Festival de Parintins é famoso pela rivalidade entre os bois Caprichoso e GarantidoDivulgação
Publicado 06/06/2024 16:05 | Atualizado 06/06/2024 16:13
Rio - A Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, vai receber, neste domingo (9), a partir das 13h, um “esquenta” para o Festival de Parintins, que acontece no último fim de semana de junho, no Amazonas. Gratuito, o evento reunirá torcedores dos bois Caprichoso e Garantido, em formato de piquenique.
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De acordo com os organizadores, o objetivo do encontro é promover a difusão daquele que é considerado o maior espetáculo folclórico dedicado à cultura boi–bumbá no mundo, reunindo fãs e frequentadores do festival que moram no Rio.
“A ideia é realizar atividades culturais, de dança, fotografia, culinária e demais ações. O evento é para aproveitar a proximidade do festival e reunir os torcedores que não terão a oportunidade de irem até Parintins", explica Thayron Rangel, membro do grupo Conexão Caprichoso e Rio Bumbá, responsável pelo evento.
Torcedor do Garantido, o carioca Felipe Barroso, de 41 anos, conta que nunca esteve em Parintins, no entanto, acompanha a festa desde 1994. Ele marcou presença no primeiro “esquenta”, realizado em 19 de maio, no Aterro do Flamengo.
“Desde o primeiro contato até os dias de hoje, lá se vão 30 anos. Antes eu só ouvia as músicas e assistia aos vídeos gravados em VHS. Hoje com a internet facilitou tudo. Nunca consegui ir a Parintins. A barreira financeira ainda é um problema pois os voos do Rio de Janeiro para Manaus são muito caros. Um dia vou conseguir”, diz Felipe.
Outro apaixonado pela cultura boi-bumbá, em especial pelo Caprichoso, é o fotógrafo Widger Frota. Mesmo morando em Nova Iorque há 37 anos, ele faz questão de ir ao festival anualmente.
“Nas minhas visitas aos barracões das escolas de samba do Rio, eu encontrava os artistas de Parintins, e eles sempre me chamavam para conhecer o festival, mas eu não levava muito a sério. Acompanhava apenas pela televisão. Até que em 2017 resolvi ir, pela influência de amigos e fiquei apaixonado. Digo que esse festival é um milagre cultural. Você voa para Manaus, depois pega um barco ou uma lancha, vai para uma ilha no meio do Rio Amazonas com uma população de 100 a 120 mil habitantes e se depara com o maior festival folclórico a céu aberto do Brasil”, exalta Widger, que também cobre desde a década de 1980 os desfiles na Marques de Sapucaí, tendo a Mocidade Independente como escola do coração.
João Gustavo Melo, jornalista e pesquisador de enredo da Unidos do Viradouro, revela que já está de malas prontas para o Amazonas. “O festival tem uma dimensão espetacular, que atrai muita gente, juntamente com a rivalidade dos bumbás. Eu digo que é um espetáculo fascinante, pois coloca a arte em primeiro lugar, com artistas dos mais variados níveis, elogia João Gustavo, fã declarado do Garantido e ex-integrante da diretoria do Salgueiro. “O vermelho me arrematou.”
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