Rainer Cadete comenta papel de galã golpista em 'Terra e Paixão': 'Serve como um alerta'

Rio - Rainer Cadete está de volta às telinhas na pele do italiano Luigi San Marco na novela "Terra e Paixão", da TV Globo. Depois de fazer sucesso como Visky nas duas temporadas de "Verdades Secretas", o ator de 35 anos comemora o fato de repetir a parceria com o autor Walcyr Carrasco pela sexta vez. Agora, o brasiliense resgata o período em que morou na Itália para arriscar o sotaque "portuliano" do personagem que conhece Petra La Selva (Débora Ozório) por um aplicativo de relacionamentos e chega a Nova Primavera para abalar muitos corações.

"O Luigi está sendo uma grande surpresa pra mim, um desafio a cada dia. O Luigi é um grande sedutor e, a cada bloco, eu vou me surpreendendo com o que ele faz, com as atitudes dele, o que ele pensa e vou desvendando ele junto com o público, porque é um personagem muito rico e com muitas camadas", comenta o artista, que ainda adianta o que os telespectadores pode esperar do personagem. "Ele vem da Itália pra se casar com a Petra e eles vão ter uma relação bem conturbada, cheia de altos e baixos", conta o ator, que viveu no país europeu dos 11 aos 13 anos de idade.

Conhecido por assumir papéis muito diferentes entre si, Rainer revela que sua preparação para dar vida ao suposto milionário precisou de uma grande equipe. O personagem visto na atual novela das 21h é resultado do trabalho de fonoaudiólogas, preparadores físicos, um professor de italiano e nutricionista, entre outros profissionais. No entanto, o artista destaca o prazer e segurança que sentiu com todo o processo. "Já estudei bastante e me sinto livre pra voar nesse sentido", garante.

"Eu sou um ator que que se realiza na composição, então eu me realizo muito quando eu consigo fazer um personagem que me coloca em um lugar distante de mim, que me faz ver um universo com outro ponto de vista. Eu venho do teatro experimental em Brasília, então, desde o teatro, eu procuro fazer personagens realmente diferentes: pessoas com outras idades, ou com outros corpos, outras vozes, ou personagens mais abstratos, tipo um vagão de trem", brinca.

E a preparação para "Terra e Paixão" também pediu uma aventura pelo universo dos sites de namoro, por onde Petra e Luigi se conheceram. Agora que está inteirado dos casos de sucesso e fracasso no romance virtual, o ator enfatiza: "Acho que esse personagem serve como um alerta para as pessoas que se relacionam através de site pra se certificarem de quem está ali (na tela), ficar ligado nos sinais. Eu até tentei entrar num aplicativo pra entender como é e fazer um laboratório. Mas me bloquearam, falaram 'ah, você está se passando por aquele ator' e me xingaram. As pessoas pensam que é um 'fake'", relata ele, sem conseguir conter a risada ao relembrar a situação.

Enquanto isso, do lado de fora das telinhas, Rainer Cadete resgatou seu lado cantor com o lançamento do single "Farinha do Mesmo Saco", em parceria com a cantora Vanessa da Mata. A colaboração chegou às plataformas digitais na sexta-feira, sendo a última canção do projeto "Leves e Reflexivas", que marcou a estreia do ator na música, em 2021, ao lado do mineiro Renato Luciano. Sem esconder a empolgação com a divulgação da faixa, o artista abre o jogo sobre a escolha de convidar a cantora para se juntar à dupla.

"A gente ficou pensando em quem poderia fazer uma participação que seja leve e reflexiva, e pensamos na Vanessa. Era uma pessoa que eu já conhecia, já admirava muito, nós somos muito fãs dela. Mandamos a música pra ela e ela abraçou o projeto de cara, falou que achava linda a mensagem da música, que se via fazendo. E ela tem tudo a ver com a gente, foi muito legal ver a Vanessa nesse lugar leve e reflexivo, que tem a ver com artes cênicas, artes plásticas, música... É um mundo que a gente construiu e a Vanessa coube muito bem", comemora Rainer, que assina a composição de todas as faixas do "Leves e Reflexivas" e não descarta a ideia de cair na estrada com o projeto em breve.