ansiedade é grande, mas também vem acompanhada de muita confiança de que será um grande sucesso”, acredita.
Mais novelas
O ator estreou nas telinhas aos 10 anos, no folhetim "Coração de Estudante" (2002), e diz que guarda com muito carinho todas as novelas que fez na infância.
“Foi um privilégio entrar nesse mundo tão cedo. Lembro que foi em A Favorita, aos 15 anos, que tive certeza de que queria ser ator. Percebi que se tornou uma paixão e um ofício — deixou de ser apenas uma diversão para se tornar meu trabalho e minha alegria.”
Ele também participou de outras tramas, como "Pé na Jaca" (2006–2007), "Caras & Bocas" (2009–2010) e "Joia Rara" (2013–2014).
Volta, TV Globinho
Além de atuar, Miguel estreou como apresentador no programa infantil "TV Globinho", em 2010. Ele comenta que gostaria de comandar a atração novamente.
“Foi um momento muito divertido na minha carreira e guardo memórias especiais de lá. Foi minha primeira experiência como apresentador, interagindo com o público e conduzindo o programa. Eu adoraria fazer de novo e sou um grande defensor dos desenhos na nossa programação.”
“Uma curiosidade legal é que, nesta novela, tive a alegria de reencontrar o diretor Alexandre Macedo, que me dirigiu na TV Globinho anos atrás. Ele está fazendo um trabalho incrível em Êta Mundo Melhor! e sou muito grato por poder estar novamente com ele em um trabalho”, destaca.
Um dos programas infantis mais queridos do público, a "TV Globinho" estreou em 2002. Até 2012, era exibida nas manhãs de segunda a sexta-feira. Naquele ano, passou a ir ao ar apenas aos sábados, sendo cancelada definitivamente em 2015.
“Grande sonho”
Apesar dos vários papéis ao longo da carreira, o artista deseja algo novo: ser protagonista.
“Sinto que estou preparado e só preciso da chance de interpretar um papel principal, algo que ainda não vivi e que é um grande sonho. Acredito que basta essa oportunidade — e que uma maior rotatividade de atores nesses papéis permitiria que talentos igualmente capacitados assumissem esses desafios.”
Vida pessoal
Miguel vive uma fase especial também na vida pessoal, já que está noivo da modelo e atriz Fran Castro. Juntos desde 2019, o casal planeja subir ao altar em 2026. O ator revela que eles pretendem fazer uma cerimônia intimista e especial.
“Estamos noivos e muito felizes com esta fase dos preparativos. Ainda não definimos o estilo da cerimônia, mas queremos algo pequeno, leve e, principalmente, cercado de pessoas que nos amam de verdade.”
O foco, segundo ele, é que cada convidado acompanhe tudo com carinho genuíno.
“Os preparativos estão a mil, estamos animados e temos certeza de que será um casamento muito especial, feito com amor verdadeiro”, celebra.
*Reportagem de Ellen Izabelle e Mylena Moura, sob supervisão de Marcela Ribeiro.
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